FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
Trabalho Universitário: FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kad1 • 12/3/2014 • 2.809 Palavras (12 Páginas) • 263 Visualizações
FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
INTRODUÇÃO
Para identificar os significados da sociologia e sua contribuição na educação, serão relatados a seguir os pensamentos e as bases teóricas de alguns grandes autores que contribuíram no processo de “pensar na sociedade”.
Durante a leitura deste relatório, a partir da base teórica iremos presenciar a importância da vida social, pois sem a sociedade não há educação, a educação não está isolada, ela está presente num determinado contexto social e histórico.
Educação e sociedade estão intimamente ligadas, isto acontece porque somos produtos do meio social em que estamos inseridos, a sociedade e educação anda juntas, nenhuma pode evoluir sem que a outra acompanhe. A sociedade precisa também do sistema educacional para preparar o sujeito que nela vive. A escola está preparando os indivíduos para a vida em sociedade, ela socializa o sujeito e prepara-o para viver em sociedade.
A sociologia ajuda a pedagogia a estabelecer as devidas ligações entre a sociedade e a educação. Sua função é baseada na argumentação, reflexão, análises e críticas.
DESENVOLVIMENTO
ETAPA – 1.
Faz parte do papel da sociologia investigar a constituição e o funcionamento das instituições, o comportamento e as crenças dos indivíduos e das sociedades.
Para conhecer as principais discussões da Sociologia da Educação é preciso estudar e entender o embasamento teórico
de alguns grandes sociólogos que contribuíram com este papel.
Começamos por Auguste Comte e Emile Durkheim, estes autores discutem o nascimento da Sociologia e sua estruturação como ciência.
Para Comte, os fenômenos sociais deveriam ser reduzidos as leis gerais como exemplam as leis da física, a vida em sociedade poderia ser prevista a partir de certas regras físicas.
Ele teceu algumas considerações pedagógicas sobre a importância, a proposta e o papel da educação positivista. O positivismo é um marco importante no pensamento de Comte e consiste em uma forma de pensar, uma filosofia que acredita na existência de um caminho, uma ordem para que cada sociedade evolua e alcance o progresso.
No campo da educação o pensamento era positivista e dividida em dois níveis: a educação espontânea que era a educação familiar, voltada à formação moral, materna; e a educação pública e sistemática, que ocorre por meio de filósofos – educadores após a formação moral inicial.
Já Durkheim consolidou a sociologia como ciência, se empenhou em fazer da sociologia uma ciência independente e com método próprio. Afirmava que em cada contexto social existem diferentes tipos e fatos sociais, as pessoas reproduzem estes fatos sociais, por isso, são diferentes entre si.
No campo da educação, a escola era vista como um instrumento de regulação social e como um fato social. A escola teria a função de intermediar a coerção que a sociedade exerce sobre o indivíduo. Para ele a coerção social estava associada à ,moral, a escola se destacava como a chave para a conquista da coesão social, os professores deviam atuar na construção moral na sociedade.
Max Weber e Karl Marx também tiveram participação importante na sociologia seus princípios teóricos fizeram parte deste contexto.
Marx estudou o nascimento do desenvolvimento do capitalismo, denominou a sociedade moderna dividida em duas classes sociais: proletariado e burguesia. Sua obra apresenta conceitos como: fetichismo da mercadoria, alienação, luta de classes e ideologia. Ele defendia a necessidade de uma revolução comunista que abolisse o estado, que fosse igualitária e justa e não se baseasse em divisões sociais.
Para Marx a educação não deveria ser vista como um problema individual, e sim como um problema social, a prática pedagógica deveria ser para transformar a sociedade e não só para formar pessoas. “De seu professor na sala de aula, o estudante deveria receber a faculdade de contentar-se com a execução ponderada de uma dada tarefa; de reconhecer os fatos, mesmo os que possam ser pessoalmente desagradáveis, e de distingui-los de suas próprias avaliações.
Deveria aprender, também, a sujeitar-se sua tarefa e a reprimir o impulso de exibir desnecessariamente suas sensações pessoais ou outros estados emocionais” (WEBER, 1995b, p. 365).
Já Max Weber dizia que a sociologia era a Ciência da Realidade, voltada à compreensão interpretativa da ação social. No campo da educação sua idéia era que a sociedade moderna, a escola, iria ser afetada por modelos que a transmissão do conhecimento, mas não estimulavam a reflexão.
Weber defendeu uma educação que formasse os indivíduos, dando liberdade, estimulando-os a reflexão por meio do conhecimento. O professor deveria compreender eu papel como o orientador defendendo uma postura que equilibrasse a burocracia e assim formar especialistas com espírito de homens que cultivam o prazer com o coração.
Norbert Elias em sua concepção o formato de uma sociedade é tido como reflexo das relações entre os homens, cada ser humano carrega em si um padrão de comportamento social, para ele uma sociedade ou cada pessoa tem um jeito diferente de ser e agir.A partir daí passa a aumentar cada vez mais a distância entre o comportamento, a estrutura psíquica de adultos e crianças.
A cultura industrial passou a dar influência nos padrões sociais dos indivíduos.
“A rede de interdependências entre os seres humanos é o que os liga. Elas formam o nexo do que aqui é chamado de configuração, ou seja, uma estrutura de pessoas mutuamente orientadas e dependentes. Uma vez que as pessoas são mais ou menos dependentes entre si, inicialmente pela ação da natureza e mais tarde através da aprendizagem social, da educação, socialização e necessidades recíprocas socialmente geradas, elas existem poderíamos nos arriscar a dizer, apenas como pluralidade, apenas como configurações” (ELIAS, 1994a, p. 249).
Michel Foucault construiu diferentes análises que contemplavam a questão do
Poder, as práticas de poder são geradoras de saberes.
Para ele não existe na sociedade uma fonte de poder, isto porque o poder é visto como uma relação que produz o saber e cria a realidade.
Este autor refere que toda sociedade possui controle sobre o corpo dos indivíduos, o controle
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