Uso racional e consciente da agua
Por: robsonaraujo82 • 31/5/2015 • Relatório de pesquisa • 1.292 Palavras (6 Páginas) • 843 Visualizações
Nome: Robson Araujo de Oliveira Matr.: 5802064
Disc.: ENG074-21/1 – Gestão Ambiental e Sustentabilidade Turno: Noite
Uso racional e consciente da água
A água é o elemento mais abundante na Terra que foi fundamental para surgimento da vida e continua sendo essencial para manutenção dela em nosso planeta. Conforme a Declaração Universal dos Direitos da Água, “A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura” (ONU, 1992).
Ela é indispensável para o desenvolvimento das atividades diárias da nossa população e, também, tem um papel importante na saúde da população contribuindo com a redução de diversas doenças (PNSB, 2008).
Mas não podemos nos esquecer de que esta água, potável, é um recurso limitado (apesar de a Terra ser composta por 70 % de água) que senão for bem tratado implicará na inviabilidade da sobrevivência do ser humano neste planeta ocasionado assim sua extinção.
No mundo, 97,5 % da água é considerada salgada, restando somente 2,5% de água doce, porém deste valor 68,9 % estão congeladas nas calotas polares do Ártico, Antártica e nas regiões montanhosas. A água subterrânea corresponde 29,9 % do volume total de água doce, onde 0,2666 % representa toda a água dos lagos, rios e reservatórios. O restante da água doce está na biomassa e na atmosfera em forma de vapor.
Este potencial hídrico é distribuído de forma desigual para as diversas regiões do planeta onde regiões como Ásia e América do Sul comportam os maiores potenciais hídricos e já continentes como a Oceania e Austrália possuem os menores valores. O Brasil é um dos países com a maior reserva hídrica no mundo, tanto na superfície quanto no subsolo, abrigando cerca de 12 % do total mundial (Brasil das Águas, 2014).
Segundo estudos da Organização Pan Americana de Saúde, a quantidade de água que o ser humano necessita por dia é de aproximadamente 189 litros. Em outros levantamentos, mais recentes, feitas pela ONU e OMS (Organização Mundial de Saúde), a quantidade de água para atender as necessidades diárias do ser humano é de 200 Litros. Mas na prática em países como Estados Unidos o consumo per capita é superior a 300 litros de água por dia.
Enfim, este recurso é essencial não só para a vida, mas também para o desenvolvimento econômico e bem estar social desdobrando para outros usos como: na agricultura, na indústria, na geração de energia elétrica, no transporte e no lazer. Mas nos dias de hoje este consumo tornou se insustentável, especialmente em áreas mais densamente povoadas.
A necessidade de ampliar a produção de alimentos, aliada ao advento da globalização, resultou na elevação da pressão sobre os recursos feitos pelo setor rural, suprimindo a vegetação para a realização de atividades agrícolas e pastoris e fazendo uso excessivo de agrotóxicos. Propiciando a contaminação das águas e alterações no ciclo hidrológico, originando assim a ocorrências de escassez e contaminação das águas. Fato este recorrente no mundo e principalmente no Brasil.
O agravamento da falta da água é decorrente também de fatores como: a impermeabilização do solo a partir do uso do asfalto que não permite a infiltração da água no solo consequentemente não chega ao lençol freático; a intensificação do processo de erosão do solo; deficiências no setor de saneamento básico causando uma poluição indiscriminada nos rios e lagos; desmatamento das matas ciliares e ocupação dos leitos dos rios; falta de consciência no uso da água pelas autoridades governamentais, iniciativa privada e a sociedade em geral.
Para reduzir estes efeitos causados pelo homem na natureza temos que gerir melhor os recursos hídricos através uso racional e consciente da água. Conforme Cavalcanti e Mata (2002), o consumidor consciente das implicações de seus atos de consumo passa a compreender que está ao seu alcance exigir que as dimensões sociais, culturais e ecológicas sejam consideradas pelo setor público e privado em seus modelos de gestão, produção e comercialização. Mudanças estas conseguidas com novas posturas e atitudes individuais no dia a dia de cada pessoa.
Esta busca sustentável de consumo de água deve ser feitas por ações promovidas em níveis macro e micro, desde a iniciativa privada e poder publico até os círculos familiares, local de trabalho, escolas e grupos sociais organizados.
Através do poder público com uma nova forma de gerir sobre os recursos hídricos e principalmente o gerenciamento das bacias hidrográficas; na iniciativa privada com adoção de novas tecnologias no processo produtivo e tratamento dos resíduos, e na sociedade com uma nova atitude e comportamento de utilização de forma racional e consciente a água.
De forma mais ampla estes níveis devem ser responsáveis por: desenvolver práticas de acompanhamento e monitoramento de políticas públicas na gestão de recursos hídricos; promover campanhas de conscientização sobre o valor da água na sociedade; instalação nos prédios comerciais sistemas que permitam a economia de água nas torneiras, chuveiros e descargas; aprovar leis de proteção dos recursos hídricos visando à garantia da qualidade e quantidade da água; incentivar a pesquisa de fontes alternativas de água, exemplo: dessalinização da agua do mar; desenvolver novas técnicas de economia de água para utilizadas na produção agrícola, e sensibilização e iniciativas educacionais no campo de uso racional da água e do desenvolvimento sustentável voltado principalmente para as crianças que serão pessoas mais conscientes no futuro.
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