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A FILOSOFIA DO JUDÔ COMO MÉTODO DE MELHORIA DE QUALIDADE DE VIDA

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Por:   •  4/12/2014  •  1.925 Palavras (8 Páginas)  •  347 Visualizações

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A FILOSOFIA DO JUDÔ COMO MÉTODO DE MELHORIA DE QUALIDADE DE VIDA

Henrique Rodrigues da Silva¹

¹ Estudante do Curso de Educação Física do campi de Seropédica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; E-mail: henriquehrs1989@gmail.com

RESUMO

Com o advento da prática de judô por pessoas de faixas etárias diversificadas, cabe um questionamento sobre o seu real valor, como o esporte pode ajudar a desenvolver o individuo, e quais os benefícios para os praticantes da modalidade. Contudo, é louvável a presença de uma história riquíssima por trás do judô. No presente trabalho o objetivo foi analisar e referenciar a história do judô unindo-a a filosofia vasta existente dentro do mesmo, aliando a esse fator, como o judô e sua filosofia melhoram seu modo de vida. Os trabalhos abordados mostram como é possível usar o judô como fonte de autoconhecimento e ajuda, sabendo-se que o judô é uma excelente fonte de disciplina, principalmente quando se tratado de crianças, porém com jovens e adultos é igualmente eficaz. Canalizando seus medos, raivas e frustrações para a pratica do Judô. “O homem que luta não briga! quem tem disciplina prega a paz” (SILVA, 2008)

INTRODUÇÃO

Judô, a arte marcial iniciada em 1882, pelo mestre Jigoro Kano no Japão, hoje é citada pela UNESCO como o esporte mais adequado para crianças, pois umas das afirmações feita pela entidade, é que todos sabem que o “caminho suave” (Judô) transcende a pratica esportiva e se torna um lema de vida, dentre afirmativas para tal, é descrita a promoção de valores, tais como a amizade, a participação, respeito mutuo e esforço para melhorar, além de possibilitar um relacionamento saudável com o próximo. (CBJ, 2013)

Visto isso, já cabe a perspectiva na qual as filosofias adotadas pelas artes marciais, mais especificamente pelo Judô, são levados a sério uma vez que se pratica o esporte. Como surge da cultura oriental, o Judô possui uma filosofia rígida, ao mesmo tempo buscando a paz e a suavidade. Podemos confirmar isso com a afirmação do próprio mestre Jigoro Kano que diz o seguinte:

“Ainda que eu considere o Judô dualisticamente, a prosperidade e benefícios mútuos pode ser vista como sua finalidade última e a máxima eficiência como meio para atingir esse fim. Essas doutrinas são aplicáveis a todas as condutas do ser humano” (FPJ)

Então com essa perspectiva é possível alegar que o judô pode se tornar uma ferramenta para melhoria do individuo, não só sendo tratado como uma batalha contra um oponente.

“O combate não é a guerra, não é a batalha. Assim como na máquina de guerra o objetivo das armas não é a guerra. O objetivo das Artes Marciais não é o combate, mas não porque o combate seja irrelevante. É que o combate não é um fim, senão um processo. O combate não é princípio – o que seria o mesmo que ser o fim –mas justamente um caminho,” (Yonezawa, 2010; p.351)

METODOLOGIA

Este trabalho tem como objetivo analisar a presença marcante da disciplina e dos aspectos filosóficos presentes na pratica do judô, seja no âmbito escolar ou nas academias, visando a melhorias dos aspectos sociais e físicos da qualidade de vida do cidadão. O trabalho foi desenvolvido através de uma revisão bibliográfica, traçando um perfil de como são utilizados ensinamentos no cotidiano dos adeptos da arte marcial, bem como o que dizem seus preceitos. Foram pesquisados artigos em plataformas acadêmicas (Scielo, Revista Motriz, Revista Brasileira de Educação Física e Esporte), bem como sites especializados em judô, como da federação paulista de judô (FPJ), Confederação Brasileira de Judô (CBJ)

DISCUSSÃO

Criado em 1822, por Jigoro Kano, o judô é o esporte que cada vez mais ganha popularidade e conquista cada vez mais praticantes. Sua filosofia se baseia na conexão entre o corpo e a alma, a integração entre esses dois pontos. Para Kano, esses dois elementos deveriam sempre andar juntos, sempre evoluir juntos. Para ser um bom lutador, deve-se também ser um bom ser humano. (DRIGO et al., 2008)

No âmbito infanto-juvenil é uma ótima maneira de afastar esses jovens das drogas, trazendo eles a um universo de respeito mútuo. O MEC (BRASIL, 2012) em uma publicação em seu site, afirma que o Judô ajuda na melhoria da qualidade de vida, através de uma entrevista com o professor de educação física Guilherme Lins Magalhães. Lá ele também descreve outros pontos cujo o qual judô ajuda, que são: melhoria do sistema cardiorrespiratório e da coordenação motora; o aumento do tônus muscular e da força física; a redução dos riscos de contrair doenças crônicas e o desenvolvimento da noção do espaço corporal, do sentido de disciplina e da capacidade de persistência e perseverança e de traçar estratégias.

Através da filosofia do Judô, é possível reintegrar as práxis do judô, judocas não mais competem e despertar o interesse dos principiantes para as outras virtudes do Judô além das lutas, como o estudo dos princípios e das máximas idealizadas por Jigoro Kano, a qual se denominou fase técnica filosófica (GARCIA, 2009)

SILVA (2010) cita que é interessante perceber que desde a escolha do nome de sua arte marcial até a elaboração desses princípios fundamentais Jigoro Kano teve grande preocupação com o desenvolvimento amplo de aspectos morais e filosóficos. Ao compreender que o judô pode ser considerado uma doutrina de vida, dimensionamos sobre certa forma o tamanho da importância do judô na construção do aluno como ser social.

Muitos praticantes procuram o esporte como forma de se disciplinar, de aprender a respeitar o próximo, a respeitar regras, ser mais pacífico, respeitar seu adversário e as fraquezas e as qualidades dele. Apesar disso, com o passar do tempo e a crescente visibilidade do esporte, federações foram criadas, a necessidade de competir surgiu e, então o real propósito pelo qual o judô foi criado começou a ser deixado de lado.

Para SANTOS (2012), o modelo educativo de Kano, é dividido em três elementos fundamentais que são chamados de Shugi-iku-san, que tem como significado desenvolvimento físico, moral e intelectual. Ou seja vem reiterar tudo aquilo que já foi abordado pelo texto, a busca pelo equilíbrio em todos os ambitos que nós temos em nosso cotidiano.

“A organização do Judô Kodokan é hoje basicamente a mesma da época em que eu criei, mas naquele tempo, quando explicava o judô, eu o dividia em três partes: seu uso como método de luta (arte

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