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A arte de governar crianças

Por:   •  20/11/2015  •  Resenha  •  512 Palavras (3 Páginas)  •  957 Visualizações

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Neste capítulo a autora Irma Rizzini começa fazendo um resgate histórico das instituições de caráter educacional e assistencial que surgiram no século XIX no início do regime republicano, instituições com práticas que voltadas ao controle de crianças e adolescentes. Nesta obra a autora levanta várias críticas ao assistencialismo, ela faz uma análise das ideias e das práticas, apresentando algumas características que deixam marcas profundas no sistema de atendimento para crianças e adolescentes até os dias atuais, onde o interesse em acompanhar as crianças abandonadas é parte de um projeto político, e os menores precisam ser protegidos, acompanhados pelas famílias e pelo Estado e reeducados para não causar danos à sociedade. O capítulo ressalta que o Estado também tinha a preocupação em criar instituições para atender menores abandonados, que sempre acabavam fracassadas, por conta da assistência mal praticada que elas apresentavam e por falta de recursos, como é o caso das colônias e dos asilos de recolhimentos, pois no inicio do regime republicano a assistência publica voltada para a infância era vista como espécie de caridade, e não podia combater os efeitos que caiam sobre os menores vadios. Era preciso criar instituições que pudessem regatar esses menores, dar uma boa educação e qualifica-los para o trabalho, assim, poderiam se tornar cidadãos portadores de direitos. Rizzini destaca que, para tirar os menores vagabundos e vadios das ruas, o governo republicano criou os asilos e as colônias para que os menores pudessem ser corrigidos através do trabalho, aqueles menores que não tinham famílias eram mantidos nessas colônias até completarem 17 anos, mas quem determinava se eles continuariam ou não nas colônias era o juiz de menores.

A autora também faz uma critica na maneira que essa instituição fazia suas politicas, pois, assim como ela tinha a finalidade de tirar os ociosos das ruas ela não dava opções para as novas ideias de assistências, e para as politicas esse tipo de assistência era considerado intolerável porque os internos sofriam com penas disciplinares violentas e viviam em péssimas condições de higiene, e assim passou a ser criticada por autoridades que realmente se preocupavam com as questões de assistência. Esta instituição então fechou as portas devido às dificuldades financeiras e pela falta de profissionais, o que o impedia que fosse cumprido os regulamentos estabelecidos por lei. Só que devido à falta de dinheiro, a pobreza aumentava cada vez mais, e isso se tornou prioridade para o governo para o governo encontrar um local afastado da cidade para colocar esses vadios. Seguindo o texto, a autora continua relatando que “os menores deviam ser educados em instituições apropriadas’’ e a ideia de criar asilos de recolhimentos não era condenada da maneira que foi as colônias, mas “sofreu criticas por não terem princípios científicos para tratar os menores”, onde para educar essas crianças eram usados as praticas tradicionais religiosas e elas viviam presas, e o que somente importava para essas instituições era o trabalho do menor e que este seria a única maneira de tornar o menor vadio em um cidadão de bem útil para a sociedade.

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