Análise do Projeto Político - Pedagógico

ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA “A”

Será abordado uma análise do Projeto Político-Pedagógico da Escola “A”, verificando como está presente dentro desse PPP a autonomia da unidade escolar, a participação dos membros da comunidade escolar e a avaliação e os instrumentos previstos na elaboração e implementação da mesma. E por fim, ver como está descrito o marco referencial – que inclui o marco operativo, o marco situacional e o marco filosófico.

A Escola “A” pesquisada teve sua implantação no município de Vitória da Conquista, localizada na Zona Sul, em 1990. Essa escola funciona em um prédio próprio com mais três extensões para atender a demanda da população da localidade, possuindo instalações físicas relativamente adequadas ao ensino.

O Projeto Político-Pedagógico (doravante PPP) da Escola “A” é um documento, que estabelece os objetivos, desafios, princípios norteadores, com posicionamentos políticos e pedagógicos e metas a serem atingidas que devem ser seguidos. O PPP da referida escola foi elaborado pela última vez no ano de 2014.

Conforme foi verificado na entrevista com a vice-diretora e a coordenadora pedagógica, foi constatado que a direção da escola considera como comunidade escolar os profissionais da escola, alunos e pais e são eles os grandes aliados que ajudam a construir o Projeto Político-Pedagógico, dando identidade a ela.

As finalidades, a estrutura organizacional, o tempo escolar, o processo de decisão, as relações de trabalho e a avaliação são assuntos levados em conta no momento de reelaborar o PPP da Escola “A”, menos o currículo, que é uma questão que precisa ainda ser discutida, pois ainda não se chegou em um consenso de se haver uma “uniformidade”, e pelas pessoas da gestão escolar é colocada como uma pauta urgente, o que transparece no PPP da escola, posta como uma questão que deve ser pensada também de forma interdisciplinar.

A construção do Projeto Político-Pedagógico pela comunidade escolar esbarra com os valores, as crenças, as decisões políticas da escola e os princípios são pontos pensados e discutidos quando se constroem o PPP da escola, tudo para pensar em uma abordagem do PPP de organização do trabalho da escola como um todo. 

A escola tem em si a concretude, relações efetivas, para que seja uma escola autônoma, proporcionando a participação de todos, abrindo portas para as transformações que as pessoas julguem importantes, mas nem sempre é obedecida essa autonomia, e a gestão escolar da “Escola “A” à define como “meio-autonomia”, pois ainda há uma imposição de poderes hierárquicos que começa na Secretaria Municipal da Educação, que esbarra com a autonomia que deveria ser gerada na escola.

A equipe gestora da escola sempre realiza um trabalho de sensibilização nos vários segmentos da escola, mas nesse ano de 2018 ainda não conseguiu fazer essa atividade por conta do tempo, pois as aulas voltaram um pouco mais de um mês e existem outras demandas antes para serem feitas, mas essa ação será feita, afim de conscientizar a todos da comunidade sobre a importância da participação na construção do PPP.

Outra questão foi assumida pela gestão da Escola “A” é o fato de considerar a construção do PPP como como algo importante e interessante, já que ele é um instrumento e um documento que vai demonstrar a realidade e a identidade da escola e não uma exigência burocrática e formal da Secretaria Municipal de Educação.

Em relação a melhoria da qualidade da escola, considera-se que o PPP não seja o único instrumento utilizado para isso, pois existe outros instrumentos para poder investir na melhoria da escola.

Para a Escola “A”, o PPP precisa ser construído coletivamente com responsabilidade e compromisso, definindo em conjunto os objetivos e metas comuns à escola como um todo. Para a Escola “A” a elaboração deve ser precedida por um intenso e diversificado trabalho que sensibilize a comunidade escolar, preparando para o necessário convencimento da importância de um Projeto Político-Pedagógico construído em conjunto, pois não é só colocar no papel e pronto, é preciso pensar no todo.

A Escola “A” tem um espaço de mobilização, participação e negociação na elaboração do PPP, ouvindo todos os segmentos da comunidade escolar feito através de uma mobilização feita pela própria equipe gestora, contemplando toda a comunidade escolar, principalmente os alunos e os seus responsáveis, que é feito em plenária com a participação e elaboração de todos.

A organização do tempo e as propostas avaliativas nem sempre são adequadas e atende todas as necessidades de ensino e aprendizagem dos alunos por conta da abrangência que a escola tem, além de existir projetos que são discutidos no próprio planejamento organizado pelos professores para cumprir as necessidades originadas pelas intenções educativas, no qual o trabalho pedagógico é viabilizado e atendido pela gestão escolar da Escola “A”.

Sobre a participação dos alunos na elaboração do PPP, são convidados os representantes de sala que se envolvem, mas não são de se expor muito as suas opiniões, sendo mais ouvintes mas a gestão escolar concorda que os alunos devem participar efetivamente dos espaços de convivência, já que são nesses espaços que eles se integram mais com a escola, não sendo um espaço isolado para eles, mas um lugar de socialização, e por isso que para a direção escolar da Escola “A” abre espaço para se discutir e explicar sobre o que é o PPP, para haver esse trabalho conjunto. O PPP também é considerado nessa instituição como um instrumento que orienta e possibilita a autonomia da escola.  

Quanto aos desejos e expectativas da Escola “A” são alcançar os objetivos como melhorar os índices de aprovação e motivar os alunos que foram reprovados, além de que, a gestão escolar também anseia que os alunos se envolvam ainda mais, pois eles são sujeitos do próprio processo educativo, fazendo contribuições com suas percepções e a leitura da realidade de cada um, sempre engajando com o propósito de operacionalizar os caminhos e as estratégias para serem planejadas.

Em relação as lideranças e representações estudantis, é uma coisa que existe na escola e a direção acha de extrema importância essa para a escola por considera-la uma força valiosa, com espírito de solidariedade. Outra questão que a escola vê a necessidade de se efetivar logo é o colegiado escolar que não está funcionando.