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A Educação e Movimentos Sociais dentro da escola: uma construção para o Mundo do trabalho

Por:   •  22/3/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.038 Palavras (9 Páginas)  •  314 Visualizações

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Trabalho “consciente”, Educação e Movimentos Sociais dentro da escola: uma construção para o Mundo do trabalho

 

Juliana de Almeida Aguiar Silva[1]

RESUMO

Esse artigo tem o sentido de analisar o espírito do uso da força de trabalho “consciente” (que tem conhecimento de sua própria existência e capacidade de pensar, desejar, perceber etc. “O homem é considerado o único animal consciente.") através de organizações político-sociais dentro da escola, como os movimentos sociais/estudantis, que deveriam fundamentar uma consciência ativa, não alienada para o mundo do trabalho.

PALAVRAS-CHAVES: Mundo do Trabalho, Movimentos Sociais e Educação.

INTRODUÇÃO

        

Nessa perspectiva, essa preleção irá se debruçar na labuta de constatar os temas abordados e os conceitos citados com o entrelaçamento entre os próprios e entendo-os como se dá a transformação do homem consciente do seu papel histórico, político e social no mundo do trabalho durante o período educacional.

        Desse modo a exposição se dará pelos temas trabalho, força de trabalho, ou mesmo Mundo do trabalho, Movimentos sociais/estudantis e Educação. Entende-se o processo de transformação do homem social hoje e a um bom tempo nas esferas públicas a escola(educação) e o trabalho. Como o trabalho é inerente ao homem ou ao ser humano e esse homem é social,  o grande papel de  relevância para a construção do ser social se faz através do trabalho, como constata esse indivisibilidade enquanto conceito que nos diz Saviani: “o trabalho é o ato de agir sobre a natureza transformando-a em função das necessidades humana”; “a essência do homem é o trabalho”; ... “ o que o homem é, é-o pelo trabalho”. A essência do homem é um feito humano: é um processo histórico. (p. 154,2007). Entrelaçando com todo o arcabouço que o cerca, os suportes, as pessoas, as relações que está inserido dentro do mundo do trabalho, entendendo-se segundo MEDEIROS:

“Importante ressaltar que nossas ideias sobre mundo do trabalho apoiam-se em Ramos (2005;2008;2017) cujo conceito de trabalho diverge daquele restrito à sua formação histórica no capitalismo: trabalho assalariado ou emprego. O mundo do trabalho não se reduz ao mercado de trabalho.” (Ramos apud Medeiros e Santos).

Nesse sentido, entende-se o mundo do trabalho mais do que as relações convencionais que culmina em salários e sim as que incluem cultura, educação, os conflitos nele inseridos, os projetos sociais em disputa, as imbricações com a natureza e as relações que estabelecem com o trabalho.

Iremos dá enfoque ao período histórico e inicial das contestações relatadas ou analisadas nas relações no mundo do trabalho. O contexto a ser citado faz referência ao operário-massa em um período que tem como marca divisória os estágios que formou a expansão social-democrata centrado nos sindicados e organizações dos representantes cooptados pela auto escalão das fábricas. Assim traremos um momento posterior, o segundo momento donde esse operário-massa insurge-se com um movimento da segunda geração de ativistas nas décadas de 60 e 70 com os movimentos de base que se caracterizam pela consciência da divisão de classe no período de vigência do taylorismo/fordismo, como mostra Antunes:

 “formada pelos marcos do próprio fordismo, ela não se encontrava disposta a ‘perder sua vida para ganha-la’: a trocar o trabalho e uma existência desprovida de sentido pelo simples crescimento de seu ‘poder de compra’, privando-se de ser por um excedente de ter. Em suma, a satisfazer-se com os termos do compromisso fordista, assumido pela geração anterior. (...) contestação da divisão hierárquica do trabalho e do despotismo fabril emanado pelos quadros da gerência, formação de conselhos, propostas de controle autogestionárias, chegando inclusive à recusa do controle do capital e á defesa do controle social da produção e do poder operário. (...) as lutas de classes ocorrida ao final dos anos 60 e início dos 70 solaparam pela base o domínio do capital e afloravam as possibilidades de uma hegemonia (ou uma contra-hegemonia) oriunda do mundo do trabalho. (2001, p.42)

        Entende-se assim um marco no surgimento dos movimentos reacionário de contestação dentro do mundo do trabalho. Desse jeito contesta-se um período de contestação de movimentos organizados dentro do mundo do trabalho.

Mas iremos voltar mais um pouco na história pra entender também a relação de trabalho com a educação, mola propulsora do trabalho como princípio educativo. O trabalho e a educação são atividades especificadamente humanas! Assim, educação e trabalho estão imbricados na formação, na origem do homem como ser social.  Com isso, para Saviani “Os homens aprendiam a produzir sua existência no próprio ato de produzi-la. Eles aprendiam a trabalhar trabalhando. Lidando com a natureza, relacionando-se uns com os outros, os homens educavam-se e educavam as novas gerações.” (2007, p.154). Historicamente, durante o processo da Revolução Industrial deu-se a Revolução Educacional. Teremos aqui o cruzamento do nascimento histórico dos três principais conceitos que versam sobre o artigo, Educação, Trabalho ou Mundo do Trabalho para inserirmos o surgimento do Movimentos Sociais dentro da Educação, ou suas influências.

O que faremos daqui a adiante é contextualizar a educação que iremos trabalhar e fazer a principal ligação entro os conceitos. Que é a saber qual a resposta do respaldo dos conhecimentos de resistência dentro das agremiações ou diretórios repercutem no cotidiano do mundo do trabalho. Principalmente para aqueles indivíduos que constroem atividades práticas de não alienação como ações que popularizam discursões sobre temáticas que discutem o social, a política, o cotidiano, indo para além do capital e do trabalho aqui já citado por Ramos.  

        Desse jeito se faz necessário discorrer sobre os pormenores desse entrelaçamento. De como seria esse ser social diferenciado. As possibilidades aqui citadas fazem referência aos estudantes inseridos no ensino integrado, politécnico e onmilateral que produzem consciência e consciência política. Sobre consciência traremos esse homem que tem conhecimento de sua própria existência e capacidade de pensar, desejar, perceber etc. Consoante a Marx que diz: “...a atividade vital consciente distingue o homem imediatamente da atividade vital animal.” (Marx,2000, p.84).  E sobre consciência política trarei o subtema do conceito de resistência que vem no sentido de trazer o termo referindo-se ao esforço organizado por defensores de um ideal comum contra uma autoridade constituída que vá de encontro a vontade dos que o mantém, atrelado a essa formação educacional integrada, que segundo CIAVATTA, o termo perpassa várias configurações e sentidos. Como a unidade trabalho manual/trabalho intelectual entendendo o trabalho como princípio educativo e a indissociabilidade ou mesmo integrado ligado a questão de a educação ser vinculado a todos e não a uma minoria ou como acontece no Brasil. Ou no sentido que iremos dar enfocar, que traz relação da formação de um ser humano completo na sua completude, no que ela constata sobre:

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