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Comercio Exterior

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Por:   •  20/9/2013  •  8.877 Palavras (36 Páginas)  •  729 Visualizações

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Curso: Administração

Disciplina: Comércio Exterior

Conteudistas: Antonio Carlos Sousa, Dayse Pereira Cardoso Sousa e Nilson Sales dos Santos

Aula 2

A Evolução das Teorias do Comércio Internacional

META DA AULA:

Apresentar as principais teorias relativas ao Comércio Internacional que se seguiram à Teoria Clássica representada, principalmente, por Adam Smith, David Ricardo e John Stuart Mill.

OBJETIVOS:

Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:

1) Definir e diferenciar as diferentes teorias neoclássicas do Comércio Internacional.

2) Definir a teoria do comércio estratégico e reconhecer sua importância para os países periféricos.

3) Definir e diferenciar os novos modelos teóricos contemporâneos do Comércio Internacional.

INTRODUÇÃO

Conforme vimos na aula anterior, os mercantilistas consideravam as seguintes ações como pressupostos econômicos e filosóficos básicos, no que diz respeito ao comércio internacional:

 Uma nação deveria ter uma balança comercial favorável, ou seja, exportar mais do que importar.

 Quanto mais metais preciosos um Estado possuísse, mais rico seria.

 O Colonialismo deveria existir como forma de complementar a renda da Metrópole.

Posteriormente, os economistas clássicos Adam Smith e David Ricardo desenvolveram, respectivamente, a Teoria das Vantagens Absolutas e a Teoria das Vantagens Comparativas, dando o tom que seria preservado até, aproximadamente, o primeiro terço do século XX, no que se refere ao Comércio Internacional.

Todavia, como a Teoria Clássica (representada por Smith, Ricardo e Mill) já não era suficiente para explicar o comércio internacional – mais de um século e meio após o seu surgimento – algumas outras teorias e modelos de comércio internacional surgiram. Dentre eles, destacam-se a Teoria Neoclássica do Comércio Internacional e a Teoria do Comércio Estratégico.

1. A TEORIA NEOCLÁSSICA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

Pode-se dizer que a diferença fundamental entre a Teoria Clássica e a Neoclássica de Comércio Internacional é que os neoclássicos migram do modelo de Ricardo – que utiliza, apenas, um fator de produção – para uma análise que reúne o conjunto dos fatores de produção, sua intensidade de utilização e sua interação, bem como a tecnologia adotada, pelos diversos países, na produção.

Tal teoria foi criada como uma alternativa ao modelo de Ricardo. Apesar de seu poder de previsão maior e mais complexo, a teoria neoclássica tinha a missão ideológica de desvincular a teoria do valor do trabalho da teoria do comércio internacional, base do modelo de Ricardo, e, concomitantemente, incorporar o mecanismo neoclássico de preço à teoria do comércio internacional.

Os economistas neoclássicos, diferentemente dos economistas clássicos, estabeleceram que o valor de uma mercadoria não se baseava apenas no custo de produção, mas na interação deste com “elementos subjetivos” os quais foram chamados de oferta e demanda. Dentre as hipóteses sob as quais a teoria neoclássica se baseou, destacam-se as seguintes:

 Pessoas racionais têm preferências quando diante de diversas alternativas.

 Indivíduos maximizam utilidade e empresas maximizam lucros.

 Pessoas agem racionalmente, levando em conta toda informação relevante.

O Modelo de Heckscher-Ohlin

A sistematização das idéias sobre o comércio internacional foi feita, do ponto de vista neoclássico por dois economistas suecos: Eli Heckscher (1879-1952) e Bertil Ohlin (1899-1979), sob a forma de um modelo que ficou conhecido como Modelo de Heckscher-Ohlin. Em síntese, tal teoria diz que cada nação exportará a commodity intensiva em seu fator abundante de produção e importará aquela que exija a utilização do seu fator escasso a qual apresenta, conseqüentemente, maior custo de produção doméstico. Os pressupostos deste modelo são os seguintes:

 Existem duas nações, dois bens produzidos e dois fatores de produção (capital e trabalho), o que o caracteriza como um modelo 2x2x2 (2 nações, 2 bens produzidos e 2 fatores de produção).

 A tecnologia está disponível no mundo.

 Por exemplo, na commodity X, o fator de uso intensivo é a mão-de-obra enquanto na produção da commodity Y, o fator de utilização intensiva é o capital, em cada uma das nações.

 Ambas as commodities são produzidas sob recursos constantes de escala.

 Existe especialização incompleta na produção de ambas as nações.

 Cada país compartilha padrões de preferências idênticos.

 Existe concorrência perfeita em ambas as nações.

 Há mobilidade perfeita dos fatores de produção em ambas as nações, embora tal mobilidade não exista em nível internacional.

 Não há custos, tarifas e obstáculos ao comércio.

 Todos os recursos são plenamente ocupados em ambas as nações.

 O comércio internacional, entre ambas as nações, encontra-se em equilíbrio.

Contribuições ao Modelo de Heckscher-Ohlin (H-O)

As três teorias mais difundidas, relacionadas com o modelo Heckscher-Ohlin são: o Teorema de Rybczynski, o Teorema de Samuelson e o Teorema de Stolper-Samuelson (S-S).

O primeiro estabelece que um aumento na oferta de um dado fator de produção tende a aumentar a produção de mercadorias que são intensivas

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