Bolsa Familia

GRASIELLE XAVIER DA SILVA SANTOS

RESUMO

Neste artigo buscarei discutir como funciona o processo de busca da autonomia das famílias inseridas no Programa Bolsa Família, a fim de se desvincularem do mesmo. Interessa-me verificar em que medida está a Influência do Programa Bolsa Família na realidade Social dos assistidos. Esse objetivo vem sendo posto em prática, se as ações desenvolvidas neste propósito são apenas paliativas ou se contribuem para a inclusão social, já que um dos objetivos deste programa é estimular a emancipação sustentada das famílias que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza. A escolha deste tema está diretamente relacionada com meu campo de estágio, abordo sobre a Política da Assistência Social, como direito de cidadania, e suas influencias devido ao contexto neoliberal, com base na literatura estudada. E sua importância para o Serviço Social. Sobre os programas de transferência de renda, como renda mínima, especificamente o Programa Bolsa Família. mecanismo de inclusão social é a forma mais eficaz para obterem sua própria renda, deixando, assim, de depender dos benefícios assistenciais. É a partir desse eixo que a geração de trabalho e renda é inserida no rol de programas da Política de Assistência Social. Tais programas visam incluir, de alguma forma, os membros das famílias assistidas no mercado de trabalho. Conforme estabelecido no art.2º, inciso III, da Lei Orgânica da Assistência Social: “A assistência social tem por objetivo: a promoção da integração ao mercado de trabalho”. Aqui a demanda da Assistência Social é a dos “menos cidadãos”, a dos pobres, desprovidos. Logo, as ações ao invés de diminuírem as desigualdades sociais as recriam, já que são paliativas e fragmentadas necessitando de critérios de elegibilidade.

Por serem destinados a esse público alvo, em sua maioria são oferecidos serviços precários que não ajudam essas pessoas a saírem da situação de exclusão social e se tornarem iguais socialmente. Esse fato acontece devido à demanda que é muito maior que a capacidade de atendê-la, já que a política econômica continua ampliando as desigualdades. Porque pela Lei, serviços e benefícios de qualidade e acesso igualitário são garantidos. No Brasil, infelizmente, na prática a assistência social não previne o problema e sim busca reduzir de forma precária e imediata sua gravidade. Na expressão utilizada por Sposati, funciona como um pronto-socorro (idem: 17). Tentando reverter esse quadro, alguns avanços

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