FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CURSO DE PEDAGOGIA

FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina “Fundamentos Sociológicos da Educação”, sob orientação da professora-tutora a Ivone Bastos Matos.

Anhanguera de Taguatinga

2014

Introdução

O artigo destaca as contribuições e aponta alguns limites da Sociologia da Educação de Pierre Bourdieu. Na primeira parte, são analisadas as reflexões do autor sobre a relação entre herança familiar (sobretudo, cultural) e desempenho escolar. Na segunda parte, são discutidas suas teses sobre o papel da escola na reprodução e legitimação das desigualdades sociais. Palavras-chave: Sociologia da Educação. Bourdieu. Família. Escola. PIERRE BOURDIEU’S SOCIOLOGY OF EDUCATION:

O estado é um regulador social com o intuito de estabelecer ordem na sociedade; a Educação é uma das funções do Estado, logo consequentemente, torna-se também reguladora dessa moral.

A escola é uma instituição que, no processo de divisão do trabalho social, assume para si a tarefa específica de intermediar a coerção que a sociedade exerce sobre o individuo, buscando completar rapidamente o seu processo de socialização.

Para a sociologia, nada há que seja natural neste mundo de indivíduos, que não seja uma construção coletiva, nenhuma idéia que se sustente solta no ar, sem que possa associá-la ao nosso tempo ou ao nosso modo.

A Educação então pode e deve ser um tema da sociologia, pois educar é um instrumento de conservação e mudança da sociedade.

Concepções da Sociologia da Educação

Sociologia da Educação

Sociologia é a ciência que estuda as relações entre pessoas que pertencem a uma comunidade ou aos diferentes grupos que formam a sociedade.

É uma ciência que pertence ao grupo das Ciências Sociais e Humanas; O objeto de estudo é a análise da interação entre indivíduos e a forma de estrutura (as camadas sociais, a mobilidade social, os valores, instituições, as normas e a lei), os conflitos e as formas de cooperação geradas através das relações sociais.

O termo sociologia foi utilizado primeiramente pelo filósofo August Comte, e outras importantes correntes sociológicas foram iniciadas por Karl Marx e Max Weber.

Já a sociologia da Educação tem por objeto o estudo das relações gerais entre a escola (enquanto agente de socialização), a sociedade em que ela se insere e ao serviço da qual se encontra.

Estuda também a escola enquanto instituição e organização social e os processos sociais do ensino e da aprendizagem.

Quando diz respeito às contribuições para a educação, a sociologia irá permitir que possamos entender melhor a função da educação e sua relação com a sociedade e a cultura. Portanto precisamos da sociologia na educação porque ela é uma disciplina fundamental para o educador compreender como se dá o funcionamento e a estrutura da instituição educacional, afinal a educação se mistura na vida social e essas relações precisam ser compreendidas como, por exemplo:

• A educação como processo social global, porque viver sem se relacionar é impossível;

• Os sistemas escolares e sua estrutura de sustentação;

• A escola como unidade sociológica;

• O papel do professor;

A sociologia da educação abrange também o estudo dos processos e das influências sociais na atividade educativa, interação de indivíduos, organização social e as influências exercidas pela sociedade, pela comunidade e pelos grupos sobre a educação. Enfim permite ao aluno uma visão aprofundada sobre os processos sociais, analisa a escola como um grupo socialmente estruturado, explica a influência da escola no comportamento e na personalidade dos alunos e também estuda os padrões de interação entre a escola e os demais grupos sociais.

Aspectos sociais, políticos, históricos e culturais

Como várias outras disciplinas modernas das ciências sociais aplicadas (economia,

(política, direito positivo, por exemplo), a sociologia nasce no contexto da revolução industrial na Europa ocidental, quando a reflexão sobre as organizações humanas, inclusive num sentido comparativo entre as sociedades civilizadas – em contraposição à comparação entre estas e as sociedades ditas primitivas, que redundará na antropologia –, começa a ser sistematizada pelos primeiros filósofos sociais, ou “ideólogos”, como foram chamados alguns deles, na passagem do Iluminismo para a sociedade capitalista, movimento, aliás, coincidente com a Revolução francesa. Alguns desses pensadores iluministas – entre eles Rousseau e Condorcet, por exemplo – colocam as bases de um discurso não mais simplesmente filosófico, ou apenas histórico, mas de natureza quase sociográfica sobre as formas de organização social e as instituições criadas pelos homens para regular as relações entre eles.

O contratualismo inglês ou o de Rousseau, o progresso das luzes na visão desses ideólogos da sociedade civil e a evolução dos meios materiais (tecnologia), assim como as funções do Estado e os modos pelos quais os homens entram em relações de trabalho ou se organizam politicamente constituem alguns dos diversos elementos conceituais que integrarão, já no século XIX, essa nova disciplina que seria batizada pelo pensador francês Augusto Comte de “sociologia” Os estudos sobre o papel da escola na sociedade moderna apontam para o fato de que não existe uma função única consensual universal da escola. Se vivemos na modernidade, em uma sociedade contraditória, uma sociedade de classes com interesses antagônicos e contraditórios, cada grupo social compreende