Estatistica E Probabilidade
Trabalho Escolar: Estatistica E Probabilidade. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Raquellacerda • 6/10/2014 • 4.092 Palavras (17 Páginas) • 284 Visualizações
INTRODUÇAO
Os princípios enunciados no item precedente têm origem nas discussões que, nos últimos anos, vêm ocorrendo no Brasil e em outros países. O objetivo tem sido o de adequar o trabalho escolar a uma nova realidade, marcada pela crescente presença dessa área do conhecimento em diversos campos da atividade humana.
Para melhor situá-los é importante retomar a trajetória das reformas curriculares ocorridas nos últimos anos e analisar, mesmo que brevemente, o quadro atual do ensino de Matemática noBrasil.
Nas décadas de 60/70, o ensino de Matemática, em diferentes países, foi influenciado por um movimento que ficou conhecido como Matemática Moderna.
A Matemática Moderna nasceu como um movimento educacional inscrito numa política de modernização econômica e foi posta na linha de frente por se considerar que, juntamente com a área de Ciências Naturais, ela se constituía via de acesso privilegiada para o pensamento científico e tecnológico. Desse modo, a Matemática a ser ensinada era aquela concebida como lógica, compreendida a partir das estruturas, conferia um papel fundamental à linguagem matemática. Os formuladores dos currículos dessa época insistiam na necessidade de uma reforma pedagógica, incluindo a pesquisa de materiais novos e métodos de ensino renovados — fato que desencadeou a preocupação com a Didática da Matemática, intensificando a pesquisa nessa área.
Ao aproximar a Matemática escolar da Matemática pura, centrando o ensino nas estruturas e fazendo uso de uma linguagem unificadora, a reforma deixou de considerar um ponto básico que viria se tornar seu maior problema: o que se propunha estava fora do alcance dos alunos, em especial daqueles das séries iniciais do ensino fundamental.
O ensino passou a ter preocupações excessivas com abstrações internas à própria Matemática, mais voltadas à teoria do que à prática. A linguagem da teoria dos conjuntos, por exemplo, foi introduzida com tal ênfase que a aprendizagem de símbolos e de uma terminologia interminável comprometia o ensino do cálculo, da geometria e das medidas.
No Brasil, a Matemática Moderna foi veiculada principalmente pelos livros didáticos e teve grande influência. O movimento Matemática Moderna teve seu refluxo a partir da constatação da inadequação de alguns de seus princípios e das distorções ocorridas na sua implantação.
Em 1980, o National Council of Teachers of Mathematics — NCTM —, dos Estados Unidos, apresentou recomendações para o ensino de Matemática no documento “Agenda para Ação”.
Nele destacava-se a resolução de problemas como foco do ensino da Matemática nos anos 80.
Também a compreensão da relevância de aspectos sociais, antropológicos, lingüísticos, na aprendizagem da Matemática, imprimiu novos rumos às discussões curriculares.
Essas idéias influenciaram as reformas que ocorreram mundialmente, a partir de então. As propostas elaboradas no período 1980/1995, em diferentes países, apresentam pontos de convergência.
O ensino da Matemática tem passado, ao longo dos anos, por sucessivas reformas. Mesmo assim, o fracasso escolar matemático continua. No momento em que as Secretarias Municipais e Estaduais de Educação se esforçam para absorver e se adequar às novas normas vigentes, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's) desempenham importante papel. O objetivo desse artigo é destacar algumas de suas idéias básicas, relacionadas com a Matemática e trazer algumas reflexões sobre as mesmas.
''É importante destacar que a Matemática deverá ser vista pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu raciocínio, de sua sensibilidade expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imaginação'' (PCN's,1997)
MATEMÁTICA E OS TEMAS TRANSVERSAIS
A interação do ensino de Matemática com os Temas Transversais é uma questão bastante nova. Centrado em si mesmo, limitando-se à exploração de conteúdos meramente acadêmicos, de forma isolada, sem qualquer conexão entre seus próprios campos ou com outras áreas de conhecimento, o ensino dessa disciplina pouco tem contribuído para a formação integral do aluno, com vistas à conquista da cidadania.
A proposta de trabalhar com questıes de urgÍncia social numa perspectiva de transversalidade aponta para o compromisso a ser partilhado pelos professores das •reas, uma vez que È o tratamento dado aos conte ̇dos de todas as •reas que possibilita ao aluno a compreens„o de tais questıes, o que inclui a aprendizagem de conceitos, procedimentos e o desenvolvimento de atitudes.
Os projetos proporcionam contextos que geram a necessidade e a possibilidade de organizar os conteúdos de forma a lhes conferir significado. É importante identificar que tipos de projetos exploram problemas cuja abordagem pressupõe a intervenção da Matemática, e em que medida ela oferece subsídios para a compreensão dos temas envolvidos. Tendo em vista o estabelecimento de conexões entre a Matemática e os Temas Transversais, algumas considerações devem ser ponderadas.
Ética
Em sociedade, a Matematica usufrui de um status privilegiado em relaçao a outras areas do conhecimento, e isso traz como consequencia o cultivo de crencas e preconceitos.
Muitos acreditam que a Matematica È direcionada as pessoas mais talentosas e tambem que essa forma de conhecimento È produzida exclusivamente por grupos sociais ou sociedades mais desenvolvidas.
Embora equivocadas, essas ideias geram preconceitos e discriminacoes, no ambito mais geral da sociedade, e tambem se refletem fortemente no convÌvio da escola, fazendo com que a Matematica acabe atuando como filtro social: de um modo direto porque e uma das reais com maiores Ìndices de reprovado no ensino fundamental e, indiretamente, porque seleciona os alunos que vao concluir esse segmento do ensino e de certa forma indica aqueles que terao oportunidade de exercer determinadas profissoes.
A formação de indivíduos éticos pode ser estimulada nas aulas de Matemática ao direcionarse o trabalho ao desenvolvimento de atitudes no aluno, como, por exemplo, a confiança na própria capacidade e na dos outros para construir conhecimentos matemáticos, o empenho em participar ativamente das atividades em sala de
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