AS ORIGENS E FORMAÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA ASPECTOS HISTÓRICOS, LINGUISTICOS, SOCIAIS E POLÍTICOS
Por: Lucimaria Ferreira • 13/11/2018 • Trabalho acadêmico • 2.897 Palavras (12 Páginas) • 403 Visualizações
LUCIMÁRIA ALVES FERREIRA
AS ORIGENS E FORMAÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA
ASPECTOS HISTÓRICOS, LINGUISTICOS, SOCIAIS E POLÍTICOS
PALMAS/TO
2018/01
LUCIMÁRIA ALVES FERREIRA
AS ORIGENS E FORMAÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA
ASPECTOS HISTÓRICOS, LINGUISTICOS, SOCIAIS E POLÍTICOS
Trabalho apresentado ao Curso de Espanhol Básico - I, como requisito compensatório de dia letivo. Sob orientação do Profº José Arlindo dos Santos.
PALMAS/TO
2018/01
- INTRODUÇÃO
Conforme apontado por CRUZ (2016), a história do idioma espanhol pode ser dividida em três momentos: em castelhano antigo, entre os séculos X e XV; espanhol moderno do século XVII ao XVIII e o espanhol contemporâneo a partir da fundação da Real Academia Espanhola até a atualidade. Com o imperador Carlos I, em 1536, o dialeto de Castela, passa a ser a Língua Oficial da Espanha e a denominar-se Espanhol, denominação que provém do latim medieval, Hispaniolus. Denominação que se junta à denominação ‘castelhano’, já que de acordo com o dicionário da Real Academia Espanhola ambos são sinônimos.
Em consonância com o autor, observa-se também, que a principio, o que existia era somente o latim, língua que provém das línguas indo-europeias, era falada pelo povo romano que vivia no centro da Península Itálica, chamada Lácio, e que paulatinamente, foi se transformando no idioma da conquista porque a partir do momento em que os soldados romanos partiam para novas descobertas, para ampliação das regiões conquistadas foi sendo difundida entre esses povos.
Desta forma, a língua passa a ser socializada não somente entre os romanos, mas também junto à terra de invasores, o que propicia o surgimento de novos dialetos, em virtude dos costumes e cultura de cada povo. Um exemplo de novo dialteto, é o castelhano que provém de Castilla. Dialeto que no Séc. XV devido ao início do processo de unificação da Espanha manteve a hegemonia sobre as demais regiões adquirindo proporções de língua independente.
De acordo com Zamora (2009), apud, Cruz (2016), ficou a denominação castelhano para o dialeto que enriquecido por inúmeros elementos dos outros dialetos hispânicos transformou-se na língua oficial da Espanha em 1492 com a criação da primeira gramática em língua espanhola por Elio Antonio de Nebrija, culminando com a criação em 1495 do primeiro dicionário dessa língua.
Destarte, são inúmeros os fatores que perpassastes a formação da língua espanhola, neste trabalho será realizada uma discussão acerca das origens e formação da Língua Espanhola, com o desenvolvimento dos seguintes tópicos: aspectos históricos; linguísticos; sociais; políticos, e por fim, as considerações pertinentes à pesquisa bibliográfica realizada.
- ORIGEM E FORMAÇÃO HISTÓRICA DA LÍNGUA ESPANHOLA
Segundo Silva (ano), o espanhol, ou castelhano, é uma língua românica do grupo ibero-românico. Originou-se do latim vulgar falado por parte da população que constituía a Península Ibérica por volta do século IX. Sendo que, quanto a formação da língua espanhola esta pode ser dividida em três períodos: o medieval ou castelhano antigo (dos séculos X ao XV), o espanhol moderno (entre os séculos XVI e XVII) e o contemporâneo (da fundação da Real Academia Espanhola até os dias atuais).
A autora ainda aponta que, trata-se de uma língua românica originária da modificação do latim após as invasões bárbaras (século V) e muçulmanas (século VIII). Sob o domínio muçulmano na Idade Média, formaram-se reinos cristãos, a partir dos quais surgiram diversas modalidades de dialetos românicos, tais como o navarro-aragonês, o catalão, o castelhano, o asturiano-leonês e o galego-português. A ligação de várias das modalidades citadas constituiu o dialeto românico castelhano, no condado de Castela.
Percebe-se que, a historicidade da língua, perpassa um longo contexto ate chegar nos dias atuais, onde a formação de novos grupos societários, com diferentes culturas, aliado ao tecido social que paulatinamente iam reproduzindo, foram responsáveis pelas profundas mudanças na língua espanhola, uma vez que, a formação de uma língua, não está desassociada dos aspectos culturais, políticos, bem como sua historicidade linguística. Conforme aponta Silva (ano):
Mais de 400 milhões de pessoas falam espanhol e, por isso, o idioma é considerado a segunda língua mais falada em todo o mundo, ficando atrás apenas do chinês. A língua espanhola também é considerada a segunda língua de comunicação do mundo, sendo o inglês o primeiro. A língua espanhola é o idioma da Espanha, de vários países da América Latina (exceto Brasil, Haiti, Guianas e várias ilhas caribenhas), das Filipinas e da Guiné Equatorial.
Autora menciona ainda a importância da língua, ressaltando que, esta é um dos seis idiomas oficias da Organização das Nações Unidas (ONU), além de ser uma das línguas oficias da União Europeia e que para os brasileiros, o idioma é de extrema importância, visto que estamos inseridos na América Latina, região que abriga um grande número de países hispanofalantes. A existência do MERCOSUL, bloco fundamentado sobre o livre comércio, também aumenta a importância do espanhol para o Brasil.
Com base no exposto, levando em consideração a historicidade da língua espanhola, bem como, seus aspectos linguísticos, é de extrema relevância a apreensão do contexto como um todo, pois somente assim, torna-se possível entender as variações linguísticas apresentadas pela língua.
- ASPECTOS HISTÓRICOS, LINGUISTICOS, SOCIAIS E POLÍTICOS
Quando nos referimos aos aspectos linguísticos de determinada língua, levam-se em consideração além de seus aspectos históricos, os diferentes grupos sociais de que compõem tal região, uma vez que, cada grupo poderá apresentar estilos distintos. Este panorama pode ser observado em todas as línguas, inclusive na espanhola. Nessa perspectiva, conforme aponta SELLANES (2018),
Mesmo o espanhol sendo a língua oficial, não é a única falada na Espanha. Existem outras línguas como, o catalán (catalão), o valenciano, o gallego (galego), o basco ou euskera e também inúmeros dialetos ou variações da língua oficial, entre eles o andaluz, o extremeño (extremenho), o murciano, o canario (canário). Estas línguas e os dialetos são primitivos de diferentes regiões da Espanha e possuem grande importância para a população local, mesmo sendo tratados como segunda língua são, por vezes, mais utilizados do que o espanhol.
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