A Logistica

LOGÍSTICA

A logística tem como inicio no campo militar para atribuir atividades de estocagem e suprimentos, movimentação e transporte de bens e afins, após a segunda guerra mundial a logística expandiu e chegou às indústrias, comercio e serviços em geral, hoje o nosso cotidiano é cercado pela logística, seja ela no E-Commerce ou nos produtos que compramos no mercado próximo de casa, em relação a definição de logística existem varias divergências para Ballou (1993) a logística era limitada à inclusão de transporte, gestão de armazéns e controle de estoque.

Fica claro que a gestão de logística é organizar e coordenar as atividades necessárias para atingir os objetivos desejados de uma corporação, seja ela privada ou publica independente do setor de atuação, a logística é o elo entre a organização e os fornecedores e clientes, Bowersox e Closs (2001) argumenta que uma empresa deve atingir um alto nível de integração total da cadeia de agregação de valor como forma de manter a flexibilidade operacional.

Cabe aos gestores de uma empresa decidir quais serão os métodos e modelos de logística que serão empregados ao processo produtivo e de distribuição dos produtos acabados ao cliente, na velocidade em que a economia trabalha hoje é praticamente impossível à produção de um produto trabalhar sem estar interligada a comercialização do mesmo produto.

No seu estudo sobre logística Hara (2009) subdivide a logística em três grades subsistemas:

• Logística de entrada (Inbourd logistics);
• Logística Interna;
• Logística de Saída (Outbound logistics).

1. Logística de Entrada

A logística de entrada (Inbourd logistics) engloba as atividades ligadas a pedidos de matérias, sejam eles componente matéria prima ou insumos. Christopher (2014) afirma que a única forma de uma empresa melhorar o seu tempo de resposta ao mercado entre pedido e a entrega é trabalhar na diminuição do lead time – Tempo que se leva para adquirir, produzir e entregar um produto finalizado ao cliente é trabalhar por meio de manutenção de estoque seja esse estoque de matéria prima ou do produto acabado, mas a manutenção de estoque tem um custo elevado, então para evitar este custo é extremamente importante que o planejamento de produção versos entrega seja o mais próximo possível.

Hara (2009) conclui que o ciclo de aprovisionamento de matérias é o papel fundamental da logística de entrada, esta por sua vez e ligada diretamente ao planejamento da demanda de um determinado produto.

Na Midea Carrier o carro forte é a produção de condicionadores de ar e recentemente foi agregada a produção de eletrodomésticos (Microondas e frigobar) então a logística de entrada aplica-se a aquisição de insumos para a produção destes produtos, para diminuição do Lead time a empresa emprega um planejamento baseado em anos e períodos anteriores, desta forma é calculado qual será a meta de produção quanto de material será adquirido, pelo que podemos observar na nossa visita técnica em conversa com o nosso entrevistado está programação é feita de forma precisa, já que não é observada a falta de matérias para a produção dos produtos da empresa e a sobra é mínima, com informações do nosso entrevistado podemos lista alguns fatores de risco que são particulares à nossa região amazônica:

• Distancia: Boa parte dos insumos da empresa é fornecida pela filial em Canoas (RS);
• Suframa: O processo burocrático da Suframa é algo particular a nossa região muitas vezes quando o fornecedor é novo ele acaba esbarrando nesses processos.  

        Contudo concluímos que com as informações que colhemos o processo de logística de entrada é feito como excelência pela empresa.  

1. Logística Interna

Ainda utilizando o estudo de Hara (2009) sobre logística ele coloca a logística diretamente responsável por movimentações interna dos produtos em uma empresa sejam eles para produção (matéria prima e insumos) como produtos acabados prontos para o despacho aos clientes.

Em suma a logística interna é todo o processo de recebimento, armazenamento/Controle e distribuição dos materiais usados dentro de uma empresa. A eficiência de uma indústria está ligada diretamente à organização e gestão de sua logística interna.

O nosso estudo será direcionado a logística Interna neste item, visto que foi nele que foi identificado nele o ponto de melhoria, o nosso entrevistado o Sr. Adnamar, confirma que existem pessoas em sua equipe que trabalham exclusivamente nestas atividades e que existem pontos a melhorar, durante a nossa conversa chegamos a conclusão que a vontade de atender a produção e o nosso famoso jeitinho brasileiro são alguns dos elementos que colaboram para estes desvios, vê com bons olhos a nossa iniciativa e diz que vai colaborar da melhor maneira possível para chegarmos a um denominador comum.

Christopher (2014) faz uma comparação com o “dilema do prisioneiro” ao falar sobre os conflitos e dificuldades de interação entre as áreas de uma empresa, nesta fabula conta a historia de dois ladrões de banco que acabam de ser presos, e que são colocados em celas diferentes, durante o interrogatório é proposto a cada um a mesmas opções:

1. Você confessa e seu parceiro não – Você é condenado a um ano de prisão por colaborar e o seu parceiro ficara preso por cinco anos;
2. Você não confessa e seu parceiro sim – Você é condenado a cinco de prisão e seu parceiro a um ano de prisão;
3. Ambos confessam – Cada um é condenado a dois anos de prisão;
4. Nenhum confessa – Os dois são liberados.

Então para que ambos fossem soltos era necessário à confiança e a verdadeira parceria, na corporação é necessário essa união e sinergia das áreas, o nosso entrevistado o Sr. Adnamar afirma que existe a vontade mutua de querer ajudar porem falta um pouco de organização e fidelidade aos processos.

Existem varias outras barreiras que dificultam a integração interna e externa da logística, para Bowersox e Closs (2001) listam cinco fatores principais barreiras, são elas:

1. Estrutura organizacional – As estruturas como conhecemos hoje é chamada de arcaica já que é muito hierárquica, porem a revolução da informação e dos sistemas cada vez mais, estamos acumulando funções e responsabilidade reduzindo os quadros funcionais e consequentemente as hierarquias, mas o autor diz que essa mudança ainda levara tempo para ser concluída;
2. Sistemas de mensuração – Os sistemas de mensuração, indicadores de desempenho estão cada vez mais internalizados e gerando assim um clima de competitividade interna que antes era apenas externo entre empresas, Pires (2004) confirma essa visão e completa afirmando que a com a mensuração interna o clima de competição está cada vez mais acirrado entre as cadeias de produção de uma única empresa, é necessário aprimorar estes relatórios e fazer com que eles interajam cada vez mais com os setores de logística.
3. Propriedade do estoque – O antigo estoque que era abarrotado de insumos hoje não é mais aplicado, visto o custo em manter esses materiais “parados” no estoque, hoje o planejamento é feito com sistemas Just-In-Time, sistema que funciona com a compra exata de matéria prima para atender uma demanda ou programação, na conversa com o Sr. Adnamar, foi possível ver a pratica deste sistema na Midea Carrier, já que a empresa trabalha pouco utiliza do sistema de estoque mínimo, utilizado este ultima apenas para matérias de difícil aquisição;
4. Tecnologia de informação – É crucial para qualquer empresa independente do tamanho o uso das ferramentas de tecnologia de informação, seja ele apenas uma simples planilha ou um sistema robusto ERP (Enterprise Resources Planning), na Midea Carrier ela utiliza uma excelente ferramenta de controle, mas como já foi sinalizado em alguns momentos ele é mal aproveitado;
5. Capacidade de transferência de conhecimento – Este item o autor explica que a transferência é ligada diretamente também a troca de experiências e boas praticas entres os colaboradores de uma empresa, este também é um item que estamos trabalhando em parceria com o nosso entrevistado porque conforme informações dele na equipe existem os que são especialistas do sistema e do processo porem como já citado a troca de informações nem sempre é fácil e automática.

1. Logística de Saída

Neste item podemos englobar todos os canais de distribuição, atacadistas, armazéns, varejistas e outros, em suma a logística de saída cuida da distribuição física dos produtos, se na logística de entrada o papel do fornecedor é fundamental nesta etapa a empresa passa a ser o fornecedor de outra parte da engrenagem, para Martins (2000) Cabe ao gestor de logística à programação, sequenciamento e implementação de atividades destinadas à movimentação e armazenagem de matérias acabados ou em processo de despacho.