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Educação Corporativa

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Por:   •  11/11/2013  •  1.316 Palavras (6 Páginas)  •  220 Visualizações

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Educação Corporativa

Resumo: Educação, economia e sociedade: um mundo novo e uma nova educação.

1.1 Introdução

A aceleração vertiginosa e sem precedentes no avanço da ciência e da tecnologia nos últimos três séculos mudou radicalmente a face do mundo.

A celebração do final do segundo milênio da era crista foi um momento propicio para reflexões sobre o conjunto de fatores que criou na chamada civilização ocidental as condições para um circulo virtuoso tão duradouro.

Nada disso teria ocorrido não fosse a universalização da educação publica, que serviu como atmosfera geral para que todos esses processos ocorressem sinergicamente.

1.2 A sociedade do conhecimento num mundo global

No final do milênio passado, uma nova etapa começou a ser vivida na historia da humanidade. O fato é que se percebe que o processo técnico econômico, social e politico conduziu a uma realidade em que os desafios a enfrentar são de uma nova natureza, cujas bases foram lançadas no ultimo quartel do século XX. Esse processo conduziu a um mundo globalizado e interdependente em escala sem precedentes na historia universal.

No campo politico e da convivência social, por outro lado, vivemos o momento da afirmação da democracia como único sistema sobrevivente das ideias do século XIX.

Esse novo processo histórico que estava vivendo, identificável a partir dos anos 70 pela ruptura que se processo em relação as formas ate então vigentes de organização da produção, é tão importante quanto a primeira revolução industrial e mais significativo, seguramente, que a segunda no que concerne a seu impacto sobre as formas de organização do mundo e também sobre ordenamento da vida em si.

Uma das características da terceira revolução é que ela trouxe uma mudança radical não apenas na forma de produção e de consumo, mais também na organização politica em escala mundial. O grande salto da comunicação rompeu literalmente as barreiras nacionais dos países, não sendo mais possível mantê-los fechados.

Perceber a amplitude, a profundidade e as raízes dessas mudanças é compreender que elas são, na verdade, estruturais, e que decorrem de desenvolvimento das forças produtivas. Muitas vezes, prefere-se indigitar o neoliberalismo norte americano ou da União Europeia a tomar consciência de que se trata, sobretudo de fazer frente a um mundo novo que se reorganiza completamente em suas bases.

Deve se acrescenta ainda os fatores determinantes da crise do emprego e do salario outro elemento importante, diretamente advindo da revolução tecnológica – mais especificamente das ciências biomédicas -, que é a questão do crescimento da população por longevidade e por aumento da expectativa da vida, com consequências notáveis sobre a organização social e sobre padrão demográfico.

O conhecimento cientifico vem evoluindo aceleradamente desde a primeira revolução industrial. O fato é que as evoluções da ciência e da técnica andaram de mãos dadas desde metade do século XVIII e de forma muito especial nos últimos 30 anos, conduzindo, em nossos dias, à construção da chamada sociedade do conhecimento.

1.3 A educação na Sociedade do Conhecimento

Vivemos hoje na chamada sociedade do conhecimento, produto de uma revolução cientifica e tecnológica sem precedentes na historia. O conhecimento se torna obsoleto a cada cinco ou dez anos; da mesma forma o padrão tecnológico da sociedade se renova em espaços de tempos semelhantes.

Esse processo de aceleração na evolução do conhecimento e da tecnologia começou no final da idade media, com o renascentismo, mas é mais claramente observado a partir da segunda metade do século XVIII com o advento da primeira revolução industrial. A evolução desse processo tornou necessário um grande esforço de sistematização do conhecimento e da difusão a toda sociedade por meio da universalização do acesso a educação. Não por outra razão observamos a partir do século XIX um enorme esforço em todos os países da Europa ocidental e dos estados unidos por garantir que todos os cidadãos tivessem acesso a educação básica. Essa demanda social levou à estruturação dos sistemas públicos de ensino desses países, segundo padrões que se transformaram em modelos para resto do mundo.

Ter educação passou a ser uma condição para ser um cidadão num mundo que rompeu com a estratificação social herdada do período feudal.

Naquele contexto a escola se organizava para cumpri as finalidades da educação dentro dos seguintes objetivos gerais:

• Desenvolver a criança e no jovem a vontade de saber, o raciocínio, o pensamento.

• Formar o caráter da criança e do jovem segundo valores éticos, morais e, eventualmente, religiosos para viver em uma sociedade relativamente estável e de dimensões locais.

• Transmitir conhecimento acumulado de forma organizada.

• Socializar a criança e o jovem no convívio diário com grupos homogêneos segundo o gênero e condição social.

Os dois desafios que a humanidade enfrenta hoje- permear o novo sistema mundial de valores mais humanos e conseguir a integração virtuosa dos países em desenvolvimentos ao beneficio da globalização, de um lado, e radicalizar a democracia como modo de convivência politica, de outro- reafirmam o papel da educação universal e publica em nossas sociedades.

1.4 Educação e Desenvolvimento no Brasil

Com mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados de extensão territorial, o Brasil é quarto maior pais do mundo em terras continuas.

Na segunda metade do século XX, o Brasil passou por um dos seus mais velozes processos de urbanização da historia moderna. Em 1985, a zona rural abrigava quase 70% da população e, hoje, tem pouco mais de 20%. Ainda assim são 32 milhões de pessoas vivendo no meio rural. Esse vertiginoso processo de urbanização foi acompanhado ate o final dos anos 80, por altas taxas de crescimento demográfico.

Pode se dizer que ate aqui o pais experimentou um modelo de educação que , parte suas notórias distorções, mostrou-se funcional para o padrão de desenvolvimento industrial desejado pelas elites. Como foi entre os anos 30 e 80, esse modelo de desenvolvimento? Fechado, protegido e caudatário de uma politica protecionista que era perfeitamente possível naquele momento histórico.

E quando se diz que esse desenvolvimento da educação foi funcional não se comete nenhuma heresia. Através dele foi possível, afinal, criar-se uma base estendida para educação primaria, embora sem preocupação com a universalização de sua qualidade.

1.5 Considerações finais

Umas das coisas que mais chamaram minha atenção quando eu assumi o ministério da educação em 1995 foi a mudança profunda e positiva que se havia processado em relação a percepção da sociedade brasileira dava ao tema da educação. Toda sociedade- empresários, trabalhadores, entidades da sociedade civil, os meios de comunicação- estava então muito mais atenta a tudo o que acorria na área da comunicação- estava então muito mais atenta a tudo a que ocorria na área da educação; tinha uma atitude muito mais reivindicatória; os resultados eram claramente exigidos e desculpas por eventuais fracassos não eram facilmente aceitas, Antes, educação era coisa de educadores e de um circulo um pouco mais amplo a intelectuais; agora era coisa de toda sociedade.

No meu modo de ver, essa maior valorização da educação no imaginário coletivo da sociedade brasileira esta associada a duas ordens de fatores determinantes. De um lado correspondia uma mudança no quotidiano da vida das pessoas comuns. A nova revolução tecnológica significa mais demanda por educação para ser cidadão, como se destacou no item 1,4 anterior. De outro, a sociedade como um todo passou a tomar consciência das consequências econômicas, politicas e sociais negativas associadas as descaso com que a educação havia sido tardada historicamente no brasil.

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