DISLEXIA: O PSICOPEDAGOGO NA APRENDIZAGEM COM CRIANÇAS NO ENSINO INFANTIL

DISLEXIA: O PSICOPEDAGOGO NA APRENDIZAGEM COM CRIANÇAS NO ENSINO INFANTIL.

DYSLEXIA: PSYCHOPEDAGOGUE IN CHILD LEARNING IN CHILD EDUCATION.

RESUMO

O artigo tem como objetivo analisar a importância do psicopedagogo nas escolas, através de diagnósticos com alunos disléxicos da Educação Infantil em uma escola de Caxias/MA. Foi necessário uma investigação sobre dislexia, definida como distúrbio de aprendizagem, encontrado no início da alfabetização. Observando as dificuldades de aprendizagem nas crianças, professores buscaram ajuda através do psicopedagogo para analisar a origem destas dificuldades. Concluiu que após usar estratégias para o desenvolvimento das crianças disléxicas notou-se melhorias nas atividades realizadas no contexto escolar.

Palavras-chave: Distúrbio. Dislexia. Dificuldade de Aprendizagem.

ABSTRACT

The article aims to analyze the importance of psycho-pedagogy in schools, through diagnoses with dyslexic students of kindergarten in a school of Caxias / MA. An investigation into dyslexia, defined as a learning disorder, found at the beginning of literacy was required. Observing the learning difficulties in the children, teachers sought help through the psychopedagogue to analyze the origin of these difficulties. He concluded that after using strategies for the development of dyslexic children, improvements were observed in activities performed in the school context.

Keywords: Disorder. Dyslexia. Learning Difficulty. Child education.

INTRODUÇÃO

        O presente artigo voltou-se para o tema relacionado a dislexia, pois atualmente nas escolas o que se ouve dos professores, coordenadores e gestores são queixas sobre as dificuldades de aprendizagem na alfabetização. Os alunos apresentam falta de motivação para o desempenho de certas atividades pedagógicas do qual é observado pelos educadores sendo que os mesmos se incomodam por sentir-se incapazes de realizar as tarefas e acabam frustrados. Logo a pesquisa partiu de um pressuposto de como uma criança com necessidade de aprendizagem poderia desenvolver-se através do trabalho psicopedagógico e da equipe de profissionais de sala de aula.

        Sabe-se que a dislexia é um distúrbio de aprendizagem que se faz muito presente nas escolas e que vale ressaltar que nem todos os educadores estão preparados para identificar e analisar a dificuldade de aprendizagem de uma criança, podendo com isso agravar a situação do aluno, levando a maior falta de motivação e desinteresse. Entre outros distúrbios tem a dislexia tornando a dificuldade de aprendizagem maior relacionados a linguagem, caracterizado pela dificuldade de codificação e decodificação das letras, leitura e a soletração do qual se torna um grande desapontamento para a criança.

        Este distúrbio é genético e hereditário da linguagem e a sua origem é neurobiológica que caracteriza-se pela dificuldade de decodificação. A dislexia é causada pela alteração dos cromossômicos hereditários que acomete cerda de 05% (cinco por cento) à 17% (dezessete por cento) da população mundial, e os sintomas tornam-se mais evidentes durante a fase da alfabetização.

        Nesse sentido, a criança disléxica não consegue comprometer-se e não tem capacidade de aprender a ler e escrever com correção e de compreender um texto, portanto é preciso que sejam tomados devidos cuidados com estes alunos. Tendo em vista está problemática, o artigo pretende responder a seguinte pergunta: Como os profissionais da educação infantil da escola municipal de Caxias/MA reconhecem a dislexia em seus alunos dentro da sala de aula?

Sendo assim, para responder tal questão, estabeleceu-se como objetivo geral, compreender e analisar sobre os distúrbios de aprendizagens, suas causas e consequências nos alunos da Educação Infantil na escola municipal de Caxias/MA. Especificamente, buscou-se observar os processos utilizados pelos profissionais da escola que, contribuem na melhora dos sintomas dos alunos disléxicos no processo ensino-aprendizagem e no convívio familiar.

Nesse contexto, com a conscientização da família e dos profissionais da escola, o trabalho torna-se relevante, pois o papel do psicopedagogo é vista de forma positiva, não só para os lucros benéficos para as empresas que aderem, mas para a sociedade que está vulnerável aos lixos. Diante disso, os autores que serviram como base de marco teórico para este trabalho foram: Souza (2009), Bossa (2000), Malheiro (2010), Marsili (2010), Porto (2011) entre outros.

Nesse aspecto, a estrutura desse trabalho deu-se na seguinte ordem: na primeira parte encontra-se a introdução, que mostra de modo amplo o estudo; a segunda expõe o referencial teórico dividido nas seções; a terceira parte contempla a apresentação metodológica, onde se descreve os tipos de pesquisas feitas, que foram bibliográficas e pesquisa de campo. Assim, quando se desenvolveu o estudo de caso, foi feita a coleta de dados através de entrevista e uso de questionário, e por fim destacam-se as considerações finais apresentando as contribuições do papel do psicopedagogo no processo ensino-aprendizagem em crianças disléxicas.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. A psicopedagogia na Escola Inclusiva

1.1 A Psicopedagogia

        O próprio nome Psicopedagogia nos faz pensar na “junção” entre a Pedagogia e a Psicologia. A pedagogia ressalta a preocupação com os assuntos relacionados às metodologias de ensino-aprendizagem de cada aluno e o desempenho educacional de forma ampla. Em contrapartida a Psicologia tem como foco analisar o sujeito, o comportamento humano e seus processos mentais.

        Consequentemente, cabe à Psicopedagogia preencher o espaço existente entre o ser aluno e o ser sujeito. A psicopedagogia surgiu da delimitação entre a Pedagogia e a Psicologia. “O termo Psicopedagogia distingue-se em três conotações: como pratica, como um campo de investigação do ato de aprender e como (pretende-se) um saber cientifico (BOSSA, 2000)”.

De acordo a Associação Brasileira de Psicopedagogia “a psicopedagogia é um campo de atuação em Saúde e Educação que lida com processo de aprendizagem humana: seus padrões normais e patológicos considerando a influência do meio – família, escola e comunidade – no seu desenvolvimento, onde se utiliza procedimentos próprios da Psicopedagogia.”

Logo nasceu a junção entre a Psicologia e a Pedagogia, baseando-se no composto de:

• Psicologia Social;
• Psicanálise;
• Psicologia Genética.

Segundo Porto (2011) os conhecimentos específicos da Psicologia e a Pedagogia não sucederam para criar o corpo teórico da Psicopedagogia, por esse motivo recorre à áreas como a Linguística, a Psicanalise, a Filosofia, a Neurologia, que de acordo ela “constituem e dão forma teórica e pratica psicopedagógica obtendo-se várias faces e olhares”. Este olhar abrangente torna-se de suma importância para o psicopedagogo. É essencial que ele seja capaz de enxergar o que está por trás de cada sintoma. O psicopedagogo revela-se de fundamental importância no âmbito escolar e não se difere dos outros profissionais.