Conflito Entre A Compra De Veículos E Apromoção Da Sustentebilidade
Artigos Científicos: Conflito Entre A Compra De Veículos E Apromoção Da Sustentebilidade. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 10/3/2015 • 2.775 Palavras (12 Páginas) • 726 Visualizações
O CONCEITO DE MOTIVAÇÃO NA
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
Resumo: Este trabalho propõe-se a discutir o papel da motivação
diante de um novo contexto que envolve as relações
humanas no estudo da Administração. Dentre outros, podese
destacar o objetivo de delinear a influência da motivação
humana dentro da Administração, bem como a complexidade
de seu estudo, sua repercussão sobre as atitudes
das pessoas e sobre os resultados para a empresa. São
apresentados conceitos, discutidas relações existentes entre
motivação e comportamento/desempenho das pessoas,
quais motivos e/ou necessidades que podem causar efeito
motivador, e, por fim, disserta-se brevemente sobre alguns
aspectos das teorias motivacionais desenvolvidas ao longo
do tempo.
Palavras-chave: Motivação. Relações Humanas. Comportamento.
Desempenho.
THE CONCEPT OF MOTIVATION IN THE THEORY OF THE
RELATIONS HUMAN BEINGS
Abstract :This work considers it to ahead argue the paper
of the motivation of a new context that involves the relations
human beings in the study of the Administration. Amongst
others, it can be detached then, the objective to inside
delineate the influence of the motivation human being of
the Administration, as well as the complexity of its study,
its repercussion on the attitudes of the people and the
results for the company. Concepts, argued are presented
existing relations between motivation and behavior/
performance of the people, which reasons and/or
necessities that can cause motivation effect, and, finally,
disserta briefly on some aspects of the developed
motivationals theories throughout the time.
Keyword: Motivation. Human relations. Behavior. Performance.
Ana Paula Tadin*
José Alceu E. Rodrigues*
Paulo Dalsoquio*
Zenaide R. Guabiraba*
Isabella Tamine Parra Miranda**
* Acadêmicos de Graduação em
Administração - Faculdade Maringá
** Professora da Disciplina de Gati
(Gestão de Atividades Interdisciplinares)
- Faculdade Maringá. e-mail:
isamiranda@faculdadesmaringa.br
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INTRODUÇÃO
Com o advento da Teoria das Relações Humanas
uma nova linguagem passa a dominar o
repertório administrativo: fala-se agora em
motivação, liderança, comunicação, organização
informal, dinâmica de grupo etc. [...] A
ênfase nas tarefas e na estrutura é substituída
pela ênfase nas pessoas. Com a Teoria
das Relações Humanas surge uma nova concepção
sobre a natureza do homem, o homem
social (CHIAVENATO, 1999, p. 157-
158).
CONCEITO DE MOTIVAÇÃO
Antes de falar-se em motivação humana dentro
do contexto administrativo, faz-se necessário
apresentar uma breve conceitualização
do termo e algumas definições básicas que
auxiliarão o estudo.
É difícil definir exatamente o conceito de motivação,
uma vez que este tem sido utilizado
com diferentes sentidos. De modo geral, motivação
é tudo aquilo que impulsiona a pessoa
a agir de determinada forma ou, pelo menos,
que dá origem a uma propensão a um comportamento
específico, podendo este impulso
à ação ser provocado por um estímulo externo
(provindo do ambiente) ou também ser
gerado internamentE nos processos mentais
do indivíduo (CHIAVENATO, 1999).
MOTIVAÇÃO E COMPORTAMENTO
O comportamento das pessoas dentro da organização
é complexo, depende de fatores internos
(decorrentes de suas características
de personalidade, como capacidade de aprendizagem,
de motivação, de percepção do ambiente
externo e interno, de atitudes, de emoções,
de valores etc.) e externos (decorrentes
do ambiente que envolve das características
organizacionais, como sistemas de recompensas
e punições, de fatores sociais, de políticas,
de coesão grupal existente etc.).
Conforme já citado anteriormente
(CHIAVENATO, 1999), com a Teoria das Relações
Humanas passou-se a estudar a influência
da motivação no comportamento das
pessoas. Embora este seja apenas um dos
fatores internos que influenciam o comportamento
humano, a ele é dado tanta importância
porque a motivação atua, em geral, sobre
as necessidades dos indivíduos, a fim de supri-
las para atingir os objetivos, tanto pessoais
como organizacionais (CHIAVENATO,
1999).
Essas necessidades humanas, tidas como forças
ativas e impulsionadoras do comportamento,
apresentam uma enorme imensidão. Isso
porque as pessoas são diferentes entre si,
possuem necessidades diferentes e estas,
conseqüentemente, produzem padrões de
comportamento que variam de indivíduo para
indivíduo.
Apesar de todas essas diferenças enormes,
em pesquisas realizadas acerca do comportamento
humano, foi constatado que o processo
que dinamiza o comportamento humano
é mais ou menos semelhante para todas
as pessoas.
Baseando-se nos pressupostos de Chiavenato
(1998, p. 76-77) podem ser definidas três
suposições para explicar o comportamento
humano, das quais a análise nos é válida, pois
elas estão intimamente relacionadas com o
processo de motivação:
a)O comportamento humano é causado, ou
seja, existe uma causalidade do comportamento.
Tanto a hereditariedade como o meio
ambiente influem decisivamente sobre o comportamento
das pessoas. O comportamento
é causado por estímulos internos ou externos.
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O CONCEITO DE MOTIVAÇÃO NA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
b) O comportamento é motivado, ou seja, há
uma finalidade em todo comportamento humano.
O comportamento não é causal, nem
aleatório, mas sempre orientado e dirigido para
algum objetivo.
c) O comportamento humano é orientado para
objetivos pessoais. Subjacente a todo comportamento
existe sempre um impulso, um desejo,
uma necessidade, uma tendência, expressões
que servem para designar os motivos do
comportamento.
MOTIVAÇÃO E DESEMPENHO
Sendo o comportamento humano fundamentalmente
orientado por objetivos, sejam eles
conhecidos ou inconscientes, fica evidente a
importância de se associar atitudes
motivacionais a esses objetivos.
Esses fatores motivacionais vão influir
diretamente no comportamento do indivíduo
e, conseqüentemente, no seu desempenho
dentro da organização. Essa última afir-mação
justifica a importância de uma breve dissertação
sobre a relação entre a motivação e
o desempenho, assim como sobre os aspectos
a estes relacionados.
Na verdade, tratam-se de três itens – motivação,
comportamento e desempenho – que se
apresentam estreitamente ligados. O desempenho
é uma manifestação do comportamento
humano nas organizações, podendo assim
também ser motivado pelo próprio indivíduo
(motivos internos) ou pela situação ou ambiente
em que ele se encontra (motivos externos)
(MAXIMIANO, 1995, p. 318).
Motivos internos
São as necessidades, aptidões, interesses e
habilidades do indivíduo, que o fazem capaz
de realizar certas tarefas e não outras; que o
fazem sentir-se atraído por certas coisas e
evitar outras; o que o fazem valorizar certos
comportamentos e menosprezar outros. Podem
ser definidos ainda como os impulsos
interiores, de natureza fisiológica e psicológica,
afetados por fatores sociológicos: necessidades,
frustração, aptidão, habilidades, atitudes
e interesses.
Motivos externos
São os estímulos ou incentivos que o ambiente
oferece ou objetivos que a pessoa persegue
porque satisfazem a uma necessidade, despertam
um sentimento de interesse porque representam
a recompensa a ser alcançada.
Os motivos externos podem ser divididos em
duas categorias principais – o trabalho e as
condições de trabalho – segundo uma classificação
feita numa teoria proposta por Frederick
Herzberg, que exerceu grande influência nos
estudos sobre a motivação (MAXIMIANO,
1995, p. 318 e 326).
AS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS
A compreensão da motivação do comportamento
exige o conhecimento das necessidades humanas,
por se tratar de um dos motivos internos
mais importantes que orientam o comportamento
e o desempenho do indivíduo.
Em pesquisas realizadas por diversos autores,
estudiosos da motivação humana, constatouse
que existem certas necessidades humanas
fundamentais e também algumas cujas causas
escapam ao próprio entendimento do homem.
Essas causas se chamam necessidades
ou motivos e são forças conscientes ou
inconscientes que levam o indivíduo a apresentar
um determinado comportamento. Assim,
conforme dito anteriormente, a motivação
se refere ao comportamento, que é causado
por necessidades de dentro do indivíduo
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e que é dirigido em direção aos objetivos que
podem satisfazer essas necessidades.
Ao longo de sua vida, o homem evolui por três
níveis ou estágios de motivação à medida que
vai crescendo e amadurecendo, vai ultrapassando
os estágios mais baixos e desenvolvendo
necessidades de níveis gradativamente mais
elevados. As diferenças individuais influem quanto
à duração, intensidade e fixação em cada
um desses estágios; assim como na predominância
de uma necessidade sobre as demais.
Apesar dessas variâncias entre indivíduos ou
grupos, temos uma forma de generalização
das necessidades humanas, estabelecidas
através de categorias ou hierarquia e propostas
por estudiosos do assunto, como Maslow,
por exemplo. Os três níveis ou estágios de
motivação correspondem às necessidades fisiológicas,
psicológicas e de auto realização
(CHIAVENATO, 1999, p.157-158).
Necessidades fisiológicas
Constituem-se as necessidades primárias,
essenciais à sobrevivência do indivíduo. São
inatas e instintivas, estão relacionadas no nível
mais baixo na classificação hierárquica e
exigem satisfação periódica e cíclica.
As principais são: alimentação, sono, atividade
física, satisfação sexual, abrigo e proteção
contra os elementos e de segurança física
contra os perigos. Quando satisfeitas facilmente,
deixam de ser uma motivação importante
e, se forem bem controladas pelo cotidiano,
podem nem influenciar no comportamento. Por
outro lado, se por alguma eventualidade, elas
não forem satisfeitas, passam a atuar com
intensidade extremamente forte.
Necessidades psicológicas
Segundo Chiavenato (1999) podem ser definidas
como as necessidades secundárias e exclusivas
do homem. São aprendidas e adquiridas
no decorrer da vida e representam um
padrão mais elevado e complexo. Raramente
são satisfeitas em sua plenitude, por completo,
por que o homem, por natureza está sempre
buscando maiores satisfações dessas
necessidades, que vão se desenvolvendo e se
sofisticando gradativamente.
Segundo o mesmo autor (CHIAVENATO,
1999), constituem-se as principais necessidades
psicológicas:
a) Necessidade de segurança íntima
É aquela que leva o indivíduo a buscar sua
autodefesa, a proteção contra o perigo, à
ameaça ou à privação potenciais. Conduz a
uma busca sem fim à tranqüilidade pessoal e
à uma situação segura para o indivíduo.
b) Necessidade de participação
Como o homem é um ser social, vive em grupo,
ele tem a necessidade de estar participando
de alguma coisa ou empreendimento,
interagindo a todo momento com o meio e
com outras pessoas. Estão relacionadas a
essa necessidade, a necessidade de reconhecimento
do grupo a que pertence, de aprovação
social, de calor humano, de dar e receber
amizade etc.
c) Necessidade de auto confiança
Está intimamente ligado ao conceito que o indivíduo
tem de si mesmo, sendo decorrente
da auto-avaliação de cada indivíduo.
d)Necessidade de afeição
Relacionada à condição da vida em grupo e da
necessidade de socialização, é a necessidade
de dar e receber carinho.
e) Necessidades de auto-realização
É a síntese de todas as outras necessidades,
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O CONCEITO DE MOTIVAÇÃO NA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
podendo ser definida como o impulso que cada
um tem de realizar o seu próprio potencial, de
estar em contínuo autodesenvolvimento. Tratam-
se de necessidades mais elevadas, produtos
da educação e da cultura, podendo,
portanto variar muito. Devido à busca constante
do homem por novas metas, cada vez
mais complexas, raramente são satisfeitas em
sua plenitude (CHIAVENATO, 1999).
BREVES CONSIDERAÇÕES ACERCA DE ALGUMAS
TEORIAS MOTIVACIONAIS
Teoria de campo de Lewin
A teoria de campo de Kurt Lewin
(CHIAVENATO, 1998) – que, desde de 1935,
já se referia em suas pesquisas sobre o comportamento
social ao importante papel da
motivação – baseia-se em duas suposições
fundamentais:
a) O comportamento humano é derivado da
totalidade de fatos coexistentes.
b) Esses fatos coexistentes têm o caráter de
um campo dinâmico, no qual cada parte do
campo depende de uma inter-relação com as
demais outras partes.
Assim, afirma que o comportamento humano
não depende só do passado, ou do futuro, mas
do campo dinâmico atual e presente. Esse campo
dinâmico é o “espaço de vida que contém a
pessoa com seu ambiente psicológico”. Foi Lewin
que instituiu o termo ambiente psicológico (ou
ambiente comportamental) como sendo o ambiente
tal como é percebido e interpretado pela
pessoa e relacionado com as atuais necessidades
do indivíduo (CHIAVENATO, 1998).
Teoria dos dois fatores – Frederick Herzberg
Elaborada com base em pesquisas feitas para
estudar a relação entre a produtividade e a
moral, questionavam os aspectos agradáveis
e desagradáveis de seu trabalho. Chegaram à
conclusão de que os aspectos satisfatórios
estavam mais relacionados ao conteúdo do
trabalho (denominados fatores intrínsecos ou
de motivação), enquanto os aspectos
insatisfatórios diziam respeito às condições
dentro das quais o trabalho era executado (fatores
extrínsecos ou higiênicos).
Em linhas gerais – com base nessas conclusões
– Herzberg e seus colaboradores afirmam
que as pessoas são motivadas apenas
pelos fatores intrínsecos, ou seja, apenas o
trabalho em si e os fatores que lhe são
diretamente relacionados podem motivar as
pessoas (CHIAVENATO, 1998).
Hierarquia das necessidades – Maslow
Está incluída nas chamadas teorias das necessidades,
que, conforme falamos anteriormente,
partem do princípio de que os motivos
do comportamento humano residem no próprio
indivíduo: sua motivação para agir e se
comportar derivam de forças que existem dentro
dele.
A teoria de Maslow tem uma importância relevante
no estudo da motivação humana. Porém,
não nos ateremos muito a ela, primeiramente,
porque não é o propósito do presente
trabalho; e, segundo, porque a maioria dos
aspectos que a envolve já foram apresentados
ao tratar das necessidades humanas
(CHIAVENATO, 1999).
Em síntese, segundo Maslow, as necessidades
humanas estão arranjadas em uma pirâmide
de importância e de influenciação do
comportamento humano. Na base da pirâmide
estão as necessidades mais baixas e recorrentes,
chamadas necessidades primárias
– necessidades fisiológicas e de segurança
–; enquanto no topo estão as mais sofisticadas
e intelectualizadas – necessidades secundárias:
sociais, de estima e de auto-realizaMaringa
Management:Revista de Ciências Empresariais, v. 2, n.1, p. 40-47, jan./jun. 2005 45
ção (CHIAVENATO,1999).
O modelo contingencial de motivação de Vroom
Victor H. Vroom desenvolveu uma teoria da
motivação que reconhece a evidência de que
diferentes pessoas reagem de diferentes maneiras,
conforme a situação em que estejam
colocadas, enfatizando assim as diferenças
individuais.
Segundo ele, existem três fatores que determinam
em cada indivíduo a motivação para
produzir (CHIAVENATO, 1998, P. 76):
a) Os objetivos individuais, ou seja, a força do
desejo de atingir objetivos.
b) A relação que o indivíduo percebe entre a
produtividade e o alcance dos seus objetivos
individuais.
c) A capacidade de o indivíduo influenciar seu
próprio nível de produtividade, à medida que
acredita poder influenciá-lo.
Teoria da expectação - Lawler
Em seus trabalhos sobre motivação, Lawler
encontrou fortes evidências de que o dinheiro
pode motivar o desempenho e outros tipos de
comportamento, como o companheirismo e
dedicação à organização. Porém, verificou-se
que o dinheiro tem apresentado pouca potência
motivacional em virtude da sua incorreta
aplicação pela maior parte das organizações
(CHIAVENATO, 1999).
Em síntese, ele concluiu que o dinheiro pode
ser poderoso motivador se as pessoas acreditarem
haver ligação direta ou indireta entre
desempenho e conseqüente aumento de remuneração.
Segundo Lalwer, se essa percepção
for alcançada e confirmada, as pessoas
certamente terão melhor desempenho tendo
em vista o resultado financeiro desejado.
OUTRAS CONSIDERAÇÕES
Muito se fala em motivação humana. Em um
estudo, mesmo que superficial, encontram-se
muitos aspectos relevantes, que devem ser
considerados dentro de uma organização. No
entanto, uma análise e até as críticas feitas
por alguns autores nos permitem identificar
não só pontos positivos quanto ao uso de
estratégias de motivação, como também aspectos
negativos.
Estes aspectos positivos e negativos também
são muito relativos ao tipo de estratégia
adotada. De maneira geral, apresentaremos
algumas considerações a respeito dessa análise
e do estudo feito.
Pontos positivos
Queiroz (1999), em seu estudo sobre motivação
humana, aponta os seguintes pontos positivos
do desenvolvimento e aplicação desse
segmento na área de relações humanas:
a) Com o desenvolvimento das Teorias da Administração,
não se pode desconsiderar a viabilidade
da ênfase nas relações humanas que
as teorias mais recentes propõem. Ficar alheio
a este fato, não se adequar a essa nova tendência
– pode-se até dizer exigência – seria
por em risco aspectos importantes da organização.
b) Promover uma motivação ao indivíduo que
o oriente a ter um comportamento que atinja
seus objetivos pessoais, representa um forte
indício de que ele também atenderá aos
objetivos organizacionais (da empresa).
c) Pesquisas comprovam que indivíduos que
possuem suas necessidades atendidas – pelos
menos níveis considerados relevantes,
porque fazê-lo plenamente é raro – trabalham
mais contentes e satisfeitos, apresentando
aumento em sua produtividade e, conseqüen46
O CONCEITO DE MOTIVAÇÃO NA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
temente, retorno financeiro à empresa.
d) O emprego de incentivos – de maneira eficaz
é claro – representa um ponto positivo
uma vez que representam o reconhecimento
da administração e dos colegas pelo desempenho
do trabalhador. Além das necessidades
de reconhecimento, os programas de incentivo
procuram atender as necessidades de
auto-estima e auto-realização.
e) A vantagem quanto ao uso de programas
de reconhecimento é a possibilidade deles
poderem ser combinados com outras modalidades
de incentivos, o que também acontece
com os incentivos monetários.
f) A premiação em dinheiro é positiva por ser
a mais fácil que uma empresa pode utilizar,
sendo ainda mais fácil de manejar e de agradar,
porque o dinheiro é algo de que todos
precisam e tem a vantagem de que o ganhador
pode fazer o que quiser com ele.
Pontos negativos
Com relação aos pontos negativos, ou seja, a
falhas que podem ocorrer na gestão de recursos
humanos, referentes ao uso e aplicação
da teoria da motivação, Queiroz (1999) salienta
alguns aspectos:
a) Talvez um dos mais significativos pontos
negativos do uso de estratégias de motivação
seja a insatisfação das necessidades determinadas,
o que resulta da frustração, porque
esta se constitui um impulso poderoso para a
ação humana. Comportamentos resultantes
da frustração que podem afetar a organização
são: fuga ou compensação (procura de
outro emprego, filiação a uma associação profissional
para defender seus interesses etc.);
a resignação, que acontece quando um indivíduo
se deixa abater pela sensação de fracasso
e se entrega ao desânimo, não produzindo
mais; e a agressão, representada por uma
forma de ataque físico ou verbal, associado
um sentimento de ira e hostilidade.
b) A falta de capacitação necessária aos responsáveis
pelo emprego e avaliação das estratégias
(em geral, os administradores), pode
acarretar em tomadas de decisões erradas.
Aqui se inclui a falta de sensibilidade para perceber
as reais necessidades e expectativas
dos funcionários, o não reconhecimento quando
uma estratégia não está apresentando os
resultados necessários e necessita de mudanças,
descontrole financeiro ao se propor planos
de incentivos etc.
c) A não existência de uma teoria ou proposta
única que garanta eficácia na motivação humana.
Cada aspecto deve ser analisado dentro
do contexto da empresa para verificar sua
viabilidade ou não.
d) O risco de a empresa investir e não obter o
comportamento esperado do funcionário, visto
a diversidade de necessidades, experiências
e expectativas que existem dentro do grupo.
CONCLUSÃO
Pode-se constatar que a motivação humana
tem sido alvo de estudos há algum tempo, mas
teve maior ênfase com o desenvolvimento da
Teoria das Relações Humanas. Valoriza-se
mais o homem como ser social e, como conseqüência,
é comum vermos cada vez mais o
emprego de estratégias de motivação para
garantir sua realização e a concretização dos
objetivos organizacionais.
Para o administrador é importante conhecer
as causas e os fatores que influenciam no
comportamento humano, assim como suas
necessidades, uma vez que a motivação será
trabalhada sob esses aspectos. O fato de que
todo comportamento é dirigido a um objetivo
Maringa Management:Revista de Ciências Empresariais, v. 2, n.1, p. 40-47, jan./jun. 2005 47
também contribui nesse aspecto, uma vez que
as estratégias motivacionais adotadas também
devem estar vinculadas aos objetivos dos funcionários
e condizentes com os da empresa.
Do ponto de vista administrativo, a motivação
deve servir de estímulo à pessoa, a fim de
sanar suas necessidades e desejos, provocando
comportamentos que promova a realização
de seus objetivos. A realização de objetivos
pessoais dos funcionários reflete diretamente
no seu desempenho dentro da organização, e
consequentemente na concretização dos
objetivos da organização.
Embora não tenha sido feito um estudo mais
profundo sobre as teorias motivacionais, constatou-
se que, ao contrário do que muitos pensam,
não existe uma “fórmula” ideal para o
uso da motivação humana. Existem sim resultados
de pesquisas, que originaram teorias,
as quais hoje nos servem de base para um
encaminhamento dentro de nossa realidade.
Constata-se que, para um trabalho
motivacional mais direcionado (onde as estratégias
atinjam diretamente as necessidades
do grupo ou indivíduo), é preciso um estudo
mais profundo de casos específicos, em situações
específicas de trabalho, conforme sugerem
alguns autores que tratam do assunto.
Assim, através de pesquisas e estudos,
estabelece-se as necessidades de determinado
grupo de trabalho e também o nível que
cada uma dessas ocupa no processo de
hierarquização.
REFERÊNCIAS
AQUINO, Cléber Pinheiro de. Administração
de recursos humanos: uma introdução. São
Paulo: Atlas, 1980.
CHIAVENATO
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