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Desafio Profissional técnicas De Negociação E Comportamento Organizacional

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Por:   •  31/3/2014  •  475 Palavras (2 Páginas)  •  1.445 Visualizações

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4º ETAPA DA ATPS DA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO.

PIERRE BOURDIEU

Como todas as grandes produções científicas, a obra do sociólogo Pierre Bourdieu (1930-2002) foi elaborada em torno de uma intuição fundadora que procura articular alguns conceitos maiores, colocados no centro de sua análise da estrutura do mundo social e das relações sociais. Pierre Bourdieu, que desejou transformar a sociologia numa ciência total capaz de restituir a unidade fundamental da prática humana, atribui-lhe uma função crítica, que implica o desvelamento dos mecanismos educacionais, culturais, sociais e simbólicos de dominação.

Intelectual crítico, instigante, capaz de pensar de forma articulada teoria e práticas sociais, Pierre Bourdieu exerce influência não somente sobre os pensadores franceses, mas sobre os intelectuais de vários países, pertencentes a outras disciplinas das ciências humanas e sociais, como o confirma sobretudo sua notoriedade no estrangeiro. Figura carismática, Bourdieu é considerado um dos principais cientistas do mundo, permanecendo objeto de uma verdadeira adoração por parte de estudantes e pesquisadores das ciências humanas.

A característica principal da teoria social de Pierre Bourdieu consiste na sua não-inscrição nas correntes sociológicas tradicionais. Ele se situa, como pudemos ver, num contexto em que o pensamento científico se fundamenta em múltiplas abordagens e não mais por uma disciplina unificada e empenha-se em combinar diferentes perspectivas teóricas no campo conceptual.

Todo o sistema escolar está construído para identificar e reificar a inteligência, valorizar o dom e a vocação: inteligentes, dotados e vocacionados têm acesso à ciência e à cultura e serão bem-sucedidos na escola e fora dela; os demais devem acomodar-se nas habilitações sem prestígio, ocupar as funções inferiores e contentar-se com as posições subalternas (adequadas para os que não conseguiram chegar aos níveis mais elevados da pirâmide escolar). No entanto, o sistema escolar produz sofrimentos terríveis, profundos, não reconhecidos porque são admitidos e legitimados: uns se sentem infelizes porque não obtiveram da escola aquilo que esperavam ou, se tiveram sucesso na sua escolaridade, é a sociedade ou o mercado de trabalho que os decepciona; outros porque são excluídos ou fracassam na escola, atribuindo a si mesmos a responsabilidade por seu percurso escolar. A escola está revestida de uma aparência meritocracia, totalmente dissimulada pela ação pedagógica, pela autoridade pedagógica, pelo trabalho pedagógico e pelo sistema de ensino, geradores portanto da violência simbólica.

Enfim, a obra de Pierre Bourdieu nos remete a novos desafios: torna-se necessário inventar não somente ideias, mas novas formas de intervenção e de ação. Não existem mais deuses, profetas nem mestres pensadores. É necessário inventar modos de organização nos quais se inventem ideias. É necessário servir-se do conhecimento do mundo social para inventar modos de organização, que permitam a invenção coletiva de uma visão nova e realista de economia e de sociedade: não existe democracia efetiva sem um verdadeiro poder contra crítico.

Referencias Bibliográficas:

HEY, Ana Paula; CATANI, Afranio M. Bordieu e a educação. Disponível em:

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