Audiências pública E Vontade Popular
Artigos Científicos: Audiências pública E Vontade Popular. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 888888888888 • 27/11/2013 • 7.287 Palavras (30 Páginas) • 599 Visualizações
TEXTO ESCOLHIDO
“Audiências públicas e participação popular”
“A caracterização do meio ambiente como entidade real de interesse coletivo é recorrente na Lei Maior, na Lei 6.938/81 e em muitos outros instrumentos legais. Por isso, a incumbência solidária do Poder Público e da coletividade é reiteradamente lembrada. Mais ainda, a participação da comunidade interessa é inculcada com frequência; metaforicamente falando, deve ela sair da plateia e postar-se no placo das decisões que lhe digam respeito, para tanto, precisa ter ciência dos fatos a fim de poder posicionar-se diante deles.”(MILARÉ 2012)
O BEIJA-FLOR E A FLORESTA
adaptação da lenda Tupi-Guarani
“Numa imensa floresta viviam milhares de animais que desfrutavam daquele lugar maravilhoso quando uma enorme coluna de fumaça foi avistada ao longe e, em pouco tempo, embaladas pelo vento, as chamas já eram visíveis pelas copas das árvores. Os animais para se salvarem do incêndio começaram a correr, fugindo... Eis que, naquele momento, uma cena muito estranha acontecia. Um beija-flor voava da cachoeira ao fogo, levando gotas d'água em seu pequeno bico, tentando amenizar o grande incêndio. O elefante, admirado com tamanha coragem, aproximou-se e perguntou-lhe:
- Seu beija-flor, o senhor está ficando louco? Não está vendo que não vai conseguir apagar esse incêndio com gotinhas d'água? Fuja enquanto é tempo! Não percebe o perigo que está correndo? Se retardar a sua fuga talvez não haja mais tempo de salvar a si próprio! O que você está fazendo de tão importante?
E o beija-flor respondeu:
- Sei que apagar este incêndio não é apenas problema só meu senhor elefante. Eu apenas estou fazendo a minha parte! Preciso deste lugar para viver e estou dando a minha contribuição para salvá-lo! o senhor elefante tem razão quando diz que há mesmo um grande perigo em meio às chamas, mas acredito que se eu conseguir levar um pouco de água em cada voo que fizer da cachoeira até o fogo, estarei fazendo o melhor que posso para evitar que nossa floresta seja destruída. Em menos de um segundo o enorme animal marchou rapidamente atrás do beija-flor e, com sua vigorosa capacidade, acrescentou centenas de litros d’água às pequenas gotinhas que ele lançava sobre as chamas. Notando o esforço dos dois, em meio ao vapor que subia dentre alguns troncos carbonizados, outros animais lançaram-se para a cachoeira formando um imenso exército de combate ao fogo.
E venceram o incêndio.
Ao cair da noite, os animais da floresta estavam exaustos pela dura batalha vivida, mas vitoriosos porque permaneceram sobre a relva que duramente haviam protegido.
Dedicado aos beija-flores que estão fazendo a sua parte!!!
Somos todos um!”
1. (3) PALAVRAS-CHAVES
COLETIVIDADE– PARTICIPAÇÃO – DECISÕES
2. CONCEITO
a) Coletividade: Natureza do que é coletivo: a coletividade é a essência da sociedade. Conjunto de seres que constituem o corpo coletivo, a comunidade: as coletividades não procedem como os indivíduos. http://www.dicio.com.br/coletividade/
Afastando-se de qualquer discussão doutrinária ou teórica quanto à origem do homem neste planeta, uma coisa é certa: o ser humano percebeu que para sobreviver aos perigos que o cercavam era necessário se socializar, juntar esforços e viver em coletividade.
Correto é afirmar que, diferentemente dos seres ditos irracionais, que convivem em grupos homogêneos por instinto, o homem é o único ser fez uso da razão e discernimento para escolher viver em grupo.
Trabalhando em grupo os homens puderam superar e vencer as dificuldades de um mundo primitivo, e assim, usando sua capacidade de observação, de uma inteligência flexível e evolutiva, pôde adaptar-se, e assim, garantir a perpetuação e a sobrevivência da espécie em um meio hostil.
Há quem defenda que o homem, até hoje vive em coletividade, por ser está sua própria natureza. Outros, entretanto, acreditam que este proceder nada mais é do que um ato voluntário, uma escolha livre do ser humano.
Numerosos são os esforços filosóficos para explicar esse evento de viver em coletividade como sendo um fenômeno natural e inerente de todo ser humano. A primeira afirmação de que “o homem é naturalmente um animal político”, vem de um dos fundadores da filosofia ocidental, Aristóteles, na Grécia do séc. IV A.C. ,que inspirou tantos outros mestres, como Cícero, na Roma Antiga do século I A.C. e São Tomé de Aquino na idade média.
Outros mestres defendiam que viverem coletividade não decorria deste tal “instinto natural irresistível”, mas sim da própria vontade humana, de sua racionalidade, de sua inteligência evolutiva.
Em “A República” o filósofo grego, Platão, no século IV a.C, considerado o mais importante discípulo de Sócrates, foi o primeiro defensor do pensamento de que o homem escolheu viver de maneira coletiva através do uso da razão e inteligência, buscando um bem maior e não simplesmente como resultado da satisfação de um mero instinto.
Mas, tem-se por mais certo que a escolha do homem em viver e conviver coletivamente, desde os mais remotos tempos, até nossa atualidade é, em resumo, a associação entre um impulso natural aliado a vontade consciente e o uso da razão.
Mais importante do que se descobrir de onde surgiu o desejo de viver coletivamente precisa-se se descobrir se, realmente, o ser humano pensa e age coletivamente, principalmente me defesa do Meio Ambiente.
O ser humano contemporâneo tem agido contrariamente ao seu modelo de sociedade coletiva, pensando e agindo de maneira egoísta e mesquinha, degradando e destruindo o mundo em que habita e seus recursos.
O “coletivo” não deve agir ou pensar de maneira individualista e egoísta, buscando unicamente seus próprios interesses. Deve sim ter pensamentos e atitudes que possam assegurar à coletividade futura uma chance de também sobreviver neste planeta, caso contrário, só restará à humanidade, como única saída, os sonhos futuristas dos filmes de ficção
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