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Educação Infantil

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Por:   •  7/10/2013  •  2.184 Palavras (9 Páginas)  •  516 Visualizações

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PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL

Trabalho apresentado ao curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Educação da Criança de 0 a 5 Anos; Ludicidade e Educação; Organização e Didática na

Educação Infantil; Ensino da linguagem Oral e da Escrita; Ensino e Alfabetização I.

Profs: Rosaly Montagnini, Marlizete Steinle Bonafini, Edilaine Vagula, Alexandre Villas Bôas, Raquel Franco.

Vitória da Conquista - BA

2012

Introdução

O objetivo deste trabalho é fazer um percurso histórico retratando a condição da criança que outrora era vista como adulto em miniatura, a sua vivência e estigma; como também da contraposição através dos teóricos que mudaram a visão distorcida da mesma.

Retratarei de maneira contundente a importância do RCNEI, onde propõe através da Educação Infantil, valores e atitudes que reconsideram as crianças, auxiliando o trabalho do profissional da área, a nortear o seu desempenho de maneira intencional atingindo o desempenho integral da criança em toda a sua plenitude e valorizando-as como sujeitos e contribuindo em seu crescimento físico e cognitivo, tornando seres pensantes e reflexivos para florescer como agente participativo na sociedade da qual fazem parte.

Infância, palavra forte, porém de significados pejorativos, pois a mesma refere-se à incapacidade de falar. Ao remetermos a nossa memória ao passado, vemos quantas coisas mudaram. A criança da modernidade está sendo vista como alguém que têm direitos e através das Leis das Diretrizes e Bases, bem como outros órgãos determinam o melhor atendimento as mesmas, porém não foi assim no passado longínquo.

Segundo (Pillar, 2001, p. 22), “o ser criança está profundamente enraizado em um tempo e espaço (...). Deste modo, quando falamos em criança, pensamos num sujeito marcado pelos atravessamentos culturais, políticos e ideológicos de uma determinada classe social, numa determinada sociedade, numa certa época”.

Ainda hoje esta concepção não está pronta e acabada, mas continua sendo construída. Podemos confirmar isso com a citação abaixo:

Na antiguidade, a criança era tida como fruto de um estigma, pois representava o pecado da carne, que lhe dera origem, o pecado original. [...] As pias batismais eram propositadamente construídas em locais, de forma a evitar a passagem do bebê, ainda pagão, pelo interior das igrejas da época. Acreditando-se na maldade intrínseca da criança, havia todo um consenso de que era preciso vigiá-la e discipliná-la, e sua educação deveria ser por isso essencialmente corretiva e disciplinadora. Não havia ainda uma parte da ciência que se dedicasse, especificamente, ao assunto educação, e a pedagogia era apenas um pequeno ramo da teologia que indicava a doutrinação como meio de tornar boa a criança (RIZZO, 2006, p. 21-22).

Como afirma a citação acima, essa era a condição da criança, considerada como “adulto em miniatura”, pois desde cedo passava a participar do mundo adulto, não havendo diferença entre adulto e criança no que se referem às informações, diálogos, diversões e vestuários.

A partir da Revolução Industrial no século XVIII, a sociedade percorreu por mudanças e transformações tecnológicas que provocaram impactos, na estrutura social, mudando o papel da família e da mulher. Com a saída da mulher para o mercado de trabalho, muitas crianças ficam aos cuidados nas casas das “mães mercenárias”.

A ideia não era de abrigo, nem mesmo de escola em horário integral, mas foi a primeira iniciativa voltada para a educação infantil; porém não criou raízes, pois não de assentou em uma linha filosófica que a validasse. Oberlin criou apenas um programa de passeios, brinquedos, trabalhos manuais e histórias contadas com gravuras, mas que já revelava algum conhecimento e afinidade com as necessidades e interesses infantis; por isso, merece este crédito aqui (RIZZO, 2006, p. 32).

De acordo com Rizzo (2006), o cuidado nas casas das mães mercenárias era bastante precário, o número de crianças era cada vez maior, havia pouca noção de higiene e os maus-tratos à criança eram comuns. Foi somente em 1774 que João Frederico Oberlin apresentou em Paris, na França, uma escola para crianças de dois a seis anos, no entanto esta escola não era destinada às crianças carentes, mas sim a burguesia, aos filhos das mães de classe emergente que auxiliavam no comércio.

A primeira creche surgiu na França em 1770, de caráter assistencialista. No Brasil surge a “roda dos expostos”, instituição financiada pelo Estado e Clero tinha como objetivo assistência à criança abandonada.

A roda dos expostos foi uma das instituições brasileiras de mais longa vida, sobrevivendo aos três grandes regimes de nossa história. Criada na Colônia perpassou e multiplicou-se no período imperial, conseguiu manter-se durante a República e só foi extinta definitivamente na recente década de 1950. Sendo o Brasil o último país a abolir a chaga da escravidão, foi ele igualmente o último a acabar com o triste sistema da roda dos enjeitados (Marcílio, 1999, p. 53).

Somente no século XX que começou aceitar que as crianças possuem necessidades próprias e que devem ser levadas a sério. Nesse período surgiram vários teóricos, pesquisadores e estudiosos da educação infantil, preocupados não só com as necessidades das crianças, mas também com o cuidar, o educar e o bem-estar delas desde os primeiros anos.

A partir de 1996 através das Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9.394/96 – a educação infantil se integra ao sistema de ensino caracterizando a “Creche” como sendo um atendimento dado às crianças de 0 a 3 anos e a pré-escola como um atendimento dado às crianças de 4 a 6 anos (Brasil, 1996).

Segundo Rizzo (2000, p. 49), creche a partir da LDB 9.394/96 passa a ser compreendida como: [...] um ambiente especialmente criado para oferecer condições ótimas que propiciem e estimulem o desenvolvimento integral e harmonioso da criança sadia nos seus primeiros três anos de vida. A verdadeira finalidade da creche é responder pelos cuidados integrais da criança na ausência da família.

Atualmente tem sido difícil o trabalho para ressignificar

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