Comunidades Tribais

Comunidades Tribais: A Educação Difusa Comunidades Tribais

Explicação literal e simplificadora – etnocêntrica

“Esta gente é povoada de gentes completamente nuas, tanto os homens quanto as mulheres. Não tem lei nem fé alguma, vivem de acordo com a natureza e não conhecem a imortalidade da alma. Não possuem nada que lhes seja próprio e tudo entre eles é comum: não tem fronteiras entre províncias e reinos, não tem reis e não obedecem a ninguém [...]

• Vida tribal: tradição oral dos mitos e dos ritos.

• Comunidades chamadas de pré-históricas.

• Propriedade coletiva.

• Divisão social e cultural do trabalho.

• Sociedade homogênea, uma, indivisível.

Comunidades Tribais Pré-história e Primitivismo

• Conceito de pré-história precisa ser desconstruído, uma vez que a história não precede a escrita.

• O conceito de primitivo – definido a partir de uma concepção etnocêntrica transpassada pela ideia de progresso e de estágios evolutivos da cultura.

• Para Pierre Clastres tais povos devem ser considerados diferentes e não inferiores a nós (CLASTRES, apud. ARRANHA, 2006, p. 38).

Comunidades Tribais: A Educação Difusa

• Não há uniformidade nas tribos.

• Comunidades com diferentes níveis de avanços técnicos.

• Domínio de saberes no uso de plantas, de conservação de alimentos, de plantio, uso de metais, fabricação de alimentos, bebidas e artefatos

Compreensão Cosmogônica

• Natureza é o local dos deuses e o sobrenatural penetra em todas as dependências da realidade vivida.

• O sagrado se manifesta na explicação da origem divina da técnica, da agricultura, dos males, na natureza mágica dos instrumentos, das danças e dos desenhos.

• Conceito de Religião ou de Representação? O “agir” primitivo imita os deuses nos ritos que são reatualizados.

Transmissão do Conhecimento

• Mitos e ritos são transmitidos oralmente.

• A tradição se impõe por meio da crença.

• A cosmogonia garante a coesão social.

O Conhecimento Transmissão do Conhecimento

• Os comportamentos desejáveis devem ser repetidos

• Organização Social

• Organização de acordo com papéis femininos e masculinos

• Não há relação de dominação

• O trabalho e os seus produtos são coletivos

A autoridade

• Diferentes representações simbólicas para o trabalho feminino e masculino.

• O prestígio do chefe guerreiro, do feiticeiro ou xamã, não se sustenta na relação de

obediência – seu papel social é garantir a coesão do grupo, apaziguar os indivíduos, mediar conflitos e rememorar a tradição dos ancestrais.

Educação Difusa

• As crianças aprendem por imitação.

• Não há responsáveis pela tarefa de ensinar.

• As travessuras infantis são aceitas, sem punições.

• Os adultos demonstram paciência com os enganos infantis.

Educação Difusa

Por meio da educação difusa, de que todos participam, a criança toma conhecimento dos mitos ancestrais, desenvolve aguda percepção do mundo e aperfeiçoa habilidades

Educação Difusa

• A Guerra é um dispositivo de transmissão dos valores da comunidade.

• A formação abrange todo o saber da tribo.

• Os saberes não são monopolizados.

• Alguns se destacam por um determinado conhecimento – feiticeiros – porém, não resulta em privilégio, mas em prestígio.

A Guerra é um dispositivo de transmissão dos valores da comunidade.

Aperfeiçoamento técnico

A escrita surge à medida que as atividades se tornam mais complexas.

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