Desenvolviento Populacional

Segundo Figueiredo (2010), esse crescimento se deu devido à oferta de vagas no setor público ser menor do que a crescente demanda por educação, abrindo-se, então, a oportunidade para a expansão das instituições privadas de ensino superior. Estas universidades apresentam-se, desta forma, como alternativa para a inclusão educacional, sobretudo para as classes mais pobres, oriundas do ensino médio em escolas públicas, que não obtém vagas nas universidades públicas, particularmente nos cursos de maior concorrência. Um outro fator que contribui para a inserção deste público nas Instituições de Ensino Superior privadas está associado ao fato de que grande parte dos alunos destas instituições já estão no mercado de trabalho, o que os impede de frequentar cursos diurnos, horário no qual são ofertados boa parte dos cursos nas Instituições de Ensino Superior públicas. Este movimento foi responsável pelo crescimento das instituições privadas no Brasil nas últimas duas décadas, o que pode ser verificado no período de 1989 a 2008, durante o qual o número de instituições privadas teve um crescimento de 66%, passando de 682 instituições em 1989 para 2.016 em 2008. Em contrapartida, o crescimento das instituições públicas só aumentou 7%, passando de 220 instituições em 1989 para 236 em 2008. Em 1989 o percentual de instituições públicas era de 24% em relação ao total de 902 universidades no país; em 2008 esse índice foi reduzido para 10% em relação a um total de 2.252 instituições de ensino superior, ocupando as instituições privadas 90% do mercado educacional do país

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