Administração Com Comercio Exterior
Casos: Administração Com Comercio Exterior. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: robertacorreas • 11/10/2013 • 5.644 Palavras (23 Páginas) • 448 Visualizações
INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é levantar dados e identificar um produto, gerando diagnósticos com aplicação de conhecimento teórico, para responder com sucesso à demanda nos cenários mercadológicos (nacional e internacional). Selecionamos a “Cachaça”, produto 100% nacional e ascensão, na demanda, interna e externa, contando também com a aprovação de suas receitas (caipiras e batidas com frutas) para estabelecer espaço de consumo.
A empresa em foco, neste trabalho é o “Alambique Silvestre”, que deseja ampliar seu mercado de consumo na Europa, cumprindo as rigorosas normas deste exigente mercado, com a marca registrada “Silvestre” e tendo como porta de entrada a Alemanha, onde já é a segunda bebida mais consumida no país, estando a frente do tradicional uísque escocês e perdendo apenas para o chopp alemão.
Como ponto de partida temos a “Cachaça” brasileira iniciando o século XXI com números de consumo sempre ascendentes e a produção ultrapassa 1,3 bilhão de litros/ano. Contudo, apenas 0,4% deste total é exportado. O faturamento atinge a casa de R$1,5 bilhão no mercado interno e gera cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos.
O decreto 4.702, assinado em 2002 pelo presidente Fernando H. Cardoso, oficializa a “Cachaça” como produto destilado 100% brasileiro
PERFIL DA ORGANIZAÇÃO: ALAMBIQUE SILVESTRE
O Alambique Silvestre teve início na década de 50, através do Senhor Silvestre, que quando jovem cresceu na cidade de Cerquilho (SP), que tem por tradição a cultura de alambiques. Filho de agricultores, desde os dez anos de idade, Silvestre teve contato e foi adquirindo conhecimento no processo de fabricação de destilados, alimentando a partir daí a vontade de ter seu próprio Alambique.
No ano de 1967 o Sr. Silvestre, juntamente com a família, mudaram-se para Sorocaba, onde começou a fabricar lingüiça, logo depois teve um bar, que em seguida foi trocado por um sítio, que hoje é chamado de “Recanto Silvestre”. No Recanto Silvestre, ano de 1972, o Sr. Silvestre montou o seu próprio Alambique, hoje chamado de Alambique Silvestre. Lá ele deu início a toda fabricação artesanal de seus destilados, feitos com todo conhecimento adquirido desde o seu tempo de criança, quando já existia à vontade de transformar a cana em destilados com sabores e aromas inigualáveis.
Hoje com 87 anos, o Sr. Silvestre já não tem a mesma disposição de antigamente. O Alambique é administrado por seu filho, o Sr. Waldir, que é técnico em alimentos e possuí todo o know how da fabricação de destilados, agregando conhecimento técnico e científico ao produto comercializado.
Localizado na estrada de Ipanema Km9, no município de Sorocaba – SP, o “Recanto Silvestre” conta com moendas, tambores inox, tanques de cobre, barris de Carvalho e de diversas outras madeiras, para o processo de envelhecimento, todos equipados com Termômetro GL, que medem no nível alcoólico do barril. A madeira de Carvalho é uma das melhores para se obter a Cachaça tradicional, em tom amarelado e, além de diversas pingas produzidas (pura, envelhecida dois ou três anos) há também uma linha de excelência, com produtos em processo de envelhecimento em barris a partir de cinco anos, proporcionando ao Alambique Silvestre ter um importante elenco de produtos de alta qualidade.
O Alambique Silvestre produz cerca de 2000 litros de Cachaça artesanal ao mês, estes passam de seis meses a dois anos envelhecendo, para após isso ser envasado e comercializado.
Visando atender ao consumo alemão, a produção deve aumentar e uma parceria pode ser feita junto a um amigo dos proprietários, que produz Cachaça industrial também em Sorocaba.
Esta fusão visa à criação da marca Silvestre apresentada em três produtos, Platinum, Gold e Premium. A padronização das duas fabrica, bem como as necessárias certificações sanitárias e de qualidade, já existem ou estão em processo de certificação. Estas ações viabilizam a investida no mercado alemão.
HISTÓRIA DA CACHAÇA
Assim, a cachaça é genuinamente nacional e sua história remonta ao século XVII tempo de escravidão no País, onde eles trabalhavam na produção do açúcar da cana de açúcar. O método já era conhecido e consistia em se moer a cana, ferver o caldo obtido e, em seguida deixá-lo esfriar em fôrmas, obtendo a rapadura, com a qual adoçavam as bebidas.
Ocorre que, por vezes, o caldo desandava e fermentava, dando origem a um produto que se denominava cachaça e era jogado fora, pois não prestava para adoçar. Alguns escravos tomavam esta beberagem e, com isso, trabalhavam mais “entusiasmados”. Curioso que, durante o processo de fervura do caldo, que era realizado em local fechado, o vapor subia e depois se condensava, pingando sobre as costas dos escravos que, de modo geral, sempre tinham suas costas marcadas e chicote dos feitores, o que ardia muito. Com referência a este processo doloroso, este caldo ficou também conhecido entre eles como ”aguardente”, que passa a ser assim uma espécie de apelido ou sinônimo de cachaça.
A origem da palavra cachaça é polêmica. Algumas versões dadas por pesquisadores destacam: do castelhano CACHAZA, vinho que era feito de borra de uva; da grapa azeda, tomada pelos escravos e chamada por eles de cachaça; e, finalmente, como a carne de porco era dura, usava-se a aguardente para amolecê-la, daí o nome “Cachaça”, já que os porcos criados soltos eram chamados de “cachaços”. O apelido “pinga” veio porque o líquido “pingava” do alambique.
Através do tempo esta bebida foi aperfeiçoada, passando a ser filtrada e depois destilada, sendo muito apreciada em épocas de frio. O processo de fermentação com fubá de milho remonta aos primórdios do nascimento da cachaça, permanece até hoje em uso com a maior parte dos produtores artesanais e serviu de partida para outras variações. Existem atualmente pesquisas de fermentação com diversos produtos denominados enzimas que, aos poucos, estão substituindo o processo antigo.
A cachaça sempre viveu na clandestinidade, sendo consumida principalmente por pessoas de baixa renda e, por isto, sua imagem ficou associada a produto de má qualidade. Mas atualmente ela ascende a todos os níveis sociais e ultrapassa fronteiras, sendo apreciada mundialmente, já tendo conquistado a preferência de pessoas de alta classe e sendo servida em grandes eventos internacionais
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