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As Bebidas Carbonatadas

Por:   •  8/6/2018  •  Seminário  •  1.552 Palavras (7 Páginas)  •  196 Visualizações

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MARIA LÍVIA DA SILVA MOUTA

BEBIDAS CARBONATADAS

FORTALEZA

2018

A água mineral natural é uma bebida muito apreciada desde há muito tempo, tomando por base a grande aceitação da mesma, cientistas decidiram procurar meios de fabricarem artificialmente. Depois de muitas tentativas o químico Joseph Pristley injetou gás carbônico na água mineral.

A categoria das bebidas carbonatadas (Carbonated Soft Drinks), também chamadas de bebidas gaseificadas, teve origem nos Estados Unidos com a criação da bebida “soda water”, há mais de dois séculos. Desenvolvida com base na invenção de uma tecnologia capaz de misturar dióxido de carbono (CO2) com água, o objetivo da criação foi reproduzir artificialmente as características das águas gaseificadas de fontes naturais. BELLIS, M. (2015)

A grande aceitação dessa bebida fez com que ela fosse vendida em cada vez mais lugares, atingindo assim diferentes tipos de públicos

O popular sabor “cola” surgiu em 1881. A mistura de açúcares, melaço e xaropes surgiu como método para adoçar as bebidas, com as funções de ajustar o sabor às preferências do público e mascarar características indesejáveis de ingredientes amargos, com sabor metálico, adstringentes ou amargos, tais como quinino, alcaçuz, ácido fosfórico etc. O uso de adoçantes não calóricos somente ocorreu em 1952, com o lançamento da primeira soda diet. (BELLIS, 2015)

Essas pequenas alterações fizeram que o consumo da mesma, aumentasse exponencialmente, fazendo com que o Brasil ficasse no topo dos principais fabricantes, confeccionando assim, produtos com sabores e características variadas, dependendo muitas vezes do público-alvo e das regiões produtoras.

 (...) o Brasil é um dos maiores produtores de refrigerantes carbonatados, com mais de 800 fábricas, e um mercado consumidor de mais de 13 bilhões de litros por ano, que é o terceiro no mundo. (Ferreira, 2009, p. 697)

Ainda que sejamos grandes fabricantes, nós ainda estamos bem longe de sermos os principais consumidores.

As principais marcas de refrigerantes comercializados no Brasil estão especificadas na Tabela 2. A Coca-Cola, nas diferentes versões, detém cerca de 40% do total das vendas. Seguem o Guaraná Antarctica e a Fanta, com 7,0% e 5,5% de participação no mercado, respectivamente. Na verdade, apenas oito marcas, Coca-Cola, Guaraná Antarctica, Fanta, Schin, Kuat, Pepsi, Sprite e Sukita respondem por cerca de 70% das vendas de refrigerantes no País. (ABIR, 2016). 

Como essas bebidas obviamente são ingeridas na forma liquida, a saciedade  que elas ofertam mediante a quem as bebem é considerada baixa, e por sua vez faz com que dificilmente parem em um só copo, lata e até mesmo garrafa, já que para se adaptar a vida mais ‘’saudável’’ dos brasileiros, as indústrias começaram a vender mini latas e garrafas. Para conseguir fidelizar esse novo público. Apesar de uma boa parcela da população ter começado a se atentar, que nós somos sim, reflexo daquilo que comemos e bebemos, e que nosso corpo é nossa principal moradia, uma boa parte da população ainda não consegue ter essa consciência, não ter a autonomia e principalmente o conhecimento para fazer escolhas mais conscientes.

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizado com adolescentes brasileiros, registrou uma redução no consumo de refrigerante de 5% entre 2009 e 2012, porém nas escolas públicas a prevalência do consumo se manteve. Em 2012, 37 a 36,1% dos adolescentes declararam consumir regularmente refrigerante e a prevalência foi maior na faixa etária de 14 e 15 anos. Dentre os riscos avaliados para saúde do adolescente, o consumo de refrigerante esteve em 2º lugar (47,6%) (CLARO, 2015).

O padrão de consumo das bebidas açucaradas varia, em grande parte, aos fenômenos particulares de cada região. Variáveis como sexo e idade se mostraram influentes nas mudanças nos hábitos alimentares da população e nas tendências de consumo dessas bebidas. (POBLACION, 2006)

Apesar do consumo de refrigerante ser muito elevado, o mercado começou a se adaptar as novas tendências, fabricando assim bebidas consideradas melhores para a saúde.

O mercado brasileiro de bebidas não alcoólicas tem apresentado uma crescente expansão. Nos últimos anos, o volume comercializado cresceu em torno de 35%. Dentro do setor, o destaque fica para as bebidas consideradas saudáveis, como os sucos de frutas, chás, água e os isotônicos (LOPEZ, 2002). Estima-se que 6 bilhões de litros de suco sejam produzidos por ano no Brasil (PREFERÊNCIA, 2004).

A água engarrafada encontra-se entre as bebidas engarrafadas mais consumidas no mundo, o Brasil está em quarto lugar no ranking dos principais consumidores.

Globalmente, o consumo de água engarrafada cresceu 6% desde 2008, segundo a Canadean, especializada em pesquisas de mercado. Se mantiver essa tendência, até o final deste ano, a água passa a ser a mais vendida entre os soft drinks (categoria que inclui os carbonatados, como refrigerantes). 

Algumas das águas mais consumidas são as: minerais e as águas adicionadas de sais.

Água mineral: é aquela obtida diretamente de fontes naturais ou por extração de águas subterrâneas, ou seja, poços perfurados para extração de água. Água adicionada de sais: é uma água própria para consumo humano que recebe a adição de pelo menos 30mg/L de sais minerais.

Vale ressaltar que devemos sempre observar a procedência dessas bebidas pois, apesar das mesmas não precisarem serem registradas na Anvisa, para comercializa-las existem algumas regras.

A água mineral natural gasocarbónica poderá dar um contributo expressivo no consumo diário de água. A água ‘com gás’ mas que é mineral natural gasocarbónica, é uma fonte considerável de sais minerais como cálcio, magnésio, lítio,  flúor, entre outros. A carência em magnésio, frequente, compromete o metabolismo energético, podendo contribuir para sensação de cansaço e ainda para dificuldades em controlar o peso. As carências em cálcio comprometem o metabolismo ósseo. A investigação médica tem mostrado que o consumo de água mineral natural gasocarbónica traz diversas vantagens metabólicas, resultando em menor risco cardiovascular.

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