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A GESTAO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES PRIVADAS

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Por:   •  22/3/2015  •  2.175 Palavras (9 Páginas)  •  396 Visualizações

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A GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES PRIVADAS.

Resumo

Este artigo pretende apresentar as mudanças ocorridas na área de Gestão de Pessoas, desde os primórdios da industrialização até os dias atuais através dos estudos e experiências desenvolvidas ao longo de muitos anos. De uma maneira geral os avanços tecnológicos, nas ultimas décadas tem levado as organizações a buscarem novas formas de Gestão, com o intuito de melhorar o desempenho tanto da organização quanto os dos colaboradores. O talento humano e suas capacidades são vistos como fortes fatores competitivos no mercado de trabalho. Não existe nenhum projeto baseado em boas ideias, criatividade, conhecimento, ética, entusiasmo que tenha sido barrado por falta de recursos financeiros.

Palavras Chaves: Gestão de Pessoas, Recursos Humanos, Colaboradores, Organizações, Competividade.

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A área de Recursos Humanos deixou de ser um mero departamento de pessoal para se tornar o personagem principal de transformação dentro das organizações privadas. Com grandes avanços ocorridos nas ultimas décadas, ocorrem mudanças nas quais, passaram a valorizar o empregado, chamado hoje de colaborador e os chefes de gestores na forma de humanizar e tornar o ambiente de trabalho mais propicio, valorizando o ser humano, dando oportunidades e fazendo com que a organização se desenvolva obtendo um diferencial competitivo e alcançado seus objetivos.

Desenvolvimento

A Revolução Industrial iniciada no século XIX consolidou a empresa capitalista como símbolo de racionalização, eficiência e produtividade. Ela impulsionou em várias partes do mundo um processo de divisão e especialização do trabalho e nesse contexto emergem com importante papel nas empresas as áreas de planejamento, comunicação e recursos humanos.

Segundo Tati Molini6 para se diferenciarem, as organizações começaram a pensar em áreas que poderiam ajudar no sucesso dos negócios, estratégias bem definidas, comunicação interna em prol de funcionários parceiros, comunicação externa persuasiva e transparente, e principalmente uma área especializada em administrar as carreiras, os cargos, os salários, os benefícios, processos de seleção e organização de organogramas. Mais recentemente, a pesquisa de clima, os programas de estágio e trainee, os informativos possibilitaram a organização da área de Recursos Humanos.

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6Moline Tati, jornalista graduada pelo Mackenzie, em Letras português-italiano pela USP, com extensão em Comunicação Corporativa pela GV. Disponível em <http://www.tati.moline.wordpress.com >. (pesquisado em 31/08/2010).

Houve então uma grande evolução de recursos humanos decorrentes de grandes industrializações é o que podemos ver quando Joaquim Patto7 declara em conteúdo de seu estudo intitulado “A Evolução do RH: da década de 30 do século XX até a 1º década do século XXI” que aborda as mudanças operadas nesse setor no período por ele analisado.

Na década de 30, o setor de recursos humanos (RH) era constituído pelos donos das empresas que inspirados no fascismo, utilizavam-se da máxima “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Apesar da tirania, era uma área centrada nos resultados.

Na década de 40, o RH era constituído por advogados, especialistas em entender as leis para não cumpri-las. Getúlio Vargas promulga a CLT, inspirada na carta fascista de Mussolini. Surgem as primeiras juntas trabalhistas e as primeiras reclamações. É um momento marcado pelo antagonismo entre as partes.

A partir da década de 50, o RH passa a ser constituído por engenheiros. É a Fase de industrialização do Brasil, onde o setor de RH se limita a estudos de tempo e movimento. Para as empresas desse período os Recursos Humanos não são pessoas, mas sim processos. Taylor e Fayol, autores da Teoria Geral da Administração e estudiosos da Administração como ciência são os referenciais da época.

Na década de 60, durante o estabelecimento da ditadura militar no Brasil e no contexto de repressão do movimento sindical, as empresas descobrem o trabalho em equipe, e pela primeira vez não fazem RH pensando só em si mesmas, mas principalmente no sindicato patronal e no de funcionários.

Na década seguinte o RH, é constituído por administradores de empresas e segundo Patto vários erros foram cometidos. Dentre eles temos; os administradores mediam o próprio poder pelo tamanho da estrutura que tinham, para gerenciar, e dessa forma o os organogramas das corporações se tornaram imensos e inchados desnecessariamente.

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7Patto Joaquim, consultor da Mercer Human Resource Consulting e profissional com 40 anos de experiência na área. Disponível em <http://www.tati.moline.wordpress.com >. (pesquisado em 31/08/2010)

Na década de 80, o setor de RH passa a contar com presença de psicólogas, com a função de gerenciar a crise existencial que abate os profissionais do setor. A origem dessa crise está no nascimento de um RH revolucionário, preocupado com os parceiros internos, descobridor das pessoas como os verdadeiros recursos humanos e dos interesses dos acionistas, mas ao mesmo tempo incapaz de lidar com tudo isso e com processos, leis e sindicatos ao mesmo tempo.

A década de 90, marcada pelo surgimento de novas idéias e a contradição RH mocinho versus RH bandido. É A Década das fusões, aquisições e terceirizações. Nasce o serviço de Outplacement8 que corresponde a uma prática empresarial, nascida nos Estados Unidos e que visa dar apoio, aos trabalhadores despedidos no processo de integralização profissional, em outras empresas, como tentativa de minimizar os efeitos das demissões. Os profissionais de RH buscam, muitas vezes equivocadamente, metodologias para integrar as pessoas, aliviar o stress, testar os limites e abrir cada ser humano por completo diante de seus colegas. Algumas dessas ferramentas provocaram uma superexposição nada benéfica das pessoas em seus ambientes de trabalho. Com isso, o comprometimento e a credibilidade da área ficam abalados e a crise continua.

Na primeira década do século XXI, o setor de RH passa a ser pensado de forma diferente, em função

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