Coordenador Pedagogico

Coordenador Pedagógico

A gente inicia nosso trabalho com a seguinte pergunta: qual o papel de um coordenador pedagógico na escola? Onde ele atua?

Sua área de atuação é em creches, escolas e universidades.

Teoricamente o papel do coordenador é o de formador de seus professores, formação em serviço, portanto, de articulador e transformador da realidade educacional. Na verdade ele se faz cada vez mais necessário por que professores e alunos não se bastam.

Várias pesquisas apontam uma que essa função fica em último plano, na realidade ele acaba exercendo um papel que não é dele, como: atendimento telefônico, acompanhamento da entrada e saída de alunos, limpeza das salas de aula, questões administrativas, etc.

Uma reportagem do Estadão de 03 de junho de 2013, fala que o coordenador pedagógico atua como bedel (como são chamados os inspetores no ambiente escolar), em muitas vezes ele acaba omisso em sua principal função: a de formação contínua dos docentes.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Victor Civita, foram ouvidos 400 coordenadores de 13 capitais brasileiras mostra que 72% deles acabam responsáveis por fiscalizar a entrada e saída de alunos, e somente 19% dão atendimento individual aos professores.

Ele começa a funcionar como braço direito do diretor, recebe um cabedal de atividades e não sabe dizer não.

A pesquisa também aponta que uma das razões para esse desvio de função advém da carência de uma formação especifica para a função. A maioria dos coordenadores pedagógicos não tem formação em gestão: saíram da sala de aula como professores e assumiram o cargo sem conhecer e dominar competências e estratégias próprias.

Assim como começamos com uma pergunta, quero fazer outra pergunta: quem educa os educadores? Como apoiar o professor e contribuir com a sua formação? Temo que a resposta não seja tão simples, pois aqueles que poderiam nos dar essas respostas estão ocupados demais com funções que não lhe pertencem, numa competição desleal onde às questões administrativas se sobrepõem sob as questões pedagógicas.

Para que haja uma mudança de cenário, é preciso investir na formação adequada desse profissional, pois não existe um curso de formação específica para atividade.

Segundo Vera Trevisan de Souza (professora da Puc-campinas), “o coordenador precisa aprender, de fato, é a traduzir políticas públicas voltadas à escola, conduzir o projeto político pedagógico, fazer meditação do currículo.

Um dos passos para a valorização do coordenador pedagógico é o reconhecimento a sua existência. No texto aprovado pela câmara do Plano Nacional de Educação, na meta 19, fala sobre gestão escolar, mas se esquece do coordenador.

Para Mozart Ramos, do movimento Todos Pela Educação, “a aprendizagem é o grande desafio da educação e quem trabalha a qualidade é justamente o coordenador”.