SOCIEDADE ROTULADA

SOCIEDADE ROTULADA

Alan Marcos Rodrigues¹

Ana Karolina Feitoza Lopes²

Danilo Costa Lindoso³

Ivone Letícia Sousa Dias4

Thaís Sales dos Santos5

RESUMO

O artigo aborda as relações sociais em que o rótulo torna o ser humano em objeto midiático, uma vez que influencia no padrão de beleza, comportamento, preferência, autoimagem e autoestima, de acordo com os valores socialmente aceitos. O objetivo é analisar as possíveis causas e refletir sobre esse ato cruel que contribui para a exclusão social. As desigualdades fazem com que a mesma sociedade que rotula seja rotulada, talvez por isso, cada indivíduo é visto socialmente, conforme a sua posição econômica e sócio-política. Assim, as pessoas são rotuladas cotidianamente e em todas as singularidades das dimensões políticas, econômicas, ideológicas e sociocultural, haja vista que, o rótulo compreende diversas modalidades de exploração e dominação social. Há quem pense, por exemplo, que, se alguém é magro demais, está usando crack; Se estiver um pouco acima do peso, é “botijão”; Se é nerd, é chato; Se é não for estudioso, é “burro”; Se é rico, é metido; Se é pobre, é um coitado; Se é extrovertido, quer se mostrar; Se quebrar as regras de protocolo social, não tem postura ou se respeitar as regras, é metido a certinho. Qualquer que seja a postura que a pessoa venha a ter, não invalida a chance de ser rotulado socialmente.

PALAVRAS-CHAVE: sociedade, desigualdade, rótulo, pessoas.

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1 – Estudante do Ensino Médio Regular no Centro de Ensino Médio Gonçalves Dias – (C.G.D) São Luís – MA. Email:[e-mail]

2 – Estudante do Ensino Médio Regular no Centro de Ensino Médio Gonçalves Dias – (C.G.D) São Luís – MA. Email: [e-mail]

3 – Estudante do Ensino Médio Regular no Centro de Ensino Médio Gonçalves Dias – (C.G.D) São Luís – MA. Email:[e-mail]

4 – Estudante do Ensino Médio Regular no Centro de Ensino Médio Gonçalves Dias – (C.G.D) São Luís – MA. Email:[e-mail]

5 – Estudante do Ensino Médio Regular no Centro de Ensino Médio Gonçalves Dias – (C.G.D) São Luís – MA. Email: [e-mail]

ABSTRACT

The article discusses the social relations in which the label makes the human being in media object, as it influences the standard of beauty, behavior, preference, self-image and self-esteem, according to socially accepted values. The aim is to analyze the possible causes and reflect on this cruel act that contributes to social exclusion. Inequalities make the same society that labels be labeled, so maybe each individual is socially seen as its economic and socio-political. Thus, people are labeled daily and all singularities of political, economic, ideological and sociocultural, considering that the label contains various forms of exploitation and social domination. Some people think, for example, that if someone is too thin, is using crack, If you are a bit overweight, is "cylinder", If it's nerdy, boring, If is not studious, is "dumb"; If it is rich, it is stuck; whether it is poor, it is a pity; whether it is an extrovert, wants to show, If you break the rules of social protocol, has no attitude or respect the rules, it's gotten a straight-laced. Whatever the stance that the person may have, it does not invalidate the chance of being labeled socially.

KEYWORDS: society, inequality, label, people

INTRODUÇÃO

Não é exagero definir sociedade como um conjunto de pessoas compartilhando propósitos, preferências, preocupações e costumes, interagindo entre si para a constituição da comunidade. Assim, cada indivíduo faz parte de um sistema de relações recíprocas, complexa e amistosa uns com os outros, porém, essencialmente importante para o que se chama base da vida comum do ser humano. Segundo Marx a sociedade é um conjunto de atividades dos homens, ou ações humanas, e essas ações e que tornam a sociedade possível. Essas ações ajudam a organização social, e mostra que o homem se relaciona uns com os outros.

Definindo a sociedade como uma associação amistosa entre os seus indivíduos que dá origem a uma organização social em que uma classe pode ser considerada dominante e a outra dominada, ou seja, enquanto uma classe manda em tudo, por deter o poder, a outra classe é a que produz, é operária. Essa divisão ocorre porque na sociedade, o estilo de vida e a posição social são dependentes da renda que o indivíduo consegue extrair das relações que se derivam do trabalho.

Analisando criticamente as desigualdades sociais constata-se que essa desigualdade é o mais vasto sistema de homens agindo uns sobre os outros, especialmente nas relações que se derivam do trabalho. Nessa concepção, tudo pode até ser feito coletivamente, mas cada indivíduo vive sozinho, pois há uma divisão em classe social, em que cada pessoa, é classificada de acordo com o seu status econômico, sociocultural e político.

Atualmente a sociedade capitalista tem no processo material de produção a base da vida, com filosofia puramente materialista que rotula tudo e a todos, medindo e classificando as pessoas pelo que veste, calça e ostenta, ou seja, pela estética exterior. Não há a manifestação pelo sentimento das pessoas, por seu posicionamento, por sua competência, responsabilidade, habilidade, caráter, personalidade, ou seja, pelo que realmente a pessoa é de fato e de direito.

É fato que existe uma imensa quantidade de fatos agindo uns sobre os outros na sociedade humana. Prova disso, são as atuais manifestações, paralisações, greves e reivindicações que exigem melhorias na qualidade dos serviços públicos, nas condições de trabalho e remuneração (salário) em todo o território brasileiro. São tantas manifestações exigindo melhor qualidade de vida que, por um momento, as pessoas se envolvem numa constante luta de caráter antagônico para a sociedade capitalista.

Apesar dessa ideia inclusiva, devemos ter presente o