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Resumo Do Texto: "A língua De Eulália: Novela Sóciolinguística"

Trabalho Universitário: Resumo Do Texto: "A língua De Eulália: Novela Sóciolinguística". Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  6/12/2014  •  1.714 Palavras (7 Páginas)  •  601 Visualizações

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Resumo do texto: “A língua de Eulália: Novela Sóciolinguística”

BAGNO, Marcos. “A língua de Eulália: Novela Sóciolinguística”: São Paulo: Editora Contexto, 1997.

Esta obra, conta a história de três amigas, que vão passar suas férias de inverno em Atibaia, no interior de São Paulo, na casa da tia de uma delas, uma professora já aposentada, de língua portuguesa e linguística. Onde lá, elas se deparam com o falar “errado” de Eulália, uma senhora humilde e simples, amiga da dona da casa. E a partir desse falar “errado” de Eulália, que as três amigas terão uma grande aula, um grande aprendizado, que mudará suas vidas, sobre as variedades lingüísticas da língua portuguesa, além de aprenderem que falar diferente, não é falar “errado”.

A obra divide-se em 22 capítulos, com 71seções,em 215 páginas.

Esta obra literária, conta a história de três jovens professoras do curso primário em um colégio em São Paulo. Emília, 19 anos, estudante do primeiro ano de Pedagogia, Silvia, 21 anos, estudante de Psicologia, e de Vera, 21 anos estudante de letras, que resolvem passar as férias de inverno no interior de São Paulo, em Atibaia, na casa de Irene Amaggio, tia de Vera. Uma respeitada professora de língua portuguesa e linguística, aposentada há cinco anos. Mas que continua trabalhando. Irene continua estudando, pesquisando e escrevendo, além de ensinar pessoas pobres analfabetas a ler e escrever, geralmente pessoas adultas, em uma salinha em sua chácara. Essas aulas de alfabetização, iniciaram quando Eulália, uma senhora humilde e simples, foi trabalhar com Irene, há mais de vinte anos atrás. Irene na época disse que não poderia admitir uma pessoa analfabeta trabalhando para ela. Assim, Eulália foi trazendo pessoas conhecidas, quando Irene percebeu já eram umas vinte pessoas, em sua maioria mulheres, que trabalhavam em casas de família do bairro.

A partir do modo de falar de Eulália, que foi alfabetizada quando tinha mais de 40anos, que falava palavras como: “os pobrema”, “moiô ingrês”, “percurá os home” entre outras, é que Irene, resolve dar aulas, como se fosse um curso de reciclagem para suas hóspedes, as quais acharam muito estranho e engraçado essa forma “errada” de Eulália falar. No início das aulas, Irene diz ás meninas, que não existe uma língua única no Brasil, e sim, várias variedades faladas. Por causa da influência e contribuição dos imigrantes estrangeiros e dos índios, que foram quem colonizaram o Brasil, além do que, todos ainda preservam a língua de seus ancestrais. E mesmo se deixássemos de lado os imigrantes estrangeiros e os índios, mesmo assim, não poderíamos dizer que no Brasil fala-se uma língua só, pois, não existe nenhuma língua que seja uma só. Pois toda língua tem variações e diferenças, sejam elas, fonéticas, sintáticas, léxicas, semânticas e usuais. Além de sofrer mudanças ao longo do tempo e de variar geograficamente.

Irene deixa claro, que no Brasil, não se fala “uma língua portuguesa”, e sim, um certo número de “variedades de português”, das quais algumas chegaram ao posto de norma-padrão (NP/PP), por motivos que não são de ordem lingüística, mas histórica, econômica, social e cultural. Essas outras “variedades”, são chamadas de português não-padrão (PNP), que também apresentam variedades de acordo com as diferentes regiões, classes sociais, faixas etárias e níveis de escolarização. O PNP é a língua da grande maioria dos pobres e analfabetos, e é vítima dos mesmos preconceitos que pesam sobre essas pessoas, que é o que acontece com Eulália. Porém, tudo que é considerado erro no PNP, tem uma explicação científica, do ponto de vista linguístico ou outro, lógico, pragmático, histórico, psicológico.... As características do PNP são: natural, transmitido, apreendido, funcional, inovador, tradição oral, estigmatizado, marginal, com tendências livres, falado pelas classes dominadas. Já o PP tem como características ser: artificial, adquirido, aprendido, redundante, conservador, tradição escrita, prestigiado, oficial, com tendências refreadas, falado pelas classes dominantes. Embora possuam características diferentes, o PP e o PNP, possuem mais semelhanças do que diferenças, por exemplo, várias palavras do PNP, têm origem do Latim vulgar, sendo que desse latim, que surgiram todas as línguas chamadas românticas, entre as quais o português.E vários traços característicos do PNP também se encontram em outras línguas, como inglês e no francês, o que nos mostra que isso não é algo que somente existe no Brasil. Outro ponto o qual Irene cita, é que o PNP não é “pobre”,

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