Arte e Educação: um possível caso

Vilma Zanin em sua pesquisa “Arte e Educação: Um Encontro Possível” afirma que alguns autores formularam princípios inovadores para o ensino das artes plásticas, música, teatro e danças. Tais princípios influenciaram o “Movimento da Educação através da Arte”. Movimento este que se fundamentava, principalmente nas ideias do filosofo inglês Herbert Read, que tinha como manifestação mais conhecida a tendência da livre expressão, o qual acreditava que a potencialidade criadora se desenvolveria naturalmente em estágios sucessivos desde que, se oferecessem condições adequadas para que a criança pudesse se expressar livremente.

“...esses fatos contribuíram inegavelmente no sentido de valorização da produção criadora da criança, da livre expressão, o que não ocorria na escola tradicional. O princípio da livre expressão enraizou-se espalhou-se pelas escolas, acompanhado pelo “imprescindível” conceito de criatividade, curioso fenômeno de consenso pedagógico, presença obrigatória em qualquer planejamento.

Na década de 60, arte-educadores lançaram as bases para uma nova mudança de foco dentro do ensino de Arte, questionando basicamente a ideia do desenvolvimento espontâneo da expressão da criança, procurando definir a contribuição específica da arte para a educação do ser humano.

No início dos anos 70, Feldmam, Thomas Mumo e Elliot Einer, ancorados em John Dewey afirmavam que o desenvolvimento artístico é resultado de formas complexas de aprendizagem, portanto, não ocorre automaticamente à medida que a criança cresce, é tarefa

Em nossos dias a produção de arte visual é considerada uma construção, pois é feita por alguém, a partir de uma ideia, pela utilização de um meio, numa certa época, cultura e sociedade, com o fim de ser vista ou utilizada, e, principalmente, interpretada por outro alguém.