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Como avaliar em matematica

Por:   •  25/6/2015  •  Artigo  •  4.047 Palavras (17 Páginas)  •  142 Visualizações

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JOSE HENRIQUE SERRAO RIBEIRO

DOUGLAS ASSUNÇÃO FRANCO

COMO AVALIAR EM MATEMÁTICA

Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de Licenciatura em Matemática das Faculdades Integradas Ipiranga como requisito avaliativo da disciplina Prática Pedagógica III.

Orientador: Prof. Esp. Walber Christiano Lima da Costa.

BELÉ

2015

Resumo:

O presente artigo tem como intuito apresentar o processo avaliativo do professor com o seu aluno, Reconhecendo que a avaliação exerce um papel importante em todas as disciplinas, uma vez que o resultado obtido em uma avaliação poderá fornecer importantes informações ao professor, tanto com relação à aprendizagem do aluno, como com relação à sua própria prática, os resultados da pesquisa demonstram que apesar de tratar-se de uma temática de difícil abordagem, é possível estabelecer à necessária e relevante discussão quanto às práticas e métodos utilizados pelos profissionais no tocante à avaliação da aprendizagem em matemática.

Palavras chaves: aprendizagem, avaliação em matemática, educação matemática.

1-INTRODUÇÃO

Quando falamos em avaliação em matemática, não nos referimos apenas a um pequeno teste de conhecimentos, aplicada ao final de cada bimestre. Avaliação vai muito além desse pensamento “ultrapassado”. Sabemos que avaliar não é somente atribuir ao aluno notas azuis ou vermelhas, avaliar é: um processo pedagógico contínuo, que ocorre dia após dia, buscando corrigir erros e construir novos conhecimentos. Hoje nas escolas o que era pra ser uma avaliação, não é avaliação de verdade, que por vários motivos, os professores deixam de fazer seu honrado trabalho: de mediador do conhecimento e avaliadores, para aplica a famosa avaliação da “caneta vermelha”, que consiste apenas do rabisco da caneta vermelha do professor sobre a prova do aluno e no final atribuindo-lhe uma nota, sem sequer analisar a resolução do aluno, verificar qual foi às “ferramentas” matemáticas que o aluno utilizou para chega a tal resultado. Em se tratando aos problemas da avaliação são na realidade problemas voltados, mas para o lado do professor, do que para o aluno, pois quando o docente faz uma desconsideração da avaliação como elemento de ensino e de aprendizagem faz com que muitas vezes não sejam realizadas verificações importantes quanto ao aprendizado do aluno. Assim dessa maneira a avaliação deixa de fornecer informações úteis para que se possa melhorar a qualidade do ensino, além de não contribuir para melhorar e identificar a qualidade do desempenho ao aluno e corrigir as falhas a tempo. Outra problemática da avaliação é utilizar como recompensa “pontos” extras para os alunos interessados e punição para os alunos desinteressados. As notas são transformadas em armas de intimidação e ameaça para os desinteressados e prêmios para os interessados. É comum a prática de dar e tirar “pontos” conforme o comportamento do aluno ou a preocupação excessiva pela exatidão da nota, às vezes reprovando alunos por causa de décimo. Nestas circunstâncias, o professor exclui o seu papel de docente, que deve “prega” o bem estar, o aprendizado dentro do ambiente escolar com seus conhecimentos e não fazer com que os alunos fiquem intimidados. 

O objetivo geral do tema a ser abordado, não é inventar uma nova maneira de avaliar o aluno em matemática, mas sim com o propósito único de reformula, aperfeiçoar as maneiras de avaliação que existem. Sabemos que existem varias maneiras de avaliar em matemática, uma muito conhecida e usada é: a prova tradicional objetiva ou subjetiva, que mede o conhecimento do aluno. A necessidade de avaliar sempre se fará presente, não importando a norma ou padrão pela qual se baseia o modelo educacional. Vamos destaca algumas maneiras de se avaliar em matemática, que não é simplesmente ter em mãos uma caneta de cor vermelha e distribuir notas abaixo ou acima da média para seus alunos. Avaliação em matemática deve ser vista como um processo de investigação, pois é a partir daí que vamos ter condições de verificar: as dificuldades, os pontos fracos e pontos fortes do aluno, entre outras coisas.

2-PENSANDO SOBRE AVALIAÇÃO

Se existi ponto de encontro nos estudos sobre a avaliação escolar é o de que ela é essencial para a prática educativa e inseparável desta, uma vez que é por meio dela que o professor pode acompanhar se o progresso de seus alunos está ocorrendo de acordo com suas expectativas ou se há necessidade de repensar suas ações metodológicas. Para o aluno, a avaliação permite que ele saiba como está seu desempenho na analise do professor, bem como se existem falhas no seu aprendizado às quais ele precisa resolver.

Zabala (1998, p. 195) é possível encontrar definições de avaliação bastante diferentes e, em muitos casos, bastante ambíguas, cujos sujeitos e objetos de estudo aparecem de maneira confusa e indeterminadas.

        Não é nossa intenção, neste texto, acrescentar polêmica às questões que envolvem a avaliação escolar, mas com o objetivo principal em o que avaliar em matemática, independentemente do nível de ensino a que estejamos nos referindo. É evidente que, para se pensar sobre o que avaliar, devemos, necessariamente, sabe o que ensinar que depende do por que ensinar, determinando, assim, uma trajetória que deve ser percorrida quando queremos considerar o que avaliar em matemática. 

3-POR QUE ENSINAR MATEMÁTICA

         

Uma pesquisa sobre quais seriam as razões para que a matemática faça parte do currículo escolar levará certamente a três categorias de respostas. Para alguns, a função da matemática é desenvolver o raciocínio lógico: para outros, a matemática precisa ser ensinada e aprendida porque está presente na vida cotidiana e, por último, porque ela é ferramenta para as demais ciências. É importante observar que as razões para a inclusão da matemática no currículo escolar não são aleatórias, nem invenções recentes, mas decorrem dos paradigmas já citados, os quais, por sua vez, estão ligados a correntes filosóficas que remontam à Antiguidade. A crença de que a matemática desenvolve o raciocínio lógico filia-se ao primeiro paradigma e se sustenta filosoficamente nas ideias de Platão (427-347 a.C.), para quem o mundo real não se constituiria senão de aparências. Para ele existiria um mundo das Formas ou Ideias onde estariam os modelos ideais dos objetos do mundo físico ou das situações que o homem deveria se esforçar para alcançar. Assim, por exemplo, nesse mundo ideal existiria a ideia de “livro”; enquanto os livros que existem em nosso mundo seriam cópias ou representações imperfeitas daquela ideia. Nesse mundo ideal existiriam também as formas aritméticas e as geométricas. Do ponto de vista platônico, a matemática trataria apenas de objetos do mundo das ideias, e o trabalho do matemático seria o de “descobrir” as relações já existentes entre os objetos do mundo ideal. A justificativa de que a matemática está presente no cotidiano e tem aplicações na vida prática, fundamenta-se nas ideias de Aristóteles (384-322a.C.), cujo ponto de vista se contrapõe ao de Platão, por considerar que a matemática seria constituída de construções elaboradas pelos matemáticos a partir da percepção dos objetos do mundo real. Dessa forma, as verdades matemáticas poderiam ser comprovadas mediante experiências no mundo real. A matemática, como ferramenta para as outras ciências, baseia-se nas ideias de Descartes (1596-1650), para quem a matemática era condição para o desenvolvimento de qualquer ramo do conhecimento, de tal modo que sem a matemática as demais ciências não seriam possíveis de existir.

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