A Sociologia de Durkheim
Por: raissawalter56 • 24/4/2020 • Relatório de pesquisa • 784 Palavras (4 Páginas) • 194 Visualizações
A sociologia de Durkheim
David Émille Durkheim (1858-1917) foi filósofo, cientista político e sociólogo, nasceu em Éspinal. Escreveu ao longo de sua vida quatro obras essenciais para a consolidação da sociologia como ciência social, dentre elas publicou, “Da divisão do Trabalho Social”, as “Regras do Método Sociológico”, “O Suicídio”, e “As Formas Elementares da Vida Religiosa”.
Por mais que Comte tenha criado e dado o nome a esta ciência e seja considerado o pai da sociologia, Durkheim foi um de seus grandes teóricos, no qual buscava a emancipação da sociologia das demais teorias e elaborá-la como rigorosamente científica. Já que para ser uma ciência independente das outras, teria que possuir seu próprio objeto e método. Com isso, queria definir com rigor estabelecendo seus princípios e limites, rompendo com as ideias de senso comum.
Durkheim definiu o fato social em sua obra, “As regras do método sociológico”, como sendo instrumentos sociais e culturais que determinam as maneiras de agir, pensar e sentir na vida de um indivíduo, a qual obriga a se adaptar às regras da sociedade. Desse modo, possui três características que os distinguem: “Coersão social” que associa com o poder, com a qual os padrões culturais são impostos pela sociedade aos indivíduos que as integram, obrigando esses a cumpri-los. A “Exterioridade” é quando o indivíduo nasce e a sociedade já está organizada, com suas leis, seus padrões, com isso compete a ele aprender. E por fim a “Generalidade” no qual os fatos sociais são coletivos, ou seja, eles não existem para um único indivíduo, mas para todo um grupo, ou povo. Sendo assim, nas palavras de Durkheim "O fato social é tudo o que se produz na e pela sociedade, ou ainda, aquilo que interessa e afeta o grupo de alguma forma”.
A imparcialidade do pesquisador é necessária para a explicação dos fatos sem distorção, a fim de preservar sua intenção, pois só é possível quando há um distanciamento entre o cientista e seu objeto de pesquisa, para que não haja confusão com seus desejos e interesses, pelo fato de nossos sentimentos dificultarem o conhecimento verdadeiro. Deve-se também ignorar opiniões de terceiros, por mascarar as leis de organização social. Com isso, faz-se essencial a generalidade por se tratar sempre de manifestações coletivas, podendo apontar para a natureza sociológica dos fenômenos e distinguir dos acontecimentos individuais e acidentais.
Durkheim se aprofundou no estudo do suicídio, por mais que seja uma ação individual, porém é uma causa coletiva, onde prova que o suicídio não depende da vontade dos sujeitos e sim de leis sociais. Segundo o sociólogo, o suicídio repete-se em todas as sociedades, sendo modificadas apenas as motivações e os seus índices de uma sociedade para a outra. Um exemplo, foi seu estudo onde verificou que nos lugares que há uma aceitação profunda de uma fé religiosa que prometesse a felicidade após a morte, tem uma crescente taxa de suicídio.
Para Durkheim, não é só explicar a sociedade, mas também encontrar soluções para a vida social, apresentando dois estados. Os “normais” que seriam saudáveis aquele fato que não extrapola os limites dos acontecimentos, e os “patológicos”, ou seja, doentios, aquele que se encontra fora dos limites pela ordem social e pela moral vigente, fragilizam os grupos sociais em virtude de os desagregarem.
Define-se a consciência coletiva como um conjunto de conhecimentos comum de uma sociedade, pois o individuo é influenciado em muitas de suas práticas pelo meio em que está inserido, a qual define o que é imoral, reprovável e criminoso. Por exemplo, a etiqueta, a moral e as representações coletivas, onde perdura através de gerações, faz com que os indivíduos pensem e ajam de forma minimamente semelhante.
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