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A globalização do capital e a expansão do poder americano

Seminário: A globalização do capital e a expansão do poder americano. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/10/2014  •  Seminário  •  403 Palavras (2 Páginas)  •  327 Visualizações

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Maria Conceição Tavares e Luiz Gonzaga Belluzzo

A Mundialização do Capital e a Expansão do Poder Americano

Formação e Expansão do Sistema Capitalista.

O circuito do capital mercantil articulou a primeira "economia mundo" européia em simultâneo com a formação dos Estados Nacionais Modernos no chamado 'longo século XVI'. Estes dois movimentos (o do capital e o dos Estados) essenciais à formação do sistema capitalista não se confundem entre si. A Europa foi progressivamente integrada pelos circuitos do capital mercantil, cujo movimento era periodicamente bloqueado pelas guerras intraeuropéias. Os banqueiros tiveram um duplo papel, o de agentes da expansão capitalista e o de financiadores das guerras e da expansão ultramarina dos Impérios. Vários bancos quebraram com as derrotas dos príncipes ou com os excessos de gastos do poder imperial em territórios de onde não se podiam extrair impostos e excedentes mercantis suficientes para o pagamento das dívidas. A localização e o deslocamento das principais praças financeiras tem muito a ver não só com as rotas do capital mercantil, mas com os caminhos dos Impérios.

Portugal e Espanha tinham burguesias nacionais fracas e tiveram de se apoiar nos banqueiros do Mediterrâneo para as suas expansões ultramarinas. A Holanda forjou o seu Estado Nacional na defensiva contra o Império Espanhol, mas possuía uma burguesia forte e altamente internacionalizada desde que o centro financeiro europeu se deslocara para Amsterdã (a expansão européia do império de Carlos V custara a sobrevivência dos banqueiros árabes, italianos e alemães). Podemos dizer que a expansão mundial do capital teve, na Companhia das Índias Holandesas, a sua primeira grande empresa multinacional. No entanto a Holanda, não tendo por trás um projeto de Estado Nacional forte, não conseguiu assegurar um projeto imperial de dominação política de longa duração nem nas Américas nem na África.

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As únicas potências capitalistas que foram capazes de manter a hegemonia política de seus Estados Nacionais e expandir o seu capital sem limites territoriais a todos os continentes foram as anglo-saxônicas: a Inglaterra no século XIX e os EUA na segunda metade do século XX, depois da vitória na segunda guerra mundial. A união do poder político-militar e do capital financeiro deu-lhes um fôlego e uma dimensão global antes inexistentes. Tiveram como instrumento principal a emissão de uma moeda internacional dominante que exprimia o seu poder político e a força de seu capital financeiro. Tanto a sua dívida pública interna quanto o movimento de

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