A EDUCAÇÃO É UM DEVER, EM PRIMEIRO PLANO, DA FAMÍLIA

A EDUCAÇÃO É UM DEVER, EM PRIMEIRO PLANO, DA FAMÍLIA

Verônica Alves Malheiros Dias

RESUMO

Este documento reflete a educação como um dever da família e não apenas um dever do estado ou da escola. Este estudo tem como fator básico a importância da família na educação dos filhos desde os primeiros dias de vida até sua formação acadêmica. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica com colaborações de autores como TIBA (2005), GOLEMAN (1995) e CURY (2008) ,entre outros, com o intuito de salientar como a tarefa de educar os filhos é indispensável e indelegável em sua totalidade e como ela contribuirá a curto,médio e longo prazo para um futuro promissor dos mesmos. Vê-se que a relevância dessa tarefa, que é educar, cabe primeiramente aos pais ou responsáveis, logo os filhos passam mais tempo em casa com a família que em qualquer outro lugar. A presença familiar é importantíssima tanto na formação educacional quanto na formação emocional dos filhos.

Palavras-chave: Educação. Filhos. Dever. Família. Pais

Introdução

Este artigo tem como tema a educação é um dever, em primeiro plano, da família, logo ela, a família, é a base para a integração dos filhos na sociedade, desse modo desde o nascimento da criança os pais precisam ter em mente que a tarefa de educar lhes pertence. Eles têm o dever de assumir esse compromisso mesmo que para isso seja preciso enfrentar dificuldades.

Algumas questões abordadas neste estudo:

 O que acontece quando o principal educador, os pais, desistem ou não dão a educação necessária à criança?

 Qual é a vantagem que pais, filhos e sociedade ganham quando a família assume o compromisso com a educação dos seus filhos?

Quando o assunto é educação, pais ou responsáveis estão prontos para se defender alegando que sempre fizeram seu dever: matricularam o filho na escola, ou seja fizeram sua parte, se a criança quis só brincar e esqueceu de estudar, quando deveria, problema é dela ou até da escola, já que muitas vezes esses pais pagam uma escola cara, e se acham na obrigação de delegar a educação, que lhes cabe, à escola.

Conforme Tiba,

Há pais que, por pagar uma escola, acham que esta é responsável pela educação dos seus filhos. Quando a escola reclama de maus comportamentos ou das indisciplinas do aluno, os pais jogam a responsabilidade sobre a própria escola.(TIBA, p.167)

Através deste estudo, que tem como objetivo, pesquisar como a educação cabe primeiramente à família, analisando que os filhos que recebem base educacional familiar, durante toda a vivência com os pais, tem mais probabilidades de se tornarem adultos responsáveis e comprometidos com a sociedade.

Para realizar os objetivos propostos utilizou-se pesquisas bibliográficas de materiais publicados e divulgados.

O trabalho foi finalizado com ideias e concepções de autores como: Tiba (2007), Cury (2008), Goleman (1995), Macedo (2012) e Queiroz (2010).

Desenvolvimento

Educação é o ápice de uma sociedade. Nota-se claramente que quanto mais elevada a educação, mais desenvolvido é o Estado. Sem educação o país não cresce. Nessa mesma análise, quanto mais educação a criança recebe da família, mais preparada ela estará para as diversas “provas” da vida, ou seja, mais preparada para enfrentar a escola, o vestibular, o concurso, a entrevista de emprego, enfim, preparada para a sociedade e principalmente para si mesma.

Muitos pais, seja por ingenuidade ou falta de conhecimento ou até mesmo por alegar falta de experiência ou tempo, prejudicam a vida educacional do seus filhos desde os primeiros dias de vida. Alguns não impõem limites e esperam que as crianças aprendam por si só, sem qualquer acompanhamento, como seguir seu próprio caminho.

Limites devem ser estabelecidos pela mãe também no momento da mamada. Ela não deve esperar que o bebê largue sozinho o seio, porque, mesmo quando já está saciado, ele pode querer permanecer agarrado só pelo prazer de sugar. (TIBA, 2007, p.120)

As crianças devem ter o acompanhamento da família em todos os sentidos. Não podem, os pais, esperar que seus filhos apredam tudo sozinhos. Pais que apresentam paciência na tarefa de educar, terão crianças mais desenvolvidas. Criança precisa de acompanhamento educacional e emocional para enfrentar com determinação as etapas da vida.

É na tenra infância, no berço, que as crianças recebem dos pais os ensinamentos emocionais que levarão para suas vidas diz Goleman (1995). A família que estimula em casa desde cedo a aprendizagem, ou seja, cria hábitos de estudos, ainda que os filhos sejam pequenos, desliga a tv por mais tempo e prioriza a leitura, tem mais chances de obter êxito com os filhos que aquela família que está mais preocupada em assitir aos noticiários da tv e não tem livros em casa ou deixa os estudos por conta da escola, do professor particular ou até mesmo por conta da própria prole. Crianças não têm maturidade suficiente para decidir entre brincar ou estudar, a família atenciosa ajudará a criança a perceber que não se pode passar o dia inteiro brincando. Estudar também é necessário.

Educar não é deixar a criança fazer só o que quer. Educar dá mais trabalho do que simplesmente cuidar dela porque é prepará-la para a vida. A vida da criança é regida pela vontade de brincar, de fazer algo. A cada movimento está descobrindo a vida e os valores, num processo natural de aprendizagem.(TIBA, p.139)

Queiroz (2010) diz que os pais não enxergam o seu verdadeiro papel e sua importância e terceirizam a educação dos filhos.

É obvio que educar crianças muito pequenas é trabalhoso, porém não é impossível. É nessa fase que a família tem em mãos a chave para abrir a porta que incentivará nas crianças o gosto pelo saber. No entanto, alguns pais desistem facilmente, com a ideia de que os filhos são pequenos demais para aprender e que com o tempo aprenderão o que é o certo ou errado, ou seja aprenderão sozinhos que estudar é fundamental. Mas isso raramente ocorre. Crianças que não foram estimuladas desde cedo para a educação, dificilmente terão bons desempenhos escolares. A família esquece que fortes hábitos são construídos desde cedo, e, quanto mais cedo a