A Educação Especial
Por: Camila Rodrigues • 22/7/2019 • Resenha • 1.016 Palavras (5 Páginas) • 140 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA
NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA A EDUCAÇÃO-UEMANET
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA
ELABORAÇÃO DE UM RECURSO DIDÁTICO ADAPTÁVEL ÀS PESSOAS COM PARALISIA CEREBRAL OU DEFICIÊNCIA MOTORA: CASA- CAIXA DE COMUNICAÇÃO SUPLEMENTAR E ALTERNATIVA.
Pinheiro-MA
2018
JADSON FERNANDO RODRIGUES REIS
ELABORAÇÃO DE UM RECURSO DIDÁTICO ADAPTÁVEL ÀS PESSOAS COM PARALISIA CEREBRAL OU DEFICIÊNCIA MOTORA: CASA- CAIXA DE COMUNICAÇÃO SUPLEMENTAR E ALTERNATIVA.
Trabalho apresentado à disciplina Deficiência Motora e Paralisia Cerebral como pré-requisito para obtenção de nota na atividade do Ambiente Virtual de Aprendizagem-AVA.
Professor: Robson Chacon Castoldi
Tutora: Dalila Raimunda Silva Sousa
Pinheiro-MA
2018
O decreto N° 5.296 de 21/12/2004, define deficiência como uma restrição física, intelectual ou sensorial que pode se manifestar de forma permanente ou transitória refletindo diretamente na capacidade do individuo em exercer atividades, um a ou mais, que são essenciais para a vida diária. O mesmo documento se debruça por cada uma dessas especificidades e classifica a deficiência física com “diferentes condições que a cometem as pessoas comprometendo a mobilidade, a coordenação motora geral e da fala (grifos meus), em consequência de lesões neurológicas, neuromusculares, ortopédicas, ou más formações congênitas ou adquiridas” (BRASIL, 2004, p. 16).
Dentre a diversidade de deficiência física, encontra-se a Encefalopatia Crônica Não Progressiva (ECNP), conhecida comumente por paralisia cerebral (PC), que é uma lesão de uma ou mais partes do cérebro, provocada, na maioria dos casos, por falta de oxigenação das células presentes nesse órgão. Souza (2005) assim define a paralisia cerebral:
Um grupo de desordens do movimento e da postura, causando limitação da atividade, que são devidas a alterações não progressivas que ocorrem no cérebro fetal ou infantil. As desordens motoras de paralisia cerebral frequentemente estão acompanhadas por alterações sensoriais, na cognição comunicação, percepção, comportamento e/ou crises convulsivas (SOUZA, 2005, p.51)
Os fatores que acarretam na paralisia cerebral são múltiplos e possuem relação com eventualidades da gestação, no parto, no pós-parto ou no período de estruturação do cérebro e do sistema neurológico do bebê.
Importante salientar que o quadro apresentado em decorrência da paralisia cerebral não se constitui como doença, preconceito perpetuado até pouco tempo atrás, mas sim uma limitação cognitiva e motora decorrente dos fatores apresentados anteriormente. Grande parte das crianças que apresentam esse quadro possuem dificuldades na manipulação de objetos em suas atividades cotidianas, necessitando, dessa forma de tecnologias assistivas[1] para a realização dessas tarefas (comer, vestir, andar, agarrar, brincar, etc.) e de recursos pedagógicos adaptados para a realização de atividades acadêmicas.
Nesse sentido, desenvolvo neste trabalho uma possibilidade de recurso pedagógico adaptado para realização de atividades corriqueira de crianças com paralisia cerebral que, em decorrência desse quadro, possuem dificuldades na fala, na escrita e no gestual refletindo na sua comunicação interpessoal.
A inspiração para este recurso surgiu a partir da leitura de trabalhos que versam sobre jogos e recursos didáticos facilitadores do processo de aprendizagem e da comunicação alternativa para pessoas que tem os meios convencionais de interlocução limitados[2]. Segue abaixo a descrição do recurso:
NOMECLATURA | CASA- Caixa de Comunicação Suplementar e Alternativa |
PARTES QUE CONSTITUI O RECURSO | 1-Caixa de Comunicação Suplementar e Alternativa; 2-Pranchas de comunicação; 3-Vocalizador manual; |
PÚBLICO ALVO (A RELAÇÃO DO TIPO DE RECURSO COM O TIPO DE DEFICIÊNCIA) | Alunos com Encefalopatia Crônica Não Progressiva (ECNP), popularmente conhecida como paralisia cerebral do Ensino Fundamental menor em processo de alfabetização. |
OBJETIVO | Desenvolver habilidades suplementares de comunicação em discentes com paralisia cerebral (PC) através de recursos alternativos de linguagem, podendo seu uso ser de caráter temporário (para alfabetização, por exemplo) ou permanente (para àqueles que possuem sequelas irreversíveis na fala, na escrita ou em ambas). |
FINALIDADE | A CASA é uma estratégia que busca complementar ou trazer uma alternativa de comunicação para alunos que possuem especificidades educacionais advindas da paralisia cerebral. Esses discentes, em sua maioria, possuem fala, escrita e gestual de pouca compreensão e através do subsídio oferecido com as pranchas de comunicação e dos vocalizadores portáteis, poderão ser alfabetizados, ter seu vocabulário diversificado ou lançar de um recurso que auxiliem na manifestação de vontades, organização de rotinas e aprendizado de conteúdos de diferentes áreas do conhecimento. Salienta-se que a comunicação é considerada “alternativa”, quando o discente possui os veículos convencionais (fala e escrita) comprometidos. Inclui, nesse sentido, a utilização de gestos manuais, expressões corporais e faciais, símbolos gráficos, como fotografias, desenhos, figuras e alfabeto etc. |
RESULTADOS ESPERADOS A PARTIR DO SEU USO | Objetiva-se que através deste recurso o discente possa iniciar o seu processo de alfabetização, através das pranchas alfanuméricas, e dar suporte ao desenvolvimento de habilidades do cotidiano (atividades rotineiras como banho, alimentação, brincar e manifestação de vontades) através da comunicação alternativa para crianças com comprometimento da fala e do gestual; |
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