Estrutura Capilar, Químicas de Cabelo e Primeiros Socorros
Por: Mimingles • 7/6/2016 • Trabalho acadêmico • 3.156 Palavras (13 Páginas) • 494 Visualizações
1 – INTRODUÇÃO
Ir ao salão de beleza em outros tempos era uma ação realizada para apenas cortar o cabelo, fazer as unhas, pintar os cabelos, além de procedimentos simples que não demandava maiores conhecimentos específicos, mas com o aparecimento das mais variadas técnicas estéticas, muis vezes utilizando produtos químicos, o conhecimento passou a ser requisito obrigatório para os profissionais que pretender ter sucesso neste ramo.
Antes, tinha-se estabelecimentos fundo de quintal, ou se fazia um curso de corte e cabelo e pronto, se estava apto a exercer a profissão. Hoje o mercado exige que o profissional da beleza busque cada vez mais aprimorar técnicas, havendo até cursos superiores na área, concretizando a tese de que cada vez mais esse nicho de negócios só aceita o profissional que está na totalidade preparado para qualquer situação enfrentada dentro dos centros de estéticas, descartando cada vez mais aquele profissional leigo em certos termos e técnicas, que a cada dia mostram-se mais avançadas, e o para conseguir sucesso nesse ramo é preciso cada vez mais buscar conhecimentos específicos, que vão além da técnica de corte, exigindo então deste profissional, cada vez mais conhecimento da anatomia do cabelo, técnicas de coloração, entender de estilo e até um pouco de psicologia para conseguir compreender e filtrar os anseios dos clientes e além disso estar apto a prestar os primeiros socorros, que serão di
2 -TRICOLOGIA CAPILAR E TERAPIA CAPILAR
Um profissional da área da estética capilar não pode apenas se preocupar apenas com o visual de seus clientes, primar apenas pela aparência de quem o procura. Primeiramente, faz-se necessário ter um profundo conhecimento da área em que trabalha, e tratando-se de cabelo é primordial conhecer a estrutura capilar.
Neste contexto temos a tricologia capilar que é a área ciência que se dedica ao estudo dos cabelos, de seus problemas e tratamentos voltados para a área capilar, que cresce cada vez mais e que pode se tornar, principalmente no Brasil, uma ciência de excelência ( JUNIOR, 2010)
Além de trabalhar a aparência, o profissional da beleza precisa ter conhecimento teórico sobre seu objeto de trabalho, neste caso o cabelo, não se limitando apenas ao uso de químicas, técnicas de cortes e hidratação e para isso a pesquisa e o estudo faz-se ferramentas fundamentais para o aprimoramento da prática, que ultrapassam conceitos leigos, ou práticas tidas como milagrosas, conhecendo a estrutura do cabelo, ou seja, a fisiologia capilar.
3 -A FASE FISIOLÓGICA DO FOLÍCULO PILOSO
Sobre a estrutura capilar JUNIOR, 2011, diz que:
Pouca gente sabe, mas a epiderme, estrutura da pele que dá origem a uma parte da raiz do cabelo (folículo piloso), tem a mesma origem embrionária do sistema nervoso. Isto torna a ligação entre estas duas estruturas muito próxima. Mais do que isso, há uma comprovação anatômica de que o folículo piloso é a estrutura da pele onde mais se concentram terminações nervosas. Logo, podemos afirmar que cabelos e o sistema nervoso são muito íntimos e se relacionam todo o tempo.
Assim, tudo que o corpo ingere e sente, afeta positiva e negativamente o comportamento dos folículos pilosos. Fatores como alimentação, estado físico e mental, manipulação medicamentosa podem influenciar, de alguma forma, o resultado de certos tratamentos.
O cliente, ao chegar a um centro de estética, que modifique a aparência do cabelo, na maioria dos casos, não fala ao profissional de alguma alteração física, mental ou a inclusão de algum fator relevante, para que não afete o resultado esperado do procedimento. Desta forma, o profissional de estética precisaria fazer um pré-tratamento, buscando saber o que acontece na fisiologia da cliente, para obter êxito no procedimento estético.
Desta forma JUNIOR, 2012 explica:
A experiência mostra claramente que para que um bom relacionamento
médico-paciente se estabeleça em um tratamento capilar, é essencial que o profissional saiba orientar bem a pessoa que passa pelo problema. Uma vez identificados os fatores causais da queda e estabelecido um diagnóstico, a tranquilização do paciente e explicações, ainda que sucintas, sobre o problema, costumam deixá-lo mais seguro quanto ao profissional que escolheu para cuidar de sua saúde capilar, assim como favorece uma melhor adesão e empenho do paciente durante o tempo que dura o tratamento.
Desta mesma forma deve-se proceder quando uma cliente, antes de realizar qualquer tratamento de beleza relacionado ao cabelo, na realidade está trabalhando com uma parte do corpo, assim precisa ser encarado com seriedade, evitando assim uma série de possíveis danos a pessoa que procura o serviço.
4 - A QUÍMICA CAPILAR
Desde os primórdios a necessidade de se destacar é um anseio do ser humano, e a primeira coisa que vem à cabeça quando fala-se em se diferenciar em meio a multidão, a aparência é o primeiro item a ser pensado.
No que diz respeito a esse quesito, o cabelo sempre toma a dianteira nas preferências, principalmente quando falamos do sexo feminino, já que é a moldura do rosto, um bom corte de cabelo, um aspecto saudável, conseguido através da coloração ou do uso de química para mudar a estrutura capilar, conseguindo assim a tal sonhada transformação.
Data-se de 4000 anos a prática de se tingir os cabelos, primeiramente hena, no Egito, sulfeto de chumbo, com variações conseguidas através da junção de outros elementos da fórmula, no Império Romano, além da utilização de nogueira e camomila na prática de coloração capilar.
Foi somente em 1907 que Eugene Schueller, químico e fundador da L’Oreal, desenvolveu uma tintura sintética denominada “Aureole”, dando início à comerciali- zação da primeira marca comercial de tintura de cabelo( DRAELOS, 2005), e desde então revolucionar o comércio de tinturas para cabelos, de forma segura e eficaz.
5 -A ESTRUTURA DO CABELO HUMANO
Os cabelos são constituídos principalmente de uma proteína, denominada queratina, composta por alta concentração de um aminoácido chamado cisteína. A fibra capilar se compõe de cutícula, córtex e medula. (KEDE; SABATOVICH, 2004)
...