Resenha sobre documentário: Soja, em nome do progresso
Por: Nayamma Almeida • 7/5/2019 • Resenha • 543 Palavras (3 Páginas) • 613 Visualizações
NAYAMMA ALMEIDA DA SILVA
RESENHA DO DOCUMENTÁRIO: SOJA, EM NOME DO PROGRESSO
Trabalho apresentado ao Curso de Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, como requisito parcial de avaliação para a disciplina Economia para Engenharia, ministrado pelo professor Calisto Rocha de Oliveira Neto.
Caraúbas
2018
RESENHA CRÍTICA
SOUTHGATE, Todd. Soja, em nome do progresso. 2005. Disponível em: <>. Acesso em: 26 nov. 2018.
Todd Southgate, 50 anos, é um cineasta canadense com formação em jornalismo e mestrado em Estudos Ambientais pela York University. O canadense já trabalho com inúmeras organizações ambientais como a Amazon Watch, Inetrnational Rivers, Action Aid e Conservation International. Com mais de 60 produções no currículo, Todd dirige a fotografia de uma nova série do Discovery Channel Animal Planet e acaba de lançar o filme “Belo Monte: Depois da Inundação”.
O documentário expõe os mais variados aspectos que envolvem a produção de soja na Amazônia, mostra também o impacto social e ambiental da expansão da produção de soja na Amazônia. Milhares de pessoas vivem na Amazônia e dependem da floresta para sua sobrevivência. Porém, nos últimos anos, ela tem sido destruída aos poucos. O mercado internacional e a crescente demanda por soja tem incentivado a expansão do produto agrícola em direção a floresta. Com o desenvolvimento de novas variedades de soja as plantações se expandiram rapidamente para o norte do Brasil. Entre 19995 e 2004 a área cultivada com soja no pais cresceu 77%. A expansão da soja na Amazonia tem impulsionado o desmatamento, a grilagem de terras e a violência contra comunidades locais. O cultivo da soja exige grandes extensões de terra para ser lucrativo. Muitos agricultores vendem suas terras as multinacionais por um preço muito a baixo do que realmente vale. Assim, sua expansão no estado levou à concentração fundiária. A economia nacional foi se tornando cada vez mais dependente das divisas oriundas da exportação desse bem primário.
O autor não concorda com o modelo feito pelo Brasil, que prioriza as exportações sem privilegiar uma economia justa para a sociedade e ambiente. Para o Brasil, tudo é feito em nome do progresso, porém esse progresso não atinge todas as classes. Sendo assim, há uma grande falta de organização e planejamento para melhor gerenciar a produção de soja no Brasil sendo benéficos à todos, tanto para os vivem naquele local e ao ambiente.
A conclusão é que a razão para o desmatamento tem uma participação importante das multinacionais (ADM, BURGE e CARGILL). Com a instalação da Cargill em Santarém-PA os moradores dessa região são prejudicados, pois os empregos que prometeram não existem e o progresso que está chegando, é um progresso pra fora, para exportação e para pagar dividas. Não beneficiamento para os moradores daquela região.
São usados métodos comparativos, mostrando como era a vida das pessoas e da floresta antes da chegada dos produtores de soja e das grandes multinacionais.
O documentário do cineasta e jornalista, usa um estilo original e objetivo, contribuindo significativamente para que tenhamos uma reflexão de como a Amazônia é importante já que a floresta contem a maior biodiversidade do planeta e desempenha papel fundamental no equilíbrio climático da Terra.
É dirigido para todos os públicos, mas principalmente para os produtores de soja, pois se a tendência da destruição continuar estima-se que 40% da Amazônia poderá desaparecer até 2050.
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