COMENTÁRIO DO LIVRO PAREM DE FALAR MAL DA ROTINA
Por: Alessandra Salomão • 14/8/2015 • Relatório de pesquisa • 791 Palavras (4 Páginas) • 346 Visualizações
Não li o livro porém vi a peça que gerou o livro.
Na peça, Elisa Lucinda, aborda as mais cotidianas situações dando a cada uma o grau de relevância necessário.
Ela nos mostra como, muitas vezes, valoramos algumas situações além do necessário e buscamos alguns cárceres desnecessários com as nossas crenças incorretas sobre a vida e analise precipitada das situações.
São derrubados tabus e preconceitos bem como demonstradas algumas situações que muitas vezes nos passavam despercebidas.
O fato de observar o que está fora, de ser participante de tudo 24 horas por dia, me chamou a atenção e mudou alguns padrões de comportamento que tinha anteriormente.
Muitas vezes eu agia de uma forma na rua, acreditando que não seria observada ou julgada e muitas vezes isso não acontece.
Percebi que temos que estar antenados a tudo pois, muitas vezes, as respostas estão a nossa volta ou no comportamento que observamos em outra pessoa.
Somente o fato de uma atitude nos chamar atenção, demonstra a possibilidade de que, há 95% de chance de estarmos agindo de forma igual ou pensarmos da mesma forma.
A rotina, ao contrário do que muitos encaram, não foi mostrada de forma negativa porém eu ainda acho muito difícil de ser alcançada.
As situações de nossa “rotina” do dia a dia podem ser extremamente valiosas, e são, para que possamos aprender e mudar algo em nós.
Alguns momentos que mais me prenderam na peça foi o momento que a protagonista retira vários objetos do cabelo de forma natural e mostrando que não é só o igual que pode ser admirado, certo e amado.
Me fez perceber que os padrões estabelecidos para alguns podem ser desmistificados para que possamos viver mais livremente e sem rigidez.
De uma forma engraçada, ao retirar diversos objetos do seu cabelo, ela demonstrou para mim que não preciso ser igual para ser boa e que o “ser diferente” pode ser bom!
Na verdade, estar bem conosco, buscar nosso bem estar, não é ser igual ao que a sociedade padroniza mas sim ser igual ao que gostamos de ser.
Da mesma forma quando narra a história do morador de rua, a protagonista nos passa a mensagem de que os padrões impostos pela sociedade, muitas vezes, caem por terra.
Julio não tinha o direito de gozar de férias porque era morador de rua?
Todos viam Julio como um pobre coitado mas sequer pararam para pensar que A OPÇÃO PODERIA TER SIDO DELE ESTAR ALI. ELE PODERIA ESTAR MELHOR QUE MUITOS DE NÓS MORANDO NA RUA.
As necessidades de cada um são diferentes. A forma de olhar a vida também!
Fazemos nossas escolhas que, por mais aberrantemente diferente do que os outros teriam escolhido, podem ser boas e proveitosas para nós.
Sabemos lá se “Julio” iria ser tão feliz se morasse num lugar perigoso, sozinho, sem ver pessoas?
Sabemos lá se o barato do “Julio” era conviver com diversas pessoas, observar as pessoas passando.
E sem saber do que o “Julio” poderia gostar, padronizamos sua realidade e acreditamos que ele não poderia estar bem nem feliz naquela situação.
Muitas vezes isso acontece em nossas vidas. Deixamos o nosso “Julio” de lado e passamos a ser bonecos dos outros perdendo nossa essência e nossa personalidade.
Até esquecemos do que gostamos pois nos sentimos tão necessários a gostar do que o meio nos impõe que “esquecemos” o que nos faz feliz e o que gostamos.
O importante nisso tudo, é não esquecer de NOS OBSERVAR. Muitas vezes pela rotina acelerada imposta a nós, esquecemos de nos perceber, de ver nossas necessidades, de ver o que realmente nos faz feliz.
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