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A Industria Cultural

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Por:   •  15/3/2015  •  1.216 Palavras (5 Páginas)  •  493 Visualizações

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O contato com a propaganda nazista e o contato com a cultura industrial de massa americana, foram essenciais para a elaboração de uma teoria crítica da indústria cultural. Com isso, Horkheimer baseia sua filosofia social inspirada no marxismo e na dimensão histórica dos fenômenos. Ele contrapõe o pensamento lógico-dedutivo de Descartes, representativo da teoria tradicional, e defende o pensamento histórico-dialético de Marx, representativo da teoria crítica da sociedade.

O pensamento de Horkheimer é um dos mais importantes da filosofia contemporânea. Ao enfrentar a "razão instrumental" com sua "teoria crítica", ele denuncia essa razão como criadora de perigosos mitos, situando-se em um marxismo não-ortodoxo, ligado também a certo humanismo individualista

Adorno foi um grande intelectual alemão, adepto da Escola de Frankfurt, e que teve uma reflexão aprofundada sobre a massificação da cultura. Após sua mudança para os Estados Unidos da América ele estuda a fundo a mídia do país, e descobre sob a aparente liberdade, uma ideologia padronizada, com a intenção de sujeitar a massa, induzindo-a ao consumismo e à submissão ao sistema, além de já ter tido contato antes com criação do ministério da propaganda nazista, o qual pôde ter a percepção do poder de manipulação da propaganda.

Walter Benjamin discorreu principalmente sobre a Arte, defendendo uma visão materialista, segundo a qual toda produção artística é circundada por certa “aura”, que revela sua singularidade. Quando ocorre o fenômeno de diluição dessa aura, por meio da mídia massificada, a arte deixa de ser uma criação exclusiva para um grupo restrito, perde seu caráter sagrado e consequentemente atinge uma repercussão na sociedade como um todo o que para ele poderia ter benefícios para a sociedade.

É importante ressaltar que enquanto Benjamin tinha uma visão otimista, Adorno e Horkheimer, tinham uma visão pessimista da indústria cultural.

Esses intelectuais supracitados tiveram grande importância quanto à formação crítica no surgimento da indústria cultural e ao esquematismo proposto por ela. A partir de suas obras é possível perceber o poder de manipulação dos meios de comunicação de massa sobre a consciência dos indivíduos. A cultura e a arte a partir do século XX estavam entrando numa nova fase de desenvolvimento, ou seja, estavam se tornando industrializadas. Esse acontecimento se deu primeiramente nos Estados Unidos e depois atingiu todo o globo terrestre.

Uma visão em síntese dos pressupostos da indústria cultural

Benjamim acreditava que entretenimento e esclarecimento podem se combinar de maneira não problemática nas manifestações artísticas. Defendia que a diversão proporcionada pelo cinema podia ser associada à atividade de esclarecimento e que com a industrialização o conhecimento poderia chegar até as camadas sociais mais baixas, aumentando o nível cultural das pessoas de um modo geral.

Em contrapartida, Adorno era totalmente descontente com o a indústria do entretenimento. Sempre se mostrou descrente á possibilidade de combinar diversão com esclarecimento. Ele defendia a tese que a diversão é o prolongamento do trabalho para o capitalismo e que o sistema deixa muito pouco espaço para a formação critica do usuário. Segundo Adorno, a função essencial do divertimento é tornar as pessoas mais idiotas e infantis com o objetivo de fazer durar a ordem baseada no rendimento e no calculo. Restando a falsa opção de relaxamento. Sobre o cinema, ele dizia que tudo estava preparado para que o consumidor não precise utilizar suas faculdades mentais. Cena, cenários, música, diálogos e expressões.

Zunin estabelece relação com o exaustivo regime de trabalho imposto pela sociedade capitalista com as atividades de lazer, onde o grande barulho e intensidade de luzes durante o trabalho inibe a população de pensar e apenas a induz a executar uma determinada tarefa é espelhada nas atividades de lazer, como nas boates, tornando as pessoas incapazes de utilizar o cérebro novamente e apenas aceitar aquela imposição como um lazer satisfatório. Desta forma as pessoas fazem tudo como se estivessem “em modo automático”, sem se perguntarem se necessitam daquilo para viver ou se há algo de errado com determinada situação.

Diante disto, a manipulação na formação educacional se faz necessária para que o indivíduo durante toda sua vida veja acontecer à violência, a corrupção e a falta de justiça e se cale diante dos fatos, sem tomar partido nenhum, acreditando que tudo é fruto de uma desigualdade que não pode ser mudada, fazendo com que ele se restrinja a uma vida de miséria sem lutar por melhores condições e acredite ainda

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