AS TEORIAS COGNITIVAS DE JOHN DEWEY
Por: Aquilas Tannes • 26/5/2020 • Trabalho acadêmico • 1.722 Palavras (7 Páginas) • 811 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IZABELA HENDRIX
LICENCIATURA EM MÚSICA, PEDAGOGIA E CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
PERÍODOS: 5º e 6º
TEORIAS COGNITIVAS DE JOHN DEWEY
DISCIPLINA: PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM
PROFESSORA: ALINE NUNES CARNEIRO
BELO HORIZONTE – MG
MAIO/2017
BIOGRAFIA
John Dewey nasceu em 20 de outubro de 1859, em Burlington, estado de Vermont, Estados Unidos. Entrou para a Universidade do Estado de Vermont aos 15 anos e aos 20 se formou e começou a dar aulas no ensino secundário.
Em 1882 iniciou seu doutorado em filosofia pela Universidade Johns Hopkins, onde estudou a psicologia do filósofo alemão Immanuel Kant. Em 1884 passa a trabalhar como professor da Universidade de Michigan e anos depois casa-se com Alice Chipman,com quem teve cinco filhos. Escreveu sobre filosofia e educação, além de arte, religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia e política.
É o nome mais célebre da corrente filosófica que ficou conhecida como pragmatismo, embora ele preferisse o nome instrumentalismo. Isso porque para ele, as ideias só têm importância a partir do momento em que ajudam a resolução de problemas reais. Outro ponto forte de seu pensamento é na associação da prática com o ensino, pois para ele os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. No Brasil inspirou o movimento da Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira (Ferrari 2008).
John Dewey faleceu em Nova Iorque, na data de primeiro de junho de 1952 aos 92 anos de idade.
PRINCIPAIS CONCEITOS DA TEORIA
Dewey persistiu na ideia de que a teoria e a prática devem andar lado a lado. Para ele uma teoria só tem sentido quando aplicada a um problema real. Isso estimulava a criança a se tornar um indivíduo mais criativo e desenvolvia nela uma autonomia de pensamento, educando-a como um todo. Permitindo assim um crescimento físico, emocional e intelectual.
Defendia a ideia de que a educação das crianças devia basear-se na abordagem da solução de problemas, ou seja, aprender fazendo, porque ela combina ser prático com tomar ciência da importância da teoria, encorajando as crianças a serem imaginativas em ambos os níveis e tornando-as competentes em todos os campos da atividade humana. (SCHIMIDT, 2009, p. 137 e 138)
Além disso, Dewey pertencia à escola de pensamento de que a educação deve ser uma construção de uma determinada sociedade. Os indivíduos da mesma selecionam o que é considerado relevante para eles e fazem a transmissão desses conteúdos dos mais velhos para os mais novos. Sendo assim a democracia é parte fundamental do processo de educar, visto que não ela não se atém a função política, mas permite um maior desenvolvimento das pessoas, visto o seu papel essencial da tomada de decisões em conjunto para a melhoria do grupo. É dever da escola promover atividades que corroboram para que os educandos pratiquem em conjunto situações que ele devem cooperar, e não tratá-los individualmente.
Para ele só há de fato uma aprendizagem quando há associação à experiência, pois ela é parte crucial deste processo. E para que ela tenha significado é necessário uma aplicação a um problema cotidiano e que ele já tenha um conhecimento prévio, pois assim ele poderá testá-los. Em seguida é necessário haver uma reflexão, gerados então novos saberes.
A experiência educativa é, para Dewey, reflexiva, resultando em novos conhecimentos. Deve seguir alguns pontos essenciais: que o aluno esteja numa verdadeira situação de experimentação, que a atividade o interesse, que haja um problema a resolver, que ele possua os conhecimentos para agir diante da situação e que tenha a chance de testar suas ideias. Reflexão e ação devem estar ligadas, são parte de um todo indivisível. Dewey acreditava que só a inteligência dá ao homem a capacidade de modificar o ambiente a seu redor. (FERRARI, 2008)
PROCESSO DE APRENDIZAGEM DENTRO DA TEORIA
Jonh Dewey foi o primeiro educador norte-americano a formular o novo ideal pedagógico, afirmando que o ensino deveria dar-se pela ação. Para Dewey o ensino é uma atividade consciente, intencional, com método e processo definidos. Desta forma, é atribuído um papel exclusivo à matéria de estudo, ao conteúdo, para o desenvolvimento mental e moral da criança. A educação deve ser experimental, o aprender fazendo reconstrói a experiência concreta.
Para Dewey, vida, experiência e aprendizagem não se separam; por isso, cabe à escola promover, pela educação, a retomada contínua dos conteúdos vitais. A educação progressiva, à medida que dá condições para a criança exercer controle sobre a própria vida, permite que ela enriqueça sua experiência. (ARANHA, 1996, p. 169).
Um de seus principais objetivos é educar a criança como um todo. O que importa é o crescimento - físico, emocional e intelectual. A criança tem uma aprendizagem ativa. Dewey considera a criança “(...) um ser vivo de funções ativas e especiais que se desenvolvem pela redireção e combinação em que entram quando se põem em contato ativo com o seu ambiente” (Dewey, 1959, p. 77). A educação em sua visão é: “... uma reconstrução ou reorganização da experiência, que esclarece e aumenta o sentido desta e também a nossa aptidão para dirigirmos o curso das experiências subsequentes ” (Dewey, 1959, p. 83).
O homem, segundo Dewey, está em um processo de contínua interação com o meio que o circunda, percebe-o agindo sobre o meio ambiente e tendo de adaptar-se às condições oferecidas, sendo que esta adaptação resulta em uma melhor utilização deste mesmo meio. O homem se constrói na ambiência social, pois “o meio social cria as atitudes mental e emocional do procedimento dos indivíduos” (Dewey,1959, p.17), exercendo um influxo formativo e educativo. Portanto, o conhecimento é construído de consensos, que por sua vez resultam de discussões coletivas.
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