A CADEIA DE SUPRIMENTOS
Por: Ci Olevera • 23/5/2019 • Artigo • 1.642 Palavras (7 Páginas) • 239 Visualizações
1. A CADEIA DE SUPRIMENTOS
A logística e a cadeia de suprimentos sempre estiveram intimamente ligadas, com a globalização, as necessidades dos clientes aumentaram e consequentemente a concorrência, fazendo com que só a logística já não se atende as expectativas do mercado.
A Logística/Cadeia de Suprimento por (BALLOU,2009) é um conjunto de atividades funcionais (transportes, controle de estoque, etc.) que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor.
De um simples utilitário ou até mesmo eletrodomésticos, é necessário um longo processo para converter matéria-prima, mão-de-obra e energia em produto final. Muitas vezes, produtos complexos como o automóvel requerem matéria-prima de natureza variada (metais, plásticos, borracha, tecidos) e são montados a partir de um número muito elevado de componentes. No caso de uma geladeira, utiliza-se componentes fabricados por outras indústrias como, por exemplo, o compressor. O longo caminho que se estende desde as fontes de matéria-prima, passando pelas fábricas dos componentes, pela manufatura do produto, pelos distribuidores e chegando finalmente ao consumidor através do varejista, constitui a cadeia de suprimento (NOVAES,2001)
Para agregar valor aos serviços de movimentação de materiais, a cadeia de suprimentos elevou a qualidade do nível de serviços aos clientes, integrando toda a cadeia de fornecedores, com a ajuda da tecnologia de informação para a redução dos custos logísticos.
“Uma tradição comum liga a logística e o gerenciamento da cadeia de suprimentos. As mesmas tendências impulsionaram ambos os movimentos, e de alguma forma a evolução da primeira e o nascimento do segundo se sobrepõem.” (COSTA; RODRIGUEZ; LADEIRA, 2005 p.3)
Os materiais fluem dos fornecedores de matérias-primas através das unidades de produção intermediárias, que transformam as matérias-primas em produtos intermediários, também conhecidos como componentes ou peças; seguindo para o próximo estágio que é fabricação dos produtos acabados. Após este estágio, os produtos são enviados para os centros de distribuição (CDs) e de lá para os varejistas e consumidores.
As relações entre os membros da cadeia se tornaram mais complexas com o passar do tempo, a quantidade de informações e produtos que nela circulam aumentou, tornando os processos mais difíceis de serem gerenciados. Essa complexidade crescente levou à necessidade de uma combinação de recursos para garantir a gestão destes processos
1.2. A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM – Supply Chain Management) é a integração dos processos industriais e comerciais, partindo do consumidor final, passando pelo fabricante, atacadistas, varejistas e indo até os fornecedores iniciais, gerando produtos, serviços e informações que agreguem valor para o cliente (NOVAES, 2001).
Segundo Martins e Campos Alt (2006), a Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM), nada mais é do que administrar o sistema de logística integrada da empresa, ou seja, o uso de tecnologias avançadas, entre elas gerenciamentos de informações e pesquisa operacional, para planejar e controlar uma complexa rede de fatores visando produzir e distribuir produtos e serviços para satisfazer o cliente.
“A gestão da cadeia de suprimentos é um processo que consiste em gerenciar estrategicamente diferentes fluxos (de bens, serviços, finanças, informações) bem como as relações entre empresas, visando alcançar e/ou apoiar os objetivos organizacionais” (Coelho,2010).
2. INDÚSTRIA 4.0
“O termo Indústria 4.0 se originou a partir de um projeto de estratégias do governo alemão voltadas à tecnologia. O termo foi usado pela primeira vez na Feira de Hannover em 2011” (Silveira, 2016, online).
De acordo com o autor, em 2012 o grupo responsável pelo projeto apresentou o relatório de recomendações para o governo alemão, a fim de planejar sua implantação. Em 2013 na mesma feira publicou-se também o resultado final sobre o desenvolvimento acerca da Indústria 4.0. De maneira geral Silveira (2016, online) apresenta que:
O fundamento básico deste conceito, implica que conectando máquinas, sistemas e ativos, as empresas poderão criar redes inteligentes ao longo de toda cadeia de valor que podem controlar os módulos da produção de forma autônoma. Ou seja, as fábricas inteligentes terão a capacidade e autonomia para agendar manutenções, prever falhas nos processos e adaptar aos requisitos e mudanças não planejados na produção.
Para esclarecer ainda mais este conceito e sua importância, Schwab (2016, p.156) afirma que:
[..] a quarta revolução industrial não é definida por um conjunto de tecnologias emergentes apenas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital. Há três razões pelas quais as transformações atuais não representam uma extensão da terceira revolução industrial, mas a chegada de uma diferente: a velocidade, o alcance e o impacto nos sistemas. A velocidade dos avanços atuais não tem precedentes na história e está interferindo quase todas as Indústrias de todos os países.
Esta quarta revolução industrial, acontece após três processos históricos transformadores.
A primeira marcou o ritmo da produção manual à mecanizada. A segunda trouxe a eletricidade e permitiu a manufatura em massa. E a terceira a chegada da eletrônica, da tecnologia da informação e das telecomunicações (Silveira, 2016).
Agora, a quarta mudança traz consigo uma tendência à automatização total das fábricas, para levar a produção à independência da mão de obra humana.
Neste caminho Silveira (2016, online) faz uma reflexão: a automação acontece através de sistemas cyber-físicos, que foram “possíveis graças à internet das coisas e à computação em nuvem.” De tal forma que pela “combinação das máquinas com processos digitais, são capazes de tomar decisões descentralizadas e de cooperar entre eles e com humanos, mediante a internet das coisas. ”
O avanço tecnológico e consequentemente econômico, faz com que as empresas busquem acompanhar estes passos que são rápidos. Uma produção otimizada que permita minimizar custos e despesas maximizando os lucros, é a busca que todo e qualquer setor busca.
A quarta Revolução Industrial aqui chamada de Indústria 4.0, é o novo conceito que está sendo empregado para mais esta transformação,
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