AVALIAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DAS ÁGUAS DA MICROBACIA HIDRGRÁFICA B

AVALIAÇÃO FÍSICA E QUÍMICA DAS ÁGUAS DA MICROBACIA HIDRGRÁFICA B- 5.1 DO RIO COCÓ, FORTALEZA-CE.

1. OBJETIVO

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade física e química da água  da microbacia B-5.1 do rio Cocó, por intermédio de variáveis físicas e químicas, associando estes dados às interferências antrópicas na área de influência, subsidiando as bases de dados disponíveis sobre estes ecossistemas.

1. METODOLOGIA

O estudo foi realizado na microbacia B-5.1 do rio Cocó, no bairro de Messejana, no município de Fortaleza, Ceará. Este espaço, de acordo com o Decreto Municipal de Nº 12.450 de 2008 (FORTALEZA, 2008), de aproximadamente 1,8 km², é composto pelas áreas drenadas pelo açude do Danilo, e pelas lagoas de Messejana e Seca (Figura 1).

[pic 1]

Figura 1 – Microbacia B-5.1, com destaque para os recursos hídricos e pontos amostrais. Autor (2016)

O período de amostragem compreendeu o intervalo entre os meses de agosto e outubro de 2015, coincidente com o período seco da região, que tem como característica a baixa pluviosidade, alta insolação, a intensificação dos ventos de nordeste (alísios) e pouca nebulosidade.  O clima da região é, de acordo com a classificação de Köppen e Geiger (1928), do tipo Tropical com estação seca de verão (As). As amostragens tiveram frequência mensal, totalizando três coletas, em seis pontos (Tabela 1).

Tabela 1 – Pontos amostrais - Descrição e Coordenadas.
Ponto	Descrição	Coordenadas Geográficas
1	Açude Danilo (entrada)	3º 50’ 23,43” S	38º 29’ 50,40” O
2	Açude Danilo (saída)	3º 50’ 15,35” S	38º 29’ 43,11” O
3	Riacho Canaã (R. Guarujá)	3º 50’ 05,69” S	38º 29’ 41,70” O
4	Riacho Canaã (R. Tomaz Coelho)	3º 49’ 54,96” S	38º 29’ 49,57” O
5	Lagoa Seca (saída)	3º 49’ 26,23” S	38º 29’ 52,26” O
6	Lagoa de Messejana (saída)	3º 49’ 38,87” S	38º 29’ 37,32” O

No Quadro 1 destaca-se os parâmetros analisados, seus respectivos métodos e referencias

Quadro 1  – Análises Físicas e Químicas
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA	MÉTODO	PARÂMETRO
APHA et al., 2005	Disco de Secchi	Transparência (m)
Termômetro com filamento de Mercúrio	Temperatura - Temp (ºC)
Potenciométrico	Potencial Hidrogeniônico (pH)
Condutivimétrico	Condutividade Elétrica - Cond.E (µS/cm)
Turbidimétrico	Turbidez - Tur (NTU)
Espectrofotométrico de Absorção Molecular	Cor Verdadeira - CorV (uH)
Gravimétrico	Sólidos Totais- ST (mg/L)
Sólidos Totais Fixos - STF (mg/L)
Sólidos Totais Voláteis - STV (mg/L)
Sólidos Suspensos Totais - SST (mg/L)
Sólidos Suspensos Fixos – SSF (mg/L)
Sólidos Suspensos Voláteis – SSV (mg/L)
Sólidos Dissolvidos Totais – SDT (mg/L)
Extração com acetona a frio – espectrofotométrico de absorção molecular	Clorofila a (μg/L)
APHA et al., 2005	Método de Winkler - pela técnica da modificação azida	Oxigênio Dissolvido - OD (mg/L)
Espectrofotométrico de Absorção molecular – Método do ácido ascórbico	Fósforo Total – PT (mg/L)
	Ortofosfato Solúvel – OPS (mg/L)
Método do Cálculo	Fósforo Orgânico – Porg. (mg P-PO43-/L)
Espectrofotométrico de Absorção molecular – Método do molibdosilicato	Sílica(mg SiO2/L)
Titulação Potenciométrica	Alcalinidade e frações - Alc. (mg CaCO3/L)
Espectrofotométrico de Absorção Molecular – Método da Sulfanilamida-NED	Nitrito – NO2- (mg/L)
APHA et al., 1989	Espectrofotométrico de Absorção Molecular por nesslerização indireta	Nitrogênio Amoniacal Total – N-NH3 (mg/L)
RODIER, 1975	Espectrofotométrico de Absorção Molecular – Método do Salicilato de Sódio	Nitrato – NO3- (mg/L)

1. RESULTADOS OBTIDOS

De acordo com o artigo nº 42 da Resolução nº 357/2005 do CONAMA “Enquanto não aprovados os respectivos enquadramentos, as águas doces serão consideradas classe 2, [...]exceto se as condições de qualidade atuais forem melhores, o que determinará a aplicação da classe mais rigorosa correspondente”.

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