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EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A ALFABETIZAÇÃO DO PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS

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Por:   •  27/11/2014  •  1.545 Palavras (7 Páginas)  •  550 Visualizações

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Como deve acontecer a inclusão

dentro da sala de aula

INTRODUÇÃO

Segundo Mittler (2003, p.25) "a Inclusão envolve um processo de reforma e de

reestruturação das escolas como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos

possam ter acesso a todas as gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela

escola". Esse conceito de inclusão do autor envolve uma reflexão sobre a filosofia político­ pedagógica da escola e a prática dos professores. É um repensar nos valores e objetivos

que a escola tem ou pretende ter no que diz respeito ao processo de ensino­aprendizagem de

seus alunos. Conforme o autor, o ideal seria não enfatizar os defeitos e as limitações, mas as

habilidades a serem potencializadas. Isso poderia ser feito através de avaliações onde se

pudessem detectar "pontos fracos e fortes" das crianças especiais para, a partir disto, fazer um

diagnóstico e planejar um programa de intervenção junto às mesmas, onde os pontos fortes

seriam potencializados e os fracos minimizados. Além disso, seria primordial um trabalho

junto às crianças ditas "normais" e aos seus familiares, em uma tentativa de promover um

clima de aceitação incondicional da diferença que acarretaria na dissolução das desigualdades

e no desenvolvimento interacional tanto das crianças especiais quanto das outras crianças

"normais". O objetivo é dar apoio a criança com dificuldade de aprendizagem para que ela se

adapte ao sistema educacional na medida que o sistema educacional se adapta a esta. Assim, seria necessário que, primeiramente, a escola se adaptasse às criança especiais para depois as

mesmas conseguirem se adaptar não somente à escola, mas à sociedade como um todo. Este

processo de intervenção não é específico para o grupo de crianças ditas deficientes, mas sim, para todas, afinal, sempre haverão diferenças individuais dentro da escola que deverão ser

trabalhadas. Todas precisam de um bom ensino que leve em conta os padrões individuais de

aprendizagem.

A Inclusão da Pessoa com Deficiência na Escola Regular é um processo que exige respeito, dedicação e compreensão ao próximo, tanto das instituições de ensino, quanto as pessoas que recebem este aluno, aceitando as diferenças de cada um.

É preciso que, antes de tudo o próprio aluno com deficiência se aceite dentro de seus limites para que seja incluído na sociedade. A nova Política de Educação Inclusiva enquanto política publica, tem sustentado novas propostas no campo da Educação Especial, no que diz respeito à formação dos profissionais para atuarem na área, organização dos serviços e as características dos alunos que compõe este universo.

É possível observar ações desenvolvidas pela Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação com o objetivo de consolidar a Educação Inclusiva nas políticas Nacionais. A atuação do professor e a forma de ministrar suas aulas devem ser analisadas com mais rigor, ou seja, ele não deve se prender a metodologias prontas.

Sabemos que educar uma criança com necessidades educativas especiais é uma experiência nova para o professor e também um desafio. Para ensinar a turma toda se parte do pressuposto que todo educando pode aprender porém, nos métodos e no jeito que lhe são apropriados, portanto é essencial que todo professor nutra uma elevada expectativa pelo aluno.

O sucesso da aprendizagem esta em explorar, possibilidades, talento e as predisposições atuais do aluno. As deficiências, as dificuldades, e limitações precisam ser reconhecidas, mas não devem restringir o processo de ensino. As escolas devem avaliar as inovações em seu projeto político pedagógico para julgarem a necessidade de programar propostas inclusivas na escola comum.

Neste sentido, faz-se necessário rever os conceitos da educação inclusiva, pois ela é o principal alicerce para o desenvolvimento social das pessoas com deficiência. Entretanto se deve ressaltar que deixar um aluno com necessidades educativas especiais em uma sala regular e não atender as suas necessidades, não é inclusão, pois as dificuldades existem e quando passamos a observá-las de forma crítica o trabalho, pode ser mais bem planejado.

Portanto é essencial que o poder público, federal, estadual e municipal encare os problemas referentes à educação para todos de frente, não como um favor a nós e sim como uma obrigação para todos, obrigação esta que deve ser cumprida.

Sabe-se que tratar de Inclusão Escolar de fato ainda é divergente, não se tem um único método, ou formula para ter êxito no que tange a proposta inclusiva. Propor medidas, conceitos e reavaliações educacionais sobre como ensinar e como aperfeiçoar os docentes para esse tipo de educação torna-se a ferramenta imprescindível ao alcance dos objetivos que a escola inclusiva propõe ao aluno deficiente.

A lei diz que e direito de todos à educação, portanto cabe à escola aprender a conviver com as diferenças e traçar caminhos que levem de fato a inclusão. A LDB fala de igualdade, respeito, qualidade dos direitos, cabe a todos nos cumpri-las ou cobrar o seu cumprimento para que os alunos portadores de deficiência sejam realmente atendidos na sociedade e na escola, pois tratar da educação para todos é uma tarefa inacabada, como vimos a todo o momento leis, decretos e declarações são aperfeiçoados para o cumprimento da inclusão, cabe a nós como cidadãos com direitos e deveres fazer jus ao que se referem constituições inclusivas encarando todo esse paradigma de frente com o compromisso de respeitar as diferenças na igualdade do ensino.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui­se aqui que a Inclusão no âmbito educacional é mais do que simplesmente

permitir a permanência de um aluno com alguma deficiência em sala de aula. É um processo

contínuo de possibilitar a este aluno um real acesso à educação, tendo­se em vista que acesso

à educação é mais do que freqüência a uma escola, é oferecer a possibilidade do aluno

especial apropriar­se de todos os serviços que a mesma oferece aos demais alunos.

Neste contexto, o aluno especial deve ser considerado diferente sim, afinal, todas

as pessoas são diferentes entre si, mas a escola não pode deixar que esta diferença se

transforme em desigualdade. Diferença e desigualdade sob hipótese alguma devem ser

tomadas como sinônimos. A desigualdade é o não respeito à diferença, é não possibilitar que

pessoas diferentes tenham direitos iguais. Assim, a escola, ao não esforçar­se

para proporcionar às crianças especiais o acesso à educação que as outras criança têm, está

sim promovendo a desigualdade.

Esta desigualdade se reflete até na maneira de se rotular as crianças especiais como

"deficientes", pois isso transparece uma tentativa de transformar uma deficiência em várias

deficiências, em transformar a criança especial em uma deficiente como um todo. E isto

realmente impossibilitaria um trabalho junto a estas, tendo em vista que elas sempre

seriam deficientes em relação às crianças ditas normais. O que não se entende é que um

deficiente visual, por exemplo, ainda pode correr, escutar, aprender, se relacionar e até ler, afinal, já existe o "braile". Além disso, todos nós temos alguma deficiência: algumas mais

perceptíveis, outras não. É notável, portanto, que o processo de Inclusão no âmbito educacional constitui­se

hoje como um processo de difícil consecução, visto que, para que isso ocorra de fato, necessita­se de uma mudança de valores dentro das escolas e da sociedade. A sociedade em que vivemos está cheia de preconceitos e desigualdades e isto se

reflete no sistema educacional. Desta forma, precisamos ver as necessidades especiais nos

contextos mais amplos das desigualdades sociais para que possamos, através de pesquisas e

projetos, intervir e realizar trabalhos que impeçam a exclusão desses indivíduos.

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