CARTILHA SOBRE USO RACIONAL DA ÁGUA NA INDÚSTRIA (Empresa Amiga da Água)

GRUPO DE DEFESA: ONG BERÇO DAS ÁGUAS

Jaú/SP

2011

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CARTILHA

SOBRE USO

RACIONAL DA

ÁGUA NA INDÚSTRIA

(Empresa Amiga da Água)

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

OBJETIVO

OBJETIVO

OBJETIVOS

DIAGNÓSTICO

JUSTIFICATIVA

ESTRATÉGIAS/METODOLOGIAS

ETAPA 1 – PLANEJAMENTO

ETAPA 2 - ELABORAÇÃO DA CARTILHA

ETAPA 3 – IMPRESSÃO DO MATERIAL

ETAPA 4 – SOLENIDADE DE LANÇAMENTO

ETAPA 5 – OFICINAS E TESTES AVALIATIVOS

LOCALIZAÇÃO

EQUIPE

RESULTADOS ESPERADOS

CRONOGRAMA

ORÇAMENTO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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4 INTRODUÇÃO

O consumo de água sem controle representa um grande desperdício, mas que pode ser controlado. As reservas de água doce no mundo estão sendo ameaçadas à medida que cresce a população, a qual talvez por falta de informações ou por falta de consciência, abusa deste tão raro e importante recurso natural. Ao contrário de que muitos pensam, a água é um bem finito, e sem a qual não se pode viver. Ela está presente nas mais simples até as mais complexas atividades na vida do ser humano, sem contar, para seu próprio corpo. Além da escassez, enfrenta-se o problema da poluição hídrica, pois, hoje em dia, mais se polui as águas, do que as purificam.

E com o passar dos anos, esta situação não poderá mais se reverter. Atualmente, a preocupação da maioria é o progresso da indústria e tecnologia, assim então, desprezam a natureza e junto com ela, a água. A partir deste problema, o presente projeto vem a propor a elaboração de uma cartilha ilustrativa informativa, com todas as informações necessárias para que o empresário e trabalhadores da indústria, entendam a situação da disponibilidade e demanda dos recursos hídricos na Bacia Hidrográfica Tietê - Jacaré (UGRHI 13-TJ), ajudando-os com alternativas viáveis para reduzir o consumo de água em suas atividades. Por fim, este projeto vem a conscientizar empresário e trabalhadores sobre o uso racional deste recurso natural tão finito e necessário, tornando as atividades ali exercidas da forma mais sustentável possível.

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5 OBJETIVO

OBJETIVO GERAL

Promover a conscientização do empresário e dos trabalhadores da indústria sobre a situação de disponibilidade e demanda DOS RECURSOS HÍDRICOS NA BACIA HIDROGRÁFICA TIETÊ-JACARÉ (UGRHI 13-TJ), e contribuir para o uso racional deste recurso.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Ampliar o conhecimento básico do setor industrial sobre as técnicas e

soluções de redução do consumo de água no processo produtivo. Possibilitar aos empresários e trabalhadores da indústria a conciliação do desenvolvimento sustentável na bacia hidrográfica, mediante a redução do consumo de água em suas atividades.

DIAGNÓSTICO

Este Projeto Será Desenvolvido Nos Municípios Da Unidade De Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI) n.º 13, do Estado de São Paulo, denominada Tietê-Jacaré (TJ), composta por 34 municípios. A área de drenagem corresponde a 11.779 Km², com população de 1.491.959 habitantes. Os principais rios que drenam esta área são o Tietê, Jacaré-Guaçu e Jacaré-Pepira. Também existem 03 (três) reservatórios, sendo eles o de Bariri, Ibitinga e Lobo. As principais atividades econômicas desenvolvidas são usinas de açúcar e álcool, mineração, curtumes e fundições.

Na área rural predomina a cultura de cana-de-açúcar,laranja, pastagem e reflorestamento. Estão inseridas na UGRHI 13-TJ as seguintes unidades de conservação: Estação Ecológica Sebastião Aleixo da Silva (Bauru), Estação Ecológica Itirapina, Estação Ecológica de São Carlos, Áreas de Proteção Ambiental de Corumbataí, Botucatu, Tejupá, Área de Proteção Ambiental de Ibitinga, Floresta Estadual de Pederneiras, Reserva Particular do Patrimônio Natural Amadeu Botelho, Reserva Particular do Patrimônio Natural Olavo Egydio Setúbal.

A UGRHI 13-TJ foi classificada pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH) 2004-2007 como em industrialização, com enfoque para a agroindústria. E, no ano de 2008 foi considerada em situação crítica. Os níveis de demanda por água tiveram aumento significativo na bacia. A demanda aqui referida considera a Vazão Outorgada, com base no banco de outorgas do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do Estado do São Paulo, ou seja, os dados são de vazão total outorgada, calculados para vazões anuais e apresentados em m³/s. Para o ano de 2007 a demanda na bacia foi de 16,19 m³/s e para o ano de 2008 de 24,23 m³/s. O uso industrial foi o segundo uso mais demandado para a bacia, ficando em primeiro o uso rural. A disponibilidade hídrica na UGRHI 13-TJ requer atenção, pois todos os parâmetros de uso dos recursos hídricos estiveram acima da média no Estado de São Paulo. A demanda por águas subterrâneas também foi alta, no patamar de 4,6 m³/s em comparação à 2 m³/s em médias nas demais UGRHIs do Estado.

1 Ao elaborar quadro síntese dos principais problemas e desafios para a gestão dos recursos hídricos no Brasil,Tundisi elenca como desafios e problemas para a região Sudeste a recuperação de rios, lagos e represas; proteção dos mananciais e da biodiversidade; redução dos custos de tratamento; solução de eutrofização e toxicidade; estímulo a reuso; controle do turismo em grandes represas e a recuperação e proteção de aqüíferos.

2 Esta situação justifica o desenvolvimento de um projeto de conscientização
pelo uso adequado e responsável dos recursos hídricos.

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Informações retiradas do “Relatório de Situação dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo – ano base 2008. São Paulo.: SMA/CRH, 2010.” Água no século XXI: Enfrentando a escassez, pág. 101.

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7 JUSTIFICATIVA

A taxa de urbanização é um fenômeno mundial, sendo recorrente na mídia informações sobre este fenômeno. Por taxa de urbanização entende-se a porcentagem da população que reside na área urbana do município em relação à população total. No Estado de São Paulo, segundo dados do “Relatório de Situação dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo – ano base 2008”, a taxa de urbanização é de 93,73%. Nos municípios da UGHRI 13-TJ, embora possuam, em sua maioria, população inferior à 20.000 habitantes, apenas 02 (dois) apresentaram taxa de urbanização inferior à 80%: Arealva (71%) e Itajú (67%). Este fenômeno acaba gerando uma maior demanda por produtos industrializados, o que acarreta um aumento de demanda por água, vez que esta tem uma gama muito diversa de usos na indústria. A título de ilustração, pode-se citar o uso da água como solvente de sólidos, líquidos e gases; pode ser agente de resfriamento de massas reagentes que seaqueceram por reações exotérmicas; o uso do vapor d’água ou de água quente como agente de aquecimento, entre outros3. Ou, sendo mais específico, a indústria têxtil demanda grandes quantidades de água para a preparação dos fios, tingimento, engomação. Os frigoríficos, igualmente, demandam elevados volumes de água na lavagem dos animais e higienização do ambiente. E, assim também os curtumes, indústrias de celulose e papel, a produção de açúcar e álcool. De acordo com informações do Relatório de Situação dos Recursos Hídricos 2010 – ano base 2009, o Estado de São Paulo é responsável por 85% da produção de cana-de-açúcar do Brasil. Desse percentual por volta de 13% é produzido na UGRHI 13-TJ o que representa aproximadamente 11% da produção nacional. Ainda segundo a mesma fonte, “outro importante setor da indústria que se destaca da bacia hidrográfica é a produção e processamento de cítricos, principalmente laranja. Nos municípios da bacia Tietê-Jacaré são produzidas, aproximadamente, 1,7 milhões de toneladas de laranja, o que representa 11% da produção nacional. O Estado de São Paulo é responsável por 94% da produção nacional (IBGE).”