Bolsa Familia

O “Bolsa Família” é o programa social mais discutido no Brasil. Como estamos em ano de eleições, vocês diria que o programa poderia ser descontinuado, caso a presidente Dilma Rousseff não seja reeleita?

Primeiramente, por ser um plano de governo, ele pode ser descontinuado a qualquer momento.

A título de curiosidade, em 1994, o então Prefeito de Campinas José Roberto Magalhães Teixeira implantou o Programa de Renda Mínima, o qual destinava um complemento em dinheiro à renda de famílias consideradas miseráveis (abaixo da linha da pobreza). Para receber o dinheiro, a família inscrita no programa deveria residir em Campinas há pelo menos dois anos, manter os filhos na escola e com bons resultados nos estudos, receber os funcionários da Assistência Social em suas casas periodicamente e frequentar cursos profissionalizantes, entre outras obrigações.

O Bolsa Família é sucessor do Programa Renda Mínima e do Bolsa Escola, tem maior amplitude que os demais, e ao meu ver como já dito em outros comentários, de forma exacerbada.

Por ser um programa de governo, pode a qualquer momento ser descontinuado, por exemplo, caso haja um crise econômica. Sou favorável ao BPC, por ser este instituído por lei.

No que tange a matéria trazida pelo jornal O Estado de S. Paulo: “Estudantes do Bolsa Família têm aprovação maior”, tal notícia é louvável, porém, desempenho do estudante e frequência a escola, deve ser uma obrigação e não condição para se ter benefício.

Já a matéria também do jornal O Estado de S. Paulo: “Bolsa Família divide opiniões até dentro das Nações Unidas”, comentarei o seguinte trecho: “O coordenador avaliou que os beneficiários tem dificuldade de sair do programa porque tem “capital social” muito baixo, vivem em regiões de poucas oportunidades econômicas e não possuem bom nível educacional.”

Ora, ao invés dos bilhões destinados aos programas de governo, que deixam o beneficiário “viciado” e dependente, fossem destinadas a investimentos em todas as regiões do país, e políticas públicas que realmente tenham como escopo o bem comum, aí sim, reduziríamos as desigualdades e a pobreza.

Ante todo o exposto, a meu ver, independente do quem seja o futuro Presidente da Republica, o Bolsa Família não será descontinuado, podendo sofrer alterações, modificações, por ser um programa de governo.

Referências:

Artigo "O Programa Bolsa Família e o sistema de proteção social no Brasil" de Maria Inês Caetano Ferreira

Matéria, O Estado de São Paulo "Bolsa Família divide opiniões até dentro das nações Unidas"

Matéria, O Estado de São Paulo "Estudantes do Bolsa Família têm aprovação maior".