Educaçao E Sociedade.

Educação e sociedade

Introdução

Neste texto procuramos destacar que o ponto importante na escola para o processo de aprendizagem para que o aluno se compreenda como sujeito construtor e construído pela sociedade é a mudança na relação professor-aluno. Para que uma escola seja de fato democrática, esta relação não pode basear-se em uma relação de mando e obediência. O professor não pode enxergar o aluno como alguém desprovido de conhecimento, pois o aluno, ao chegar à escola, traz consigo os conhecimentos vivenciados na família e na sociedade em geral.

O professor tem um papel importantíssimo no processo de ensino-aprendizagem. É ele que detém os conhecimentos básicos da disciplina lecionada e também das técnicas de ensino. O que quero destacar aqui é que, para que haja uma real democratização da escola, o professor deve enxergar o aluno como sujeito construtor de sua história e do seu conhecimento, sendo fundamental que o mestre ouça seus alunos e participe com eles do processo de ensino-aprendizagem.

A fim de que isso se efetive, deveríamos buscar um processo que partisse do conhecimento dos alunos, para daí progredir até o máximo de conhecimento possível. Partir do que o aluno sabe não quer dizer partir do indivíduo e sim do grupo ou da classe ao qual ele faz parte, e também não quer dizer ficar naquilo que o grupo já sabe. A busca pelo conhecimento cada vez mais elevado deve ser sempre o objetivo do processo de ensino-aprendizagem.

Podemos dessa forma estar trabalhando com os alunos métodos pedagógicos em forma de discuções e debates.

Devemos fazer o aluno entender , portanto , a importancia da escola como organizadora do processo de aprendizagem.

Assim, ocorre na escola a passagem de um aluno que vivencia as suas experiencias de forma imediata para aquele que enxerga além do meio em que se encontra - experiencia imediata -, potencializando a (re) construção da cultura humana. Desde criança entramos em contato com uma série de fenômesnos. Desde elementos da natureza até contatos com determinada pessoa por um longo período de tempo, o Homem refaz internamente o mundo, sendo que em cada momento ele faz a releitura dos signos existentes. Em outras palavras, ao mudar o sentido das coisas, o próprio conhecer – o homem – muda.

Vemos um exemplo claro disso na escola. É muito comum vermos que as crianças, no primeiro dia de aula de suas vidas, expressam todas as sensaçoes do momento em questão pelo choro. Essa impressão irá mudar. Muitos irao passar a vida dentro da escola, inclusive ensinando outros mais a refazer e ampliar suas vivencias no contato com o outro na instituiçao escolar. Os professores comprovam a mudança do sentido que as coisas possuem na vida de alguém ao longo da existencia.

Assim o Processo de educaçao escolar, mais que tornar gestos e açoes previsíveis, foi preciso indicar o caminho da produçao da previsibilidade, não maos para um grupo restrito, cuja aprendizagem parecia estar concluída, mas para toda a sociedade” (VEIGA, 202, p99). Isso pode ser realizado nos mecanismos de assujeitamento do aluno (seriaçao, uniformizaçao, horários de entrada e saída etc.) utilizados na transformaçao pelo dispositivo escolar da criança em desenvolvimento de técnicas e discursos que deem sustentaçao a tais procedimentos.

Não é apenas a necessidade – dia- a- dia recolocado pelo mundo – de ler o outro. Mas tambem discutir no âmbito da escola, o posicionamento que se toma em frente ao outro. Vygotsky (2003) assinalou o fato de que toda a educaçao é trágica, pois está apoiada em uma relaçao que não tem sustentaçao: o saber do professor. Essa relaçao é perversa, como premissa. Ela elimina o aluno do seu saber, de ser sujeito.

A perspectiva aponta para a necessidade de revisão das açoes que temos realizado. Construímos uma visãode leitura do mundo que passa pela pluraridade de visões acerca das coisas e da necessaria reconstruçao interna do vivido. Se isso é verdadeiro, o Saber do professor é sempre parcial e a educaçao escolar tem por obrigaçao ética valorizar o saber do aluno derivado das experiencias ocorridas fora do âmbito escolar.

Vygotsky (1984) pontuou que é muito comum tomar a relaçao aprendizagem – desenvolvimento a partir da idade escolar. A idéia comprova que é equivocada, ao cosntatarmos o afastamento da escola da vida do aluno. Mais importante do que criar um discurso que eliminda as vivencias do aluno, deve-se apontando para a sua reformulaçao em conceitos científicos.

Assim o papel do professor sai da ideia de saber para o de organizador de possibilidades e mudanças por parte do aluno. Conjutamente a isso, como afirma Adorno (2000,p 177), “ o professor precisa ter clareza quanto a que sua tarefa consiste em se tornar supérfluo”. A (des) construçao do outro enquanto outro (existe e fazendo parte efetiva da vida) é uma das funçoes da escola. Isso significa a ultrapassagem da visão de alguem como todo saber, toda potencia de respostas sobre a vida e sobre a verdade, para uma pessoa com quem posso aprender junto e que, principalmente, posso tambem ensinar.

Cada indivíduo na sociedade exerce seu papel,por tanto todos são atuantes no mundo social , as normas , as regras , as etiquetas e até mesmo no modo como se dirige a palavra a outra pessoa, são corpos em constante movimentação no universo,porém sempre existe um grupo predominante e nem sempre a maioria que determina as regras a serem seguidas , ditam seus padrões de cultura e comportamento. Tudo bem esquematizado e organizado para que funcione em perfeita harmonia , a elite exerce seu poder e influência sobre os dominados,muitas vezes havendo confronto entre os grupos sociais,porém torna-se cada vez mais difícil ver-se livre do estigma inviolável de pertencer ao grupo dominado e durante séculos de História vê-se um grupo se sobrepondo ao