A APLICAÇÃO DE AUDITORIA DA QUALIDADE RELATIVA AO SGQ
Por: tancredobrito • 10/4/2020 • Trabalho acadêmico • 3.836 Palavras (16 Páginas) • 174 Visualizações
APLICAÇÃO DE AUDITORIA DA QUALIDADE RELATIVA AO SGQ – SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE ISO 9001 / 2015
Josiel Moreira de Souza RA 1911516194
Tancredo José Brito de Lima RA 1911513566
Prof. João Escamia
CAMPINAS
2019
RESUMO
Muitas organizações possuem ou buscam programar um sistema de gestão da qualidade objetivando não só melhorar seus processos produtivos, mas também alcançar potenciais novos clientes ao obter a certificação ISO 9001:2015. A crescente aposta na implementação de Sistemas de Gestão de Qualidade, SGQ, nomeadamente a ISO 9001, reflete a consciencialização de que a qualidade é de facto um fator de competitividade e de diferenciação entre as organizações. S. No entanto, são notórias as dificuldades enfrentadas no processo de implementação de um SGQ, destacando-se a falta de uma metodologia, principalmente nas empresas. Por meio de um estudo de caso, foi realizada uma comparação dos requisitos da norma ISO 9001:2015 com as práticas de gestão de risco que a empresa realizou e o resultado das auditorias interna e externa. Foram então identificados pontos críticos e sugeridas ações para melhoria no seu sistema de gestão de qualidade, ao contribuir analisando como a empresa se estruturou para atender aos novos requisitos de gestão de risco na ISO 9001:2015. Concluiu-se com as análises que a empresa estudada possui uma tratativa preventiva de gestão de riscos integrada ao sistema de gestão da qualidade, pois possui processos de trabalho do SGQ correlacionados com as cláusulas da ISO 9001:2015, contendo uma seção explícita que exibem os riscos associados aos mesmos, além da utilização de técnicas e ferramentas como o FMEA, 5 porquês, diagrama de Ishikawa e What-If para gerir os riscos no SGQ, o que culminou na re-certificação com zero não conformidade em 2018. Com base neste caso, pretende-se apresentar uma metodologia de implementação de um SGQ, suportado pelo referencial ISO 9001:2015, direcionado as industriais. Pretende-se que o modelo identifique e caracterize as principais fases conceptuais de implementação, bem como as ferramentas de gestão de qualidade que podem ser usadas para o auxílio da mesma. De uma forma mais específica, o trabalho pretende elucidar as principais atividades, dentro das fases, a serem desenvolvidas para o cumprimento dos requisitos da ISO 9001:2015.
Palavras-chave: Sistema de Gestão da Qualidade, Gerenciamento de Risco, Pensamento baseado em Risco, ISO 9001:2015.
INTRODUÇÃO
As organizações, independentemente de seu tipo de negócio, foram levadas a continuamente melhorar a qualidade de seus produtos e serviços para não apenas sobreviver, mas também prosperar. Esta busca pela melhoria da qualidade faz com que as empresas adotem diferentes metas e modelos para a gestão do sistema de qualidade. De acordo com Juran e De Feo (2010), no fim dos anos 2000 as metas de qualidade utilizadas nas organizações se tornaram comuns e similares.
A sobrevivência das organizações está dependente dos seus clientes. O cumprimento das necessidades atuais e futuras dos clientes, dos seus requisitos, e a capacidade de exceder as suas expetativas, face ao aumento das constantes mudanças do mercado e do aumento significativo da competitividade, é essencial e determinante. Perante este cenário, espera-se que as organizações procurem elementos diferenciadores para uma oferta de produtos e serviços de maior qualidade a preços competitivos. A prática se transformou em estabelecer metas que realmente importam para as organizações, como as que priorizam atender às necessidades dos clientes, ultrapassar os concorrentes, evitar produtos ou serviços propensos a falhas, caracterizando assim a era do gerenciamento total da qualidade, em inglês Total Quality Management (TQM), Juran e De Feo (2010). É, portanto, um referencial normativo relevante para a satisfação dos clientes e melhoria contínua para as organizações. São desafios a serem vencidos diariamente em busca da satisfação dos clientes e da melhoria contínua de processos, produtos e serviços com foco na maior rentabilidade e na manutenção da organização no mercado competitivo. Para alcançar esses objetivos é necessária à adoção de um sistema da qualidade, uma organização formal para a implementação e manutenção da gestão da qualidade.
O precursor da ISO 9001 é o TQM. O TQM é uma abordagem holística, que engendra o foco no cliente, empoderamento de funcionários e de clientes, atenção aos processos, um adequado funcionamento de seu SGQ e a melhoria contínua. Psomas (2014) afirma que a ISO 9001 além de atender aos requisitos de qualidade é também uma abordagem para a melhoria da efetividade do SGQ.
Segundo Olson e Desheng (2015), gestão de riscos é definida pela identificação, levantamento e a priorização de riscos, seguida pela aplicação de recursos para minimizar, monitorar e controlar a probabilidade e ou o impacto de eventos não desejados.
São três os fatores-chave que podem ser considerados como o conjunto de ações fundamentais do esforço pela qualidade que compõem esse tipo de sistema: a responsabilidade da administração, os recursos humanos e materiais e a estrutura do próprio sistema.
Embora os estudos sobre as várias temáticas relacionadas com a qualidade tenham vindo a crescer, nomeadamente o desenvolvimento de metodologias de implementação de SGQ para grandes indústrias, as pequenas e médias empresas parecem estar mais omitidas nesse aspecto.
É, portanto, necessário apelar a aspetos de inovação e flexibilidade para este contexto empresarial, uma vez que o ambiente em pequenas empresas é muito dinâmico e precisa de constante atualização. Com a importância da implementação do SGQ, nomeadamente ISO 9001.
2 DESENVOLVIMENTO
Conforme Oakland (2014), a organização que se aplica as técnicas de controle de qualidade tradicionais pode não resolver seus problemas de qualidade. Empregar mais inspetores, aperfeiçoar os padrões, desenvolver times de correção, de reparo e de retrabalho não necessariamente melhora a qualidade. Exclusivamente, a qualidade fica sob a responsabilidade do departamento de qualidade e em muitas organizações ainda não se compreende que muitos problemas se originam na área comercial, na engenharia, na oferta de serviços ou na área administrativa.
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