Uso Racional
Artigo: Uso Racional. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fernandatavares • 23/9/2014 • 2.007 Palavras (9 Páginas) • 457 Visualizações
Resumo
A superfície terrestre é composta em aproximadamente 71% de água, mas é mínima a quantidade adequada para consumo direto.
Enquanto regiões áridas sofrem com a indisponibilidade de rios e lagos, muitas áreas privilegiadas não agregam valor aos recursos hídricos, tornando-se preocupante a contaminação causada pela agricultura, indústrias e efluentes domésticos somados ao uso inconsciente por parte de seus consumidores.
É necessário entender que a água é um bem universal apesar da distribuição desigualitária. E muitos dos problemas atuais são frutos da má gestão aplicada em mananciais à partir de projetos antigos, que não se ajustaram ao crescimento populacional assim como a retirada exacerbada e a devolução em péssima qualidade de milhares de litros cúbicos.
Nosso objetivo é informar sobre futuros conflitos pela falta ou má qualidade da água. Despertar seu uso racional, trazendo reflexões sobre economia e motivacionando ideias para sua reutilização.
Palavras-chave: indisponibilidade da água, contaminação da água, uso inconsciente da água, distribuição desigual da água.
Sumário
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1- Introdução
Todas as formas de vida são mantidas por elementos específicos referentes a cada espécie, de tal forma que organismos não funcionariam adequadamente na sua ausência ou excesso. A água é o mais essencial entre esses elementos, tanto para os seres vivos quanto para fatores abióticos que influenciam os mesmos.
Desde a evaporação de rios e oceanos, condensação e precipitação: a água influencia na umidade ambiente e temperatura corporal; é solvente universal e instrumento de higiene; mantém a circulação de muitos nutrientes e é fonte de obtenção de energia; entre inúmeras atividades cotidianas indispensáveis.
Apesar da abundância desse recurso, é preciso alertar para a quantidade disponível para consumo e aos níveis de poluição dos cursos de água que aumentam constantemente. O ciclo hidrológico deve ser mantido intacto para que continue realizando a manutenção dos ecossistemas.
Com o intuito de promover o uso racional da água, esta apresentação pretende esclarecer a importância dos recursos hídricos através de um estudo atual do tema. Serão relatadas condições de áreas que sofrem com a escassez, e suas respectivas consequências sob a população local. Abordaremos projetos e leis que estimulam a economia procurando atingir a consciência ou mesmo as finanças dos consumidores. E, para finalizar, um panorama das crises causadas pela falta ou mal uso da água ao redor do mundo.
2- A água
A água é um recurso natural indispensável à vida na terra. Através dela consegue-se executar diversas atividades, como mover termoelétricas, indústrias, o abastecimento de residências, a produção de alimentos e a criação de animais.
Por muito tempo acreditava-se que a água era um recurso infinito, porém, hoje se sabe por meio de pesquisas que é um bem finito e escasso.
2.1 – Disponibilidade da água
A água é um bem escasso por natureza. Mais de 97% da água presente no planeta Terra é salgada, do restante 30% é subterrânea, aproximadamente 69% se encontra em geleiras e subsolos congelados e apenas 0,4% da água doce tem acesso fácil ao homem – a superficial, de rios, pântanos e lagos.
A escassez de água está relacionada a uma série de fatores, um dos principais é o crescimento populacional, já que este está diretamente ligado ao aumento no consumo dos recursos hídricos.
A população mundial cresce aceleradamente, nas últimas seis décadas, por exemplo, a população dobrou de tamanho, enquanto o consumo de água aumentou sete vezes.
O crescimento demográfico não significa apenas mais torneiras, significa principalmente que a geração elétrica e a produção no campo e nas fábricas deverão aumentar, já que a indústria e a agropecuária são hoje responsáveis pelo consumo de 90% de toda água usada pela humanidade (para a produção de uma tonelada de grãos, são necessárias mil toneladas de água). Com o aumento populacional, prevê-se que em 2030 a demanda por comida aumentará em 50% em todo planeta.
O Brasil possui aproximadamente 14% de toda água potável, porém, sua distribuição se faz desigual pelo território, pois cerca de 72% das reservas se encontram na Região Norte, que abriga menos de 5% da população nacional.
2.2 – Escassez
2.2.1 – Origem da escassez
A escassez de água é resultado do crescimento demográfico acelerado e desordenado, unido à falta de planejamento, saneamento, do mau uso dos recursos naturais, da poluição, do desperdício e da falta de políticas públicas que estimulem o uso sustentável.
A carência habitacional levou parte da população a se instalar ás margens de represas, nascentes e rios, destruindo a mata ciliar, que protege os mananciais, e poluindo as fontes que deveriam permanecer intactas. Um exemplo disso seria a cidade de São Paulo, onde a prefeitura estima que quase 2 milhões de pessoas habitem ocupações ilegais, áreas de mananciais na região. Como resultado, grandes represas como Billings e Guarapiranga, apresentam elevados índices de contaminação.
O lançamento de efluentes domésticos e industriais, jogados diretamente em meios aquáticos, causa grandes danos à qualidade da água. Estima-se que cerca de 33% da população mundial não tem acesso ao sistema de esgoto, o que significa que ainda grande parte do esgoto doméstico é despejado sem tratamento prévio em rios, lagos, fazendo com que a água se torne cada vez mais poluída.
O desperdício também tem grande influência, já que no Brasil, por exemplo, ele pode chegar a 70%. Isso, muitas vezes, é resultado da má utilização e da falta de educação sanitária. A Agência Nacional de Águas (ANA) calcula que para cada 100L de água captada, cerca de 43% se perdem da fonte até seu destino final devido a vazamentos e rompimentos de redes, que são resultado
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