As 10 Escolas Do Pensamento
Artigo: As 10 Escolas Do Pensamento. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: gbarbara • 13/6/2014 • 5.264 Palavras (22 Páginas) • 539 Visualizações
INTRODUÇÃO
Os autores nos apresentam neste livro Safári de Estratégia os conhecimentos das dez escolas de pensamento, depois de uma rigorosa pesquisa. O objetivo é possibilitar uma melhor compreensão sobre a melhor estratégia a ser adotada por uma organização. As dez formas apresentadas se fundem em determinado momentos, sendo também apresentadas as suas limitações e contribuição. A visão que cada uma das escolas tem do processo de estratégia estão relacionadas a seguir:
· A Escola do Design: formulação de estratégia como um processo de concepção.
· A Escola do Planejamento: formulação de estratégia como um processo formal.
· A escola do Posicionamento: formulação de estratégia como um processo analítico.
· A Escola Empreendedora: formulação da estratégia como um processo visionário.
· A Escola Cognitiva: formulação de estratégia como um processo mental.
· A Escola de Aprendizado: formulação de estratégia como um processo emergente.
· A Escola do Poder: formulação de estratégia como um processo de negociação.
· A Escola Cultural: formulação de estratégia como um processo coletivo.
· A Escola Ambiental: formulação de estratégia como um processo reativo.
· A Escola de Configuração: formulação de estratégia como um processo de transformação.
ESCOLA DO DESIGN
A escola de Design surgiu nos anos 60 e é a mais influente no processo de formação de estratégia. Foi criada por Philip Selznick (1957) e seguida por Alfred D. Chandler (1962) e melhor definida por Andrews (1965). Seu conceito é baseado nas influencias dos ambientes internos e externos, usando como base o modelo SWOT que analisa as forças, fraquezas oportunidades e ameaças da organização.
“A estratégia econômica será vista como a união entre qualificações e oportunidades que posiciona uma empresa em seu ambiente.”
O modelo básico dessa escola se destaca com a avaliação de situações externas e internas, descobrindo primeiro as ameaças e oportunidades do seu ambiente e em seguida revelando as forças e fraquezas da organização.
MINTZBERG, AHLSTRAND E LAMPEL, descrevem a escola do Design dando ênfase às influencias internas e externas, mais também acrescentam como fatores importantes na formação de estratégia os valores gerenciais e responsabilidade sociais, onde se suponha a criação de várias estratégias, para em seguida serem avaliadas e apenas uma ser selecionada.
Assim Richard Rumelt (1997), doutor em Administração do grupo de Administração geral de Harvad, disponibilizou um conjunto de testes para proceder a estas avaliações.
Ø Consistência: A estratégia não deve apresentar objetiva e políticas mutuamente inconsistentes.
Ø Consonância: A estratégia deve representar uma resposta adaptativa ao ambiente externo e às mudanças críticas que ocorrem dentro do mesmo.
Ø Vantagem: A estratégia deve propiciar a criação e/ou manutenção de uma vantagem competitiva na área de atividade selecionada.
Ø Viabilidade: A estratégia não deve sobrecarregar os recursos disponíveis, nem criar subproblemas insuperáveis. Elencadas as várias estratégias e devidamente acordada uma, ela deve ser implantada.
“Finalmente, quase todos os escritos desta escola deixam claro que, uma vez acordada uma estratégia, ela é implementada. Embora, o campo da administração estratégica tenha-se desenvolvido e crescido em muitas direções diferentes, a maior parte dos livros-texto padrão continua a usar o modelo SWOT como sua peça central.”
PREMISSAS
Os autores também se referem as sete premissas básicas que sustentam a escola e são evidenciadas pelos teóricos da mesma:
1. A formulação da estratégia é um processo deliberado: as estratégias são criadas com base no conhecimento adquirido ao longo do tempo, sendo sua formulação conhecida como uma aptidão adquirida e não natural ou de intuição.
2. A percepção e o controle são responsabilidade do executivo principal: o executivo principal é o único estrategista, sendo as decisões principais centralizadas em sua pessoa, reafirmando o centralismo e o personalismo.
3. A formação da estratégia é informal e simples: Para ser controlada por uma só mente a maneira é manter o processo simples.
4. Estratégias únicas: Estabelece estratégias únicas para situações especificas, ou seja, sobre medida para o caso individual. Concentrando-se no processo de formulação e não no conteúdo.
5. Quando a estratégia está formulada, o processo se dá como completo: em determinado momento a estratégia se apresenta como perspectiva, completamente formulada e pronta para ser implementada. Considerada a grande estratégia, o conceito global do negócio e a escolha suprema.
6. Estratégias devem ser explícitas: devem ser apresentadas de maneira simples e de forma que os demais membros da organização possam compreendê-las e executá-las. Mantê-las simples favorece a inflexibilidade.
7. Depois de totalmente concebidas é que as estratégias devem ser implementadas. Divide-se claramente a formulação de estratégias de sua implementação, em momentos distintos, distanciando o agir do pensar.
A escola do design foi um ponto de grande importância para a implementação de ações de planejamento estratégico nas organizações. Sua visão esta centralizada na identificação dos pontos fortes e fracos do ambiente interno da organização e nas oportunidades e ameaças de mercado. Expõe pouca flexibilidade por existir uma separação entre a formulação e implementação, destacando o planejamento da ação e, a realidade do mercado percebida pelos responsáveis pela elaboração das estratégias.
Essa escola também representou um grande avanço para a área; abrindo espaço para o desenvolvimento das demais escolas e servindo como base para desenvolvimento de seus próprios conceitos. A escola vê a formulação
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