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Contexto Social E Imaginário Organizacional Moderno

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Por:   •  8/12/2014  •  2.538 Palavras (11 Páginas)  •  603 Visualizações

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO E GESTÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Contexto social e imaginário organizacional moderno

Setembro / 2014

FORTALEZA, CE

Contexto social e imaginário organizacional moderno

Trabalho apresentado como requisito parcial de

avaliação na disciplina de Sociologia Organizacional à Professora Aline Maria Matos Rocha

Setembro / 2014

FORTALEZA, CE

1. DADOS DA OBRA E DO AUTOR DO TEXTO

Texto: CONTEXTO SOCIAL E IMAGINÁRIO ORGANIZACIONAL MODERNO

Autoria: Maria Ester de Freitas, Professora do Departamento de Administração e Recursos Humanos da EAESP/FGV, Pesquisadora Visitante na Universidade de Paris VII.

2. FICHAMENTO DE TRANSCRIÇÃO

“As sociedades modernas aparecem como se fossem, se não destituídas desses elementos, pelo menos expressando-os de forma pouco saliente. Ora, uma das características mais marcantes das sociedades modernas é a ênfase na racionalidade extrema ou, ainda, o pós-moderno inaugura-se na “morte de Deus”, na perda dos fundamentos, da transcendência, ou seja, no esfacelamento da religião, da ética, da moral e do sagrado.” (P. 07)

“Aliado a isso há o fato de estarmos dentro do próprio movimento, o que não nos permite um distanciamento necessário para uma compreensão mais abrangente. É sempre possível, porém, pinçar e buscar aprofundar alguns pontos.” (P.07)

“Percebemos, assim, uma grande fragmentação de valores e condutas pessoais e coletivas, em que a integração social começa a aparecer como problemática.” (P. 08)

“Um cenário como esse não pode deixar de apresentar impactos – diretos e indiretos – nos níveis do individual, do familiar, do organizacional e do social mais amplo. Podemos notar, sem dificuldades, que, nas famílias, várias mudanças têm deixado as suas marcas com grande visibilidade: na redução do seu tamanho, na alteração do conceito de família nuclear, na desagregação provocada por divórcios e separações mais freqüentes e fáceis, na convivência de diferentes arranjos de relacionamento, na criação de filhos por terceiros/instituições, iniciando precocemente uma socialização secundária[...]” (P. 08)

“[...]dentro de redes sociais cada vez mais virtuais, nas quais ele desenvolve contatos múltiplos com um número cada vez maior de estranhos íntimos; uma maior insegurança, oriunda da falta de referências claras; uma busca de sentido para a vida, sentido esse que se encontra diluído num sentimento difuso de perda; o estabelecimento de um contrato de convivência pacífica com a solidão, às vezes, envolta no manto da privacidade; a perda de laços afetivos primários, o que o predispõe a estabelecer contatos cada vez mais frouxos[...]” (P.08)

“O homem, como o grande construtor de todo o social, é também por ele construído, o que significa que a linguagem que fala é a mesma que esconde, que a sociedade que protege é a mesma que mata, que os critérios que incluem são os mesmos que excluem.” (P.08)

“Várias têm sido as tentativas de se precisar melhor se o que ocorre no momento é apenas um mal-estar no processo de identificação ou algo mais acentuado e que poderia ser chamado de crise de identidade1. Têm sido discutidas teses sobre: o enfraquecimento dos vínculos sociais e do universo simbólico, a fragilização das bases identitárias (Palmadade, 1990), a perda de função dos rituais, especialmente aqueles relacionados às práticas religiosas, que lidam com as mudanças e mediam a relação com o divino, mas também os de passagem, nos quais verificamos uma espécie de indiferenciação de comportamentos.” (P.08)

“O que percebemos é uma sociedade dominada pelo racional e pelos lobbies, o modelo do que ganha mais sem nenhuma relação efetiva entre o trabalho e a remuneração (Madonna, Prince, Trump, etc.), não existindo mais nada nessa sociedade que justifique os valores da integridade, da seriedade. Se esses valores ainda estão presentes é em função de heranças passadas, pois a sociedade tal como se apresenta não justifica a sua existência.” (P.09)

“Sabemos que as organizações, especialmente as grandes empresas privadas, apresentam uma maior facilidade em captar as mudanças sociais e responder mais rapidamente a elas que as demais instituições.” (P.09)

“Se existe, neste momento, uma crise ou um mal-estar no processo de identificação dos indivíduos e se a integração social começa a se apresentar como problemática, é necessário desenvolver mecanismos capazes de dar respostas a essas questões e realinhar o processo de adaptação ao novo cenário mutável, redistribuindo a importância dos papéis dos atores sociais.” (P.09)

“Essa tentativa vai se dar por meio da produção de um imaginário específico, no qual a organização aparece como grande, potente, nobre, perfeita[...]” (P.09)

“A crise nas instituições tradicionais da sociedade fomenta essa primazia do econômico. É verdade que toda a sociedade deve ser capaz de desenvolver as condições de sua sobrevivência material, mas é neste momento histórico específico que podemos verificar uma tendência reducionista que atribui ao aspecto econômico a importância de todas as coisas. A própria política se transforma numa simples gestora de índices econômicos.” (P.10)

“Investidas como

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