Atividades Ludicas

O LÚDICO E A EDUCAÇÃO INFANTIL

A ludicidade ganha cada vez mais espaço principalmente na educação infantil por ser um instrumento facilitador da aprendizagem e indispensável no desenvolvimento do educando, segundo Piaget (1971) o desenvolvimento da criança acontece através do lúdico.

As atividades lúdicas são importantes no processo ensino-aprendizagem da criança por proporcionar uma melhor compreensão dos conteúdos propostos em sala de maneira divertida e diversificada.

O uso do lúdico como recurso pedagógico se usado de maneira dirigida e direcionado às áreas do desenvolvimento e aprendizagem poderá alcançar diversos objetivos pedagógicos educacionais de maneira significativa, promovendo formação integral e preparando a criança para a vida, proporcionando-lhes o conhecimento do mundo físico e social através da simbolização de suas vivencias.

“As atividades lúdicas possibilitam ao educandos o desenvolvimento afetivo e emocional, à medida que estimulam as interações de seu corpo com os objetos de seu meio e com as pessoas com que convive” (RAU, 2011, p.206).

Este método, através de atividades como a música, a dança, os jogos, os brinquedos, as brincadeiras, entre outras, poderá possibilitar a interação da criança com o mundo externo, vivenciando situações de soluções problemas. Essas atividades de ensino precisam ser organizadas relacionando os conceitos já obtidos pelas crianças com novos conceitos, alcançando o objetivo de promover o raciocínio.

Conforme Ronca (1989, p.27):

O lúdico permite que a criança explore a relação do corpo com o espaço, provoca possibilidades de deslocamento e velocidades, ou cria condições mentais para sair de enrascadas, e ela vai então, assimilando e gastando tanto, que tal movimento a faz buscar e viver diferentes atividades fundamentais, não só no processo de desenvolvimento de sua personalidade e de seu caráter como também ao longo da construção de seu organismo cognitivo.

Nesse sentido, o lúdico é um recurso que proporciona desenvolvimentos pessoais relacionados a fatores sociais e culturais, facilitando os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento.

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Segundo Kishimoto (2008 apud RAU, 2011, p.192) justifica-se o lúdico na educação infantil de maneira que:

• é um recurso pedagógico;

• possui componentes do cotidiano e o envolvimento desperta o interesse do educando, que se torna sujeito ativo do processo;

• os jogos e as brincadeiras proporcionam a observação das habilidades e dos interesses dos educandos.

Através do lúdico é possível ser feita as necessárias intervenções em diferentes áreas da educação favorecendo a ação educativa do professor. Promovendo situações lúdicas o educador estimula a imaginação contribuindo para o desenvolvimento e a construção do conhecimento. “Assim, utilizando a curiosidade e a imaginação das crianças, pode-se brincar, jogar, criar e, com isso, aprender”. (BENVENUTI, 2012, p. 113)

Rau (2011) destaca o uso da ludicidade na educação com o intuito de estimular os questionamentos de forma construtiva, provocativa e prazerosa. Deste modo, é importante que o educador busque promover uma aprendizagem significativa, mas para que isso ocorra, primeiramente, este deverá conhecer a realidade em seu contexto escolar e, em seguida, procurar estimular o desenvolvimento cognitivo, social, linguístico e cultural das crianças.

A ludicidade e a aprendizagem não devem ser consideradas como ações com objetivos distintos, sendo que, lúdico é primordial para o desenvolvimento integral da criança. Este método de ensino não pode ser visto apenas como diversão, mas sim, como um instrumento de aprendizado que também contribui para uma boa saúde física e mental proporcionando que o próprio educando construa seu conhecimento, sua identidade, autonomia, estimulando o raciocínio lógico e a criatividade.

Rau (2011) afirma que a ludicidade é uma possibilidade pedagógica que, fortalecida pelos diferentes tipos de linguagem, como a música, a arte, a dramatização, a dança, o desenho, entre outros, torna significativo os conceitos a serem trabalhados. Além disso, essa metodologia torna as aulas mais atrativas e prazerosas sendo eficaz para a redução das evasões e dos fracassos escolares, os quais, atualmente são frequentemente encontrados com alunos cada vez mais desmotivados e em dificuldades.

Conforme Ronca (1989, p. 27):

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O movimento lúdico, simultaneamente, torna-se fonte prazerosa de conhecimento, pois nele a criança constrói classificações, elabora sequências lógicas, desenvolve o psicomotor e a afetividade e amplia conceitos das várias áreas da ciência.

Destaca-se a importância da utilização das atividades lúdicas de forma dinâmica e criativa facilitando o processo ensino aprendizagem, de modo que, ao mesmo tempo em que a criança aprende terá também a oportunidade de vivenciar novas experiências, descobrindo novas possibilidades de relacionamento com as pessoas, com os colegas e professores.

O educando, ao aprender, conta com a integração entre as áreas sensorial, cognitiva, afetiva, motora e social. O meio, a família, a escola, a sociedade, os objetos, os grupos contemplam a espiral de aprendizagem e desenvolvimento (RAU, 2009, p.114).

O lúdico, uma ferramenta simples e que facilita o processo ensino aprendizagem, é uma estratégia de ensino prazeroso e significativo, mas que sendo usado de forma planejada e intencional possibilitará desenvolver a imaginação, a atenção, o raciocínio, a criatividade, a expressão verbal e corporal, expressando suas emoções.

...é na sala de aula que a ludicidade ganha espaço, pois a criança se apropria de maneira mais prazerosa dos conhecimentos, ajudando na construção de novas descobertas, desenvolvendo e enriquecendo sua personalidade e, ao mesmo tempo, permitindo ao professor avaliar o crescimento gradativo do aluno, numa dimensão que vai além das tradicionais provas classificatórias (SANTOS, 2001, p. 15).

A ludicidade interfere na vida das crianças de maneira que além de preparar para vida, ela possibilita à repetição de experiências, realização simbólica dos desejos, a liberdade de ação e os aproxima do conhecimento científico. “Nesse sentido, o sujeito que tem prazer em aprender pode transmitir