A CADEIA DE VALOR
Dissertações: A CADEIA DE VALOR. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nsanti • 8/3/2015 • 1.429 Palavras (6 Páginas) • 294 Visualizações
5.5 A CADEIA DE VALOR
5.5.1 Importância da Gestão de Custos na Cadeia de Suprimento
Como sabemos, a cadeia de suprimento se estende desde o fornecedor da matéria-prima destinada à fabricação de um determinado produto, até os consumidores finais, passando pela manufatura, centros de distribuição, atacadistas e varejistas. Nas fases anteriores ao Supply Chain Management, se dava muita ênfase à garantia da qualidade, não só do produto, como também dos serviços associados (entrega, atendimento pós-venda etc...). Paralelamente, e como decorrência da forte competição entre as empresas, passou-se a buscar a redução de custos em todos os níveis e de forma sistemática. Na atual concepção de Cadeia de Suprimento, a satisfação desses dois objetivos é considerado um fato consumado, ou seja, admite-se que essa condição já foi plenamente atingida dentro da empresa.
Para um fabricante é muito importante conhecer a composição do custo e sua estrutura. Conhecendo melhor a estrutura de custos, poderá atuar sobre os processos mais significativos em termos de despesa, visando reduzi-los. Com isso aumentara sua margem ou, se enfrentar competição acirrada, poderá reduzir o preço do seu produto de forma a ganhar vantagem competitiva sobre seus concorrentes. Por outro lado, o conhecimento das relações de causa e efeito na formação dos custos, lhe dará condições de prever com razoável precisão custos futuros, principalmente quando houver alterações significativas na demanda ou nos preços dos insumos básicos.
5.5.2 Cadeia de Valor
O conceito de Cadeia de Valor foi desenvolvido por Michael Porter, professor da Harvard B. School, sendo hoje, um dos pilares do moderno Gerenciamento da Cadeia de Suprimento. Quando um consumidor compra uma determinado produto, a um determinado preço, o pagamento que faz cobre uma série de elementos de natureza diversa, que participaram do processo de fabricação, do transporte da mercadoria, e dos serviços complementares.
Em um ambiente competitivo, valor é o montante que os compradores estão dispostos a pagar por aquilo que uma empresa, ou individuo, lhes fornece. Assim se um refrigerante em lata tem um custo final no varejo de $0,70, ela pode ser vendida gelada, em uma praia sob um forte sol de 40ºC, por $1,80. Isso porque o comprador, com sede, e sem condições práticas de buscá-la em casa ou no supermercado, sabe avaliar a situação e concorda em atribuir-lhe um valor substancialmente maior.
O valor de um determinado produto é composto pela margem e pelas atividades de valor. As atividades de valor são formadas pelos processos físico-operacionais tecnologicamente distintos que uma empresa lança mão para criar um produto com um certo valor de mercado.
Cada atividade de valor utiliza insumos diversos, tais como recursos humanos, materiais, tecnologia e informação, podendo gerar ativos financeiros, como estoques e contas a receber,e passivos como contas a pagar. Pode-se classificar as atividades de valor em duas categorias; atividades primárias (logística de suprimento, operações, logística de distribuição, marketing e vendas, assistência técnica) e atividades de apoio (infra-estrutura da empresa, gerenciamento de recursos humanos, desenvolvimento de tecnologia, aquisição de insumos e serviços).
A cadeia de suprimento é formada por uma seqüência de cadeias de valor, cada uma correspondendo a uma das empresas que formam o sistema, e o seu gerenciamento implica no tratamento da cadeia de valor como um todo.
5.5.3 Analise da Cadeia de Valor
Exemplo:
O produto é um eletrodoméstico, pesando 44Kg por unidade. A fábrica localizada no Rio Grande do Sul e o depósito do varejista está situado na Grande São Paulo a uma distancia de aproximadamente 1.120 km. A transportadora cobra atualmente um frete de $96,40 por tonelada de carga, ou $4,24 por unidade, retirando o produto da fabrica em lotes de 568 unidades (carreta de 25 toneladas, TL). Sobre os custos de suas atividades de valor o fabricante incorpora uma margem de 15% calculada sobre o preço do produto pago pelo varejista. São vendidas à empresa varejista, 20.000 unidades do eletrodoméstico por ano, na modalidade FOB . O varejista, por sua vez, incorpora uma margem bruta de 25%, calculada sobre o preço do produto na loja. Essa margem incorpora também os custos de comercialização (lojas, vendedores, gerenciamento, estoque nas lojas) e o lucro bruto da empresa.
Admitamos que a demanda se distribui de maneira homogênea ao longo do ano, não havendo picos sazonais, nem variações aleatórias apreciáveis. O custo financeiro considerado será de 30% ao ano. Na analise não serão consideradas a incidência de impostos e contribuições.
Estrutura de Custo
Na analise serão considerados os custos das seguintes atividades de valor:
1. Nível do fabricante:
Custo de materiais (adquiridos de fornecedores);
Custo de mão-de-obra direta;
Custos indiretos;
Custo de estoque do produto acabado;
Custo de armazenagem do produto acabado;
2. Nível do varejista:
Custo de aquisição do produto;
Custo de transporte (frete)
Custo de estoque em trânsito;
Custo de estoque do produto armazenado no deposito do varejista;
Custo de entrega às lojas e aos clientes finais.
Situação Inicial
A situação inicial corresponde a um esquema pouco competitivo, em que cada elemento da cadeia de suprimento age independentemente, buscando maximizar suas vantagens à maneira clássica, isto é, atuando sobre seus custos de forma a aumentar sua margem no processo.
Tabela 5.4.1 valores dos principais itens
Item Valor ($/unidade)
• Custo de materiais 112,80
• Custo de MOD 55,20
• Custos indiretos 62,60
• Custo de armazenagem do produto acabado na fábrica 0,30
• Custo de armazenagem no deposito varejista 0,30
• Custo
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