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AVALIAÇÃO TEMPORAL DA QUALIDADE DA ÁGUA EM UM PONTO A JUSANTE DA REPRESA VÁRZEA DAS FLORES, NO MUNICÍPIO DE BETIM / MG

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Por:   •  13/10/2013  •  2.046 Palavras (9 Páginas)  •  663 Visualizações

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PROJETO APLICADO

INSTITUTO POLITÉCNICO – Centro Universitário UNA

AVALIAÇÃO TEMPORAL DA QUALIDADE DA ÁGUA EM UM PONTO A JUSANTE DA REPRESA VÁRZEA DAS FLORES, NO MUNICÍPIO DE BETIM / MG

CURSO: Engenharia Ambiental Professor PA: Walcrislei Vercelli Luz

FRANCISCO, Karla Helena; IVIS, Igor Rafael de Souza; JOSÉ, Ana Paula de São; LEMES, André Gonçalves; LOUREDO, Denilson Pita; MACHADO, Viviane Soares; MATOS, Paola Silvério de; SILVANO, Elbia Mara Machado.

Resumo A sub-bacia do rio Betim, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, faz parte de um projeto de monitoramento do estado de Minas Gerais. Visando uma avaliação temporal da qualidade da água de um ponto, de classe 1, a jusante da represa Várzea das Flores, verificou-se a influência da sazonalidade na variação de alguns parâmetros.

Palavras-chave: Qualidade de água, sub-bacia Rio Betim, sazonalidade.

Introdução

A bacia hidrográfica do rio Paraopeba contribui significativamente com o abastecimento de água da região metropolitana de Belo Horizonte. Possui uma área com cerca de 13.300 km² e cerca de 66.604 habitantes de Betim se encontra totalmente na área da bacia.

Nos anos de 2000 e 2012, através de dados concedidos pelo IGAM que realizou coletas trimestrais, foi possível avaliar e comparar com os padrões estabelecidos na Resolução CONAMA 357/2005 para água de classe 1 os resultados no ponto a jusante do reservatório da Várzea das Flores.

Diante disso, este trabalho tem como objetivo analisar os parâmetros em relação à sazonalidade e alterações temporais nos anos de 2000 e 2012 baseando-se na legislação.

1. Revisão Bibliográfica

Para melhor desempenho deste trabalho e elaboração do artigo, são necessárias algumas definições e/ou conceitos. Serão também abordados assuntos como caracterização da bacia hidrográfica em estudo e parâmetros de qualidade de água.

O conjunto de condições e padrões de qualidade da água e de ambiente aquáticos necessários, respectivamente, para que este recurso atenda seus usos preponderantes e à integridade ecológica, atuais ou futuros é a chamada “classe de qualidade”, que está diretamente relacionada à condição de qualidade, aquela apresentada num determinado momento, considerando os usos possíveis seguros do corpo d’água em questão. (CONAMA, 2005; COPAM, 2008).

Para se determinar a qualidade da água, existem os parâmetros – substâncias e/ou indicadores, (CONAMA, 2005) – que traduzem as suas principais características físicas, químicas e biológicas, (SPERLING, 2005),e cujo nível/limite permitido ou padrão é definido de acordo com a classe e seus usos preponderantes, por exemplo, captação para abastecimento e recreação de contato primário. Nesta, há o contato direto e prolongado do usuário com o corpo d’água. (CONAMA, 2000; COPAM, 2008).

Os parâmetros geralmente monitorados são: físicos (turbidez e temperatura), químicos: (pH, nitrogênio total, fósforo total, DBO, OD, sólidos totais) e biológicos (coliformes fecais). (BASSO, 2006)

Conforme BASSO (2006) e SPERLING (2005), caso apresentem valores fora do padrão, os parâmetros podem ser prejudiciais ao homem e/ou ao meio, podendo causar doenças e prejuízos à vida aquática existente no local e todo o seu entorno. Entretanto esses parâmetros podem variar no tempo conforme as estações do ano, períodos de seca ou de alta pluviosidade, por exemplo, variação sazonal( ANDRADE, et al, 2005).

Para monitorar a qualidade das águas superficiais e subterrâneas de Minas Gerais, o IGAM executa o Projeto Águas de Minas. São gerados e disponibilizados dados da qualidade das águas do estado, indispensáveis ao gerenciamento correto dos recursos hídricos. (IGAM, 2013).

Dentre as bacias hidrográficas monitoradas, destaca-se a sub-bacia do rio Betim, pertencente à sub-bacia do Rio Paraopeba, que por sua vez, pertence à bacia nacional do rio São Francisco, conforme anexo A. (CBH e CIBAPAR, 2013).

A bacia do rio Betim está localizada no município de Betim e parte do município de Contagem, ambos pertencentes à região metropolitana de Belo Horizonte – RMBH e é formada pelos córregos Imbiruçu e Saraiva, pelos riachos das Pedras e das Areias e pelo rio Betim. Sua área é de aproximadamente 245 km2. (Prefeitura de Betim, 2013). Veja mapa a seguir.

Figura 1

Fonte: CBH e CIBAPAR (2013).

Na década de 70 o rio Betim teve seu leito represado em uma determinada faixa, localizada em Betim, para a construção da represa Várzea das Flores, a partir das dificuldades do município de Contagem, com o abastecimento público. Devido às condições de relevo do município foi inviável a construção de uma represa em seu território e como o município de Betim igualmente não dispunha de um sistema próprio para abastecimento de água, facilitou-se o acordo entre os municípios para a construção da barragem em seu território. (Prefeitura de Betim, 2013).

O município de Betim é o mais populoso da bacia do Paraopeba. Devido ao recebimento de esgoto sanitário e efluentes industriais sem tratamento, o rio Betim é um dos que mais contribui para a contaminação da bacia do Paraopeba. (CBH e CIBAPAR, 2013).

2. Materiais e Métodos

Este trabalho foi desenvolvido fundamentalmente baseando-se em pesquisa bibliográfica, tais como, normas e resoluções, artigos científicos e materiais institucionais.

A partir de resultados de monitoramento da bacia realizado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM no ponto BP088 de coordenadas geográficas -19°54'42,455'' (latitude) e -44°10'27,656'' (longitude) que se enquadra na classe 1 conforme o mesmo instituto, pôde-se avaliar nos anos 2000 e 2012 o comportamento dos seguintes parâmetros: cálcio total, magnésio total, sódio dissolvido, cloreto total, sulfato total, condutividade elétrica in loco, pH, oxigênio dissolvido – OD, sólidos em suspensão totais e turbidez.

Realizou-se, também, estudo de campo na área monitorada para conhecimento e diagnóstico do local e entorno, na data 08/06/13, conforme apêndice C.

Por fim, foi proposta uma operação unitária como alternativa de tratamento para redução da turbidez, cujo valor excedeu o padrão em uma das amostragens, em

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